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« Narração de Taehyung »

- eu estou preparado para sacrificar a minha vida. - foi o que consegui falar.

- é bom ouvir isso Taehyung - Chin-Hwa falou me puxando para seu colo - você não sabe as maravilhas, que vamos fazer no inferno - deixou um beijo em meu pescoço.

Eu sinto nojo, medo e raiva. Por ter me envolvido nisso tudo, mais não me arrependo de ter conhecido os meninos, eu morreria para os ver felizes, mesmo que eu não possa fazer parte.

- Chin-Hwa eu posso, ir vê-los - pergunto tentando me afastar, e ele me agarra pela cintura - por favor, vai ser apenas uma despedida.

Chin-Hwa franziu o cenho, e desceu as mãos até minha coxa a apertando, eu podia ver fúria em seus olhos negros, o quão chamativo, e aterrorizante, era ver aqueles olhos.

- vou lhe dar, três dias - falou por fim, sorrindo e me tirando de seu colo, pegou uma pequena chave e abriu a corrente de meu pé, suspiro de aliviou e o encaro - vou lhe dar esse pingente, para poder escutar sua conversa - se aproximou e colocou em meu pescoço.

O pingente era preto, com um símbolo na parte da frente. Uma pedrinha miudinha vermelha, assim que ele falou algumas palavras uma pequena luz começou a sair e um barulho foi até meus ouvidos, palavras estranhas e por fim. Silêncio, nenhum barulho.

- oque temos é um contrato de sangue - explicou - seu pai, começou com o contrato, ele simplesmente quebrou, e você - apontou para mim - como tem o sangue dele, correndo em suas veias. Deve terminar, fazendo assim, pertencendo a mim - falou calmante e franziu as sombrancelhas, e os lábios se tornou uma linha - se alguém do mesmo sangue que o seu, aparecer pode lhe libertar, e vim comigo, o que é completamente impossível - sorriu e pode sentir um calafrio - já que você não tem irmãos, e sua mãe.

- tudo bem, eu entendi - falo olhando para o chão - acho errado que eu tenho, que pagar pelos atos de Taeseok - digo o nome dele, e uma raiva ardente percorre minha pele - não tenho nada a haver, com sua vida, ou muito menos. Faço parte dessa desgraça _ continuo a falar e o vejo sorrir, esse cara é louco? - você deveria para com isso, porque você não é como Kinsug? - encontro seus olhos e o vejo, apertar o ponho.

- seu discurso foi realmente tocante, Choi Kim Taehyung. - falou ríspido - mas não fico, com pena de meus clientes. - travou o maxilar - se você quer vim comigo, é porque sabe. Que posso matar esse vermes, rapidamente - suas palavras saiam com tanto ódio e raiva - e eu não sou um fracote como o Kinsug, ele é realmente um idiota por você. Passou anos sendo rejeitado, e foi torturado para proteger uma coisa insignificante como você - puxou meu braço com força, sua mão queimando minha pele - Kinsug morreria por você, ele mataria por você. Tem noção de como meu irmão sofreu por você - me perguntou - vá embora, tome um banho e saia daqui. - me jogou na cama saindo pela porta.

Kinsug, então a conversa que tivemos. A pessoa que ele protegeu, era eu, ele sofreu por minha causa, tudo culpa minha. Eu não posso deixar que os meninos passem a mesma coisa, se para que eles vivam em paz, eu precise morrer. Ou ir ao inferno, seja onde for, vou fazer.

Meus pulsos ainda doe, e minha perna está um pouco machucada, os lençóis ainda estão com um pouco de meu sangue. Suspiro e vou até a instante onde tem alguns livros, vejo o em especial, que parece muito com o de minha mãe.

- espero que esteja se divertindo - me viro e vejo S/n escorada na porta, como ela entrou aqui sendo que a porta está fechada - três dias, vai dar para transar muito ein.

Como ela consegui ter humor nessas horas, fazer brincadeira desse tipo. Porque porra, eu vou para o inferno, e ela está pensando em transar, fui um completo idiota em acreditar nela, e poxa. Ela era como uma amiga para mim, sempre alegre e porra, não esperava isso da parte dela, se fosse da Amber até não me assustaria.

- desculpe, eu vou para o inferno e você está pensando em transar - ergo uma sombrancelha - você, olha vou apenas fingir que não estou lhe enxergando - vou até um pequeno cômodo que creio, que seja um banheiro.

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- você já sabe, Taehyung - Chin-Hwa falou pela centésima vez, a mesma coisa, antes que eu saía do carro - se abrir a boca, eles estão fodidos.

- eu sei Chin-Hwa, não sou um idiota. Pode deixar - suspiro, estou me sentindo um pouco melhor, tomei um bom banho, e meus ferimentos estão menos dolorido - posso ir agora.

- claro que pode - Chin-Hwa falou sorrindo, sério esse homem tem um sério problema de bipolaridade - tenha um bom dia! E ah - se aproximou lambendo meu pescoço - por favor, não se esqueça de se despedir, não vou lhe dar mais dias, pode ir agora princesa.

Desço do carro, e passo as mangas do moletom em meu pescoço, esse nojento idiota, cretino demônio do inferno me lambeu. Escuto um grito e paro, me virando e o vendo com a cara fechada, me olhando.

- oque foi - grito colando a mão no ouvido, estou escutando perfeitamente não estou tão longe, mais não vou perder a oportunidade de gritar com eles - vamos, não tenho o dia todo, lembra três dias!

- não vai se despedir!? - gritou me fazendo, reviro os olhos e o vejo negar com a cabeça - é falta de educação, Taehyung!

- xau Chin-Hwa! - falo tentando não revirar os olhos, e o vejo sorrir - se foder - falo me virando.

Eu estou preparado, você consegue Taehyung, isso eu consigo. Não posso deixar evidente que vou ir para o inferno, e não posso responder as perguntas gaguejando, se não eles vão me descobrir.

A porta está fechada, eu posso ver de longe o jardim. E o perfume das flores, não deixo de sorrir e soltar um sorriso. Meu coração acelara a cada passo que dou para perto da porta, parece que o mundo parou de repente, o mundo ainda gira e eu estou respirando, isso tudo não é um sonho?

Ando devagar para perto da porta, e consigo escutar a voz de Namjoon e Jimin brigando, e os resmungos de Jin E Kinsug.

Assim que ponho a mão na maçaneta da porta, e a abro. Os olhares são voltados a mim, Jungkook arregalou os olhos e virou atordoado para Jimin, Namjoon se levantou rapidamente e me abraçou forte.

- onde você estava, Taehyung?! - Jimin perguntou bravo.



{ ★ }

Sem anos depois, voltei...

Estamos quase, na reta final...

Vermelho Vibrante | Surubangtan Onde histórias criam vida. Descubra agora