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Acordei com aquele sol gostoso no rosto, junto com aquele ventinho, virei e vi o Gabriel na varanda. Assim que me mexi um pouco mais, ele virou.

- Boa tarde, bela adormecida.

- Bom dia, meu dengo. Calma, tarde? - ele riu e deitou do meu lado.

- Sim amor. Achei que não fosse acordar nunca mais, mas tava tão bonitinha dormindo - disse, enquanto beijava meu pescoço. - Vai dar uma hora já.

- Mentira? - virei e peguei o celular, vendo que ainda eram oito horas da manhã, o olhei séria, ele gargalhou. - Que ódio, garoto - mordi o ombro dele.

- Me agredindo essas horas da manhã, meu Deeeeus - fez drama e eu ri. - Olha como tua mãe é, filhão. - disse, abaixando pra falar com a cabeça deitada na minha barriga, como toda manhã - Bom dia, moleque do pai - deu vários beijos na minha barriga. Eu levantei, fui no banheiro, fiz minhas higienes e saí, encontrando o quarto vazio. Fui até a varanda e o encontrei sentado, com uma mesa de café da manhã cheia de fruta, torradas e panquecas em formato de coração.

- Ta me saindo melhor que a encomenda, ein? - ri e sentei ao seu lado, beijando seu rosto.

- Fazendo uma pra Deus ver - riu

- Nossa, amor, nós nem ligamos pro pessoal né? - ele arregalou os olhos.

- Caralho, verdade - riu - "Ain, deixa que eu ligo ta, Tia Linda? Porque se depender do Gabriel, vocês já sabem" - me imitou.

- Eu esqueci, garoto, eu ein. - joguei uma uva nele, que jogou em mim de volta.

- Você fala muito, isso sim - rimos.

- Ó, come, pra parar de falar um pouquinho - disse, passando melado na panqueca, cortando um pedaço e dando pra ele.

- Que esposa romântica, meu Deus - disse irônico.

- É, eu sei, fiz curso chamado "como tratar o seu marido bem"

- Só tem psicopata nesse curso, né?

- Para de falar das minhas colegas, ta? - ele riu, tomamos café naquele climinha, depois ligamos pra Gabi e pra Tia Linda pra avisar que estava tudo bem. Tomamos um banho juntinhos, passei meus cremes, coloquei o biquini, uma regatinha, um shorts jeans e chinelo, fiz um coque alto no cabelo e coloquei um óculos. Gabriel tava demorando tanto que até baby hair fiz e ele nada.

- Parece uma noivinha, meu Deuss - ri.

- Acha que é fácil ficar bonito assim?

- Pra você deve ser bem difícil mesmo - ele me mostrou o dedo do meio e eu ri.

- To pronto. Doeu?

- Muito - rimos, coloquei as coisas na minha bolsa e nós saimos.

- Qual vai ser a nossa primeira aventura? - disse animada, assim que entramos no carro.

- Tem uma praia que eu ouvi falar que é bonita, tal de Makena, a gente pode ir.

- Bora então, é longe?

- Não, acho que uns 15 minutos daqui, passa o Waze pro pai - dei o celular pra ele, que colocou no mapa e deu partida no carro.

- Ta craque nas estradas, ein?

- Ta ligada, né? - rimos, liguei o som e pluguei com o meu celular, coloquei um reggae para entrarmos no clima, fomos conversando enquanto eu admirava a paisagem. Estava 100% encantada com tudo. O trajeto foi de aproximadamente 30 minutos,estacionamos pertinho e assim que saímos do carro, vimos um guia turístico explicando algumas coisas para um grupinho de turistas, paramos pra ouvir também. Básicamente, a praia era localizada em uma antiga cratera formada das cinzas de uma explosão vulcânica, há 32 mil anos atrás. Era considerada uma das praias mais lindas do mundo, e de fato, era maravilhosa. Em formato de U, com a água rasinha e super cristalina. O guia foi explicando que ela era bem calma, com só uma atividade pra fazer, que era o mergulho, assim que ele disse, olhei para o Gabriel, que me olhou de volta com uma expressão de "nem pensar, boneca" ele morria de medo dessas coisas. Fizemos uma trilha de 5 minutos até chegar lá, e de fato era a coisa mais linda. Ficamos um bom tempo ali nas cadeiras da praia, tomando um sol e agua de coco, depois de muita insistência, consegui convencer o bonito a fazer o mergulho comigo, a primeira parte era bem rasa, os corais eram lindos e tinha vários peixinhos. Já a segunda parte era bem mais funda, com corais enorme e umas tartarugas do tamanho da minha cabeça, cada um que passava, Gabriel arregalava o olho de uma forma que quase saia pra fora e ficava no óculos.

Talismã || Gabriel Barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora