Passamos pela praia da Macumba, do Secreto, Prainha e finalmente ele parou o carro quando chegamos na praia de Grumari. Era super pertinho de casa, mas nunca tinha vindo. Era linda, mais distante, só conseguia chegar de carro, consequentemente, de semana ficava bem vazia.
- Que isso, homem?
- Pra você relaxar um pouco. Vem. - disse, saindo do carro, repito, Gabriel nunca erra quanto a essas coisas. Tirei o tênis também e saí do carro. Ele estava pegando as sacolas do mercado.
- Hmm, então já tava tudo no plano do bonitinho? - ele riu.
- Já. Que tipo de marido seria eu, de ver minha mulher estressada e não fazer nada pra ela ficar mais tranquila? Hoje é piquenique na praia vendo o por do sol.
- Você não existe, sabia?
- Um pouco - eu revirei os olhos e ele riu. Demos as mãos e entramos na praia. Aparentemente ela ficava em uma reserva natural e era daqueles que tinha uma graminha antes de chegar na areia. Paramos em um cantinho mais vazio, ele colocou as sacolas na areia e tirou um lençol, eu o olhei.
- O que? - riu - Não achei outra coisa pra forrar - eu ri e sentei no lençol. Ele foi tirando várias coisas da sacola, lanches naturais, frutas e suco de laranja. A tarde estava uma delicia, com o céu limpinho e por estar entardecendo, não estava tão calor.
- A nós e ao nosso moleque, que é bonito igual o pai - levantou o suco pra brindar e eu ri.
- Um brinde a nós e ao nosso menino, que ta grandão, saudável e lindo que nem mamãe - brindamos e ele riu.
- Nossa, sabe qual é a primeira coisa que vou fazer depois que Gael nascer? - ele pareceu pensar um pouco.
- Voltar a comer comida japonesa?
- Nossa, também - lembrei que de uns meses pra cá, Karen tinha me proibido de comer. - Mas não... tomar um fardo inteiro de cerveja.
- Nossa, garota - revirou os olhos e eu ri.
- Cerveja, Gin, Vinho, nossa, vou encher a cara. Depois que eu parar de amamentar, vou deixar ele com você na sexta, sair e voltar só domingo. Beber tudo e todos - ele gargalhou.
- Ta, merece vai. 9 meses e mais alguns só olhando a gente na farra, de churrasco em churrasco, é mais que justo.
- Lógico que é, to morrendo de saudade. Das outras coisas não, mas da minha cervejinha? Meu Deus, só de falar a boca saliva - rimos.
- Sou a favor da gente ter direito a uma saídinha por mês, só nos dois.
- Vamos precisar, né? Só pra dar uma relaxada... Será que vamos ser pais legais?
- Lógico, só os papais descolados.
- Medo de ser aquelas mães corujas, pegajosas.
- Nem se você quisesse, amor - rimos - Vai ser aquelas que amedrontam só com o olhar, precisa nem falar duas vezes.
- To treinando pra isso - rimos.
- Vai ser a mãe jovem e bonitona que os amigos ficam pagando pau. Já vou começar a treinar pra dar na cabeça das criança tudo, quero nem saber. "Nossa porque a mãe do Gael é mó ga" vai levar pescotapa antes de terminar a frase, vai nem saber de onde veio. - eu gargalhei.
- Ah e tu nem vai ser o pai gostosão não, né?
- Talvez, talvez - se fez de convencido e eu ri - Mas sério, nós vamos ser pais fodas demais. Tivemos uma criação foda, e agora vamos passar pra frente, só que adaptado do nosso jeito.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Talismã || Gabriel Barbosa.
FanfictionQuando a intimidade chega, ir embora é uma opção. Permanecer, também. Escolher ficar é para quem entendeu que a verdadeira magia não está no destino, aliás, não há destino; só existe eu e você.O resto é poesia para o nosso amor. Pra nossa dor. Pra n...