39 | Tell me

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« Narração de Taehyung »

Assim que saímos do jardim, fui rapidamente para meu quarto.

Eu sei, que eles pensaram algo picante. Bom, relacionado a sexo, mas eu só quero passar tempo com eles, sorrindo e recebendo carinhos, pode até parecer besteira ou clichê, algo do tipo. Acontece que estou com muito medo, mas também determinado a fazer, é algo que tenho certeza que preciso fazer. Eles já fizeram e fazem tantas coisas por mim, eu me sinto frágil, e inútil, por não poder fazer grandes coisas. Me sinto um peso para eles, e o salvando, os deixando viver com outro alguém, que não seja eu. Por mais que doa, é o melhor a se fazer.

Chin-Hwa, pode ser tudo, mas me custa acreditar que meu Kinsug, é irmão desse boboca, mas não consigo entender o porquê dele ter esse comportamento, esse desejo de me ter. E essa raiva pelo irmão, ainda assim tão diferentes, mas tão iguais. O rosto lembra muito o Kinsug, os lábios e até os cabelos, mudando apenas a cor, eu detesto ter que o olhar, o jeito que fala e a forma como se comportar, como se o mundo girasse em torno de si.

Tomo um susto, quando vejo Jimin escorado na porta, e com um olhar diferente.

- o que foi Jiminnie? - lhe pergunto engolindo a seco, quando seus olhos meio vermelhos vem de encontro aos meus - qual o problema?

- você tem algo a dizer - ele não me perguntou, apenas confirmou e andou até mim. Por algum motivo, eu senti medo, mas Jimin não me machucaria.- diga o que está acontecendo, você está prestes a fazer uma burrada.

- não tenho nada a dizer!

- você está mentindo, todos percebemos. - cuspia as palavras, com a voz grave - Tem algo de errado com você. - seus dedos gelados tocam meu rosto delicadamente, e meus olhos, vão de encontro a seus lábios - me diga Taehyung, diga para mim

- e-u eu não posso. - minha voz falha, e meus olhos tendem a encher de lágrimas rapidamente - Jimin, eu não posso! - grito me afastando.

- Taehyung, mais cedo, ou mais tarde. Você terá que dizer! - Jimin gritava me fazendo sentir culpado, me sento em minha cama de cabeça baixa - você vai dizer, a merda que está dentro, e é agora!

Levanto meu olhar em sua direção, e seus olhos estavam vermelhos sangue assim como os de Yoongi, quando avançou, e bateu em Baekyun. O que exatamente isso significa?

- eu não posso - repito novamente, com o coração acelerado, e Jimin vem mais perto de mim, com o rosto fechado - eu não posso Jimin, não posso..

- que porra que não pode! - estremece quando suas mãos, agarraram meus cabelos com força, deixo um grunhido sair de meus lábios - Taehyung, é para seu bem! Não me faça, fazer algo estúpido.

- eu não posso!

Fecho meus olhos, quando sinto a palma de sua mão, doer em meu rosto, rapidamente uma dor enorme, se estala na parte direita. Não consigo segurar as lágrimas, e começo a soluçar. Não acredito que ele me bateu, uma tristeza enorme me invade, e a dor parece que nunca existiu.

Ele me bateu, Jimin me bateu.

- vai dizer agora?

- você está tendo noção, do que está fazendo comigo? - lhe pergunto ríspido, mesmo com lágrimas saindo de meus olhos - você me bateu, e está me machucando.

- Taehyung, eu só quero saber o que você está a fazer, não quero te machucar. Então, apenas diga.

Mas machucou, me machucou Jimin.

Mais que raios! Ninguém vai aparecer não, que porra.

- Jimin, mais que porra você tá fazendo!? - suspiro aliviado, quando escuto a voz de Kinsug. E Jimin solta meu cabelo, e se afasta de mim - Angel você está bem? - me perguntou gentil, com a voz doce.

- só estava pedindo, para ele me falar! - Jimin gritou, com o punho cerrado e Kinsug não estava diferente. - você sabe, que ele está escondendo algo!

- eu sei! Mas não o machucaria, para tirar palavras de sua boca Jung! - Kinsug gritava e, minhas lágrimas aumentavam mais ainda - Taehyung é meu! Ele é nosso, e é seu, se realmente o ama, não faria isso!

- suas palavras são até bonitas, para um demônio - Jimin cuspiu as palavras.

Mais que merda.

- Kin eu estou bem - me levanto assegurando a Kinsug, que estou bem e o vejo me olhar. Com aqueles olhinhos brilhantes - obrigado, mais não precisa disso.. eu estou bem.

- você está com o rosto, vermelho Angel - me envolveu rapidamente em seus braços, me sinto melhor sentindo seu cheiro - Jimin, a gente não terminou essa conversa. Sei que quem dita as regras é o Namjoon, mas eu vou te matar, se encostar no Taehyung, desse jeito.

- você está se achando demais, eu me preocupo com o Taehyungie. Não foi minha intenção o machucar - murmurava diferente agora - eu fiquei fora de mim, me desculpe.

- tudo bem. - murmurei nervoso querendo sumir do quarto.

Eu sei, que o resto dos meninos, não vão gostar de saber do comportamento de Jimin. E que como sendo meus namorados, e os conhecendo bem, não seria nada bom.
Confesso, que estou sem acreditar que isso realmente aconteceu, nunca tinha visto esse comportamento dele. Sempre carinhoso e falante, mais agressivo nunca iria imaginar.

Me agarro ainda mais a Kinsug, eu o amo tanto. Com todo meu corpo e alma, todos eles. Todos igualmente, tão intenso e verdadeiro, sinto um raio de culpa quando vejo Jimin deixar o quarto, sem falar nada.

Eu deveria ter lhe falado, e isso nunca teria acontecido.

- sinto muito pelo Jimin - sua voz mansa, quebra o silêncio e meu coração bate forte em meu peito - e muito mais, por não está com você quando tudo aconteceu.

- não foi sua culpa, Sr. Velhinho!

- oh.. esse apelido novamente? - me separo de seu corpo, e levanto uma sobrancelha e solto um riso, quando o vejo morde os lábios. Volto para a cama, e acabo por me deitar - você é tão gostoso.

- Kinsug.. - murmuro envergonhado.

Solto um suspiro, e sorriu quando o vejo vim até mim. Seus olhos negros me fazem delirar de um jeito, esse homem acaba comigo, sinto seu peso em meu corpo, o que me faz arrepiar, sua língua toca meu pescoço, e ele a mordisca, solto um gemido baixo, e levo minhas mãos a suas costas.

- por quê me chama desse jeito? - perguntou baixinho, perto de meu ouvido.

- porque eu gosto, e combina com você!

- ah, você gosta?

Porque eu senti, malícia em sua pergunta? Kinsug quer me deixar, louco ou o quê?

- sim..

- aposto que irá, gostar de outra coisa - murmurou me fazendo arrepiar - mais tarde Angel, você vai implorar por mais.

- uh, eu vou? - lhe pergunto engolindo a seco, com um sorrisinho curto.

- óbvio que vai. Mas, vamos resolver essa situação primeiro.

- Kinsug - chamo seu nome, e meu coração parece bater como um tambor. - eu te amo.

- Kinsug? - lhe chamo quando ele parece não ter reação, muito menos me responde.

- diz de novo, diz. Por favor - me pediu com como uma criança.

- eu te amo! - grito me apertando em seus braços, e beijando seu rosto - te amo! Muito, eu te amo!

- eu sou o demônio, mais feliz desse mundo - suas mãos me apertam - eu te amo Angel, eu faço de tudo por você.

- eu te amo, meu demônio.

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...?

Vermelho Vibrante | Surubangtan Onde histórias criam vida. Descubra agora