32. - O passado está na porta.

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O interrogatório de Jason demorou, consegui passar três fases do meu jogo enquanto atualizava e era bombardeava de perguntas dos meus amigos, e apesar de ter escrito quase um livro de informações, não foi o suficiente, os mesmos disseram que não importa quando tempo eles estejam comigo, as coisas interessante só acontece quando os mesmos se afastam de mim. Suspirei, concordando, realmente é verdade.

A decisão de vim até Jason junto com o advogado do senhor Bieber, me fez ter que ligar para a academia, avisando que não iria hoje, e definitivamente Troy vai querer saber o que aconteceu amanhã. De toda forma, esperar o Jason já estava me entediando, e pelo o que pude escutar em uma conversa de um policial, o detetive não estava conseguindo retirar o que queria de Jason, e ainda mais com o advogado, era de se esperar, mas para meu alívio Jason saiu da sala finalmente com a advogado, com sua feição superior em seu rosto.

— Isso não acabou, Bieber. — O detetive anuncia, também saindo pela porta. Jason sorri em contesto, virando-se para ele.

— Então boa sorte com isso, tio Connor, vai precisar. — Jason pisca e se vira, e o detetive o encara com um sorriso de canto nos lábios enquanto eu pisco atônica.

Tio?

Tio Connor?

É tio dele? Sério? Está brincando? Se for é uma grande ironia.

Eu me levanto assim que ele me chama.

— Vamos Hadl...

Porém no mesmo momento ele para, assim que seu corpo é jogado rapidamente contra a parede, tendo seu pescoço segurado por um homem gigante do qual o olha com bastante raiva. Parece que o tempo para ao nosso redor, assim como o barulho de pessoas falando, telefone tocando e teclados sendo usados. Eu engulo a seco, aproximando-me de Jason que obtinha uma feição fria no seu rosto.

— Desgraçado. — O cara rosna e Jason arqueia um canto da boca, sorrindo maldoso.

— E você já está com as mãos em mim de novo, hein Carpenter? — Meus ombros tencionam com suas palavras, então esse é o Carpenter? O Carpenter.

— Sabe o que eu vou fazer com você? — O detetive Carpenter projeta para fora, ameaçadoramente, fazendo Jason soltar uma risada irritadamente imparcial.

— Sei... Vai tirar as patas de cima de mim antes que vá preso por descumprir uma ordem judicial. — Minha boca entreabre, pois o detetive Carpenter estava com a mão esbranquiçada sobre o pescoço de Jason, o apertando, e sua feição endurecida em raiva marcava que ele não estava nenhum pouco disposto a se afastar.

— Carpenter. Não faça isso. — A fala mansa do detetive tio de Jason me chama a atenção. Ele me lembra o Aaron, cabelos castanhos, olhos-azuis e um porte de dá medo em qualquer pessoa, será que é mera coincidência? Para mim a parte da família de Nelwin é tudo loira. De qualquer forma, o tio de Jason tenta acalmar a situação, entretanto a resposta só saí entre dentes.

— Cale a boca, Bieber e não se mete nisso.

Tio Connor suspira.

Bieber, hein? Mais um? Parando para pensar, além das características físicas, a carta do meu pai me vinha a mente, lembrando.

"... Sou filho único, Humphrey e Pamela, os pais do meu melhor amigo Aaron que me acolheram, eles me criaram como se fosse filho deles e eu sou grato eternamente por isso. Cresci com Aaron e seus dois irmãos e não tem nada nesse mundo que não faria por esse cara..."

Dois irmãos...

Então esse é um desses? Que baita ironia do destino um Bieber ser um policial, huh?

Black SeaOnde histórias criam vida. Descubra agora