27. - Confia em mim.

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Sinto calmamente a blusa fina grudar contra minha pele, deixando-me desconfortável no mesmo momento. Bufo com raiva, puxando o pano do meu contato a fim de evitar a sensação. Logo encaro a cima do qual um garoto muito bonito —, mas muito desastrado acabou de derrubar bebida em mim.

— Droga... Me desculpa, eu não vi você.

Ele diz e eu o encaro ceticamente, franzindo meu cenho. Eu percebi. Inclino minha cabeça, pois ele parecia familiar pra mim. Por falta de vontade, eu apenas suspiro irritada, dizendo e logo saindo:

— Esquece.

Era um pouco difícil lembrar aonde ficava o banheiro, principalmente porque havia um mar de pessoas dispostas sobre a sala. Faço uma careta, questionando-me aonde estava Jason. Ele falou que voltava rapidinho e eu fiquei plantada por quinze minutos o esperando, porém o que queria também? Aonde estou com a cabeça de ter vindo a uma festa com ele? Eu tenho uma zonza resposta incumbida pelo álcool do qual não ligo muito. Honestamente agora eu só precisava retirar aquela camisa.

Vasculhando com os olhos eu acabo encontrando uma escada e por instinto subo por ela. Sinto meus passos meios pesados como se qualquer passo em falso me levasse ao chão. Um fato: eu não gosto de estar bêbada, então por que bebo? Bem, há várias repostas, uma principalmente porque é muito bom ficar entorpecida.

Suspiro irritada, vendo um corredor extenso cheio de lados. Agora não me lembrava aonde ficava o banheiro. Faço unidunitê e acaba caindo na esquerda, então vou pela esquerda. Quando ultrapasso metade do corredor, percebo que estou do lado errado. Tenho uma vaga lembrança de um quadro no corredor que estava o banheiro, e nesse que estou agora há apenas portas, muitas portas. Rosno frustrada, dando meia-volta para voltar, e assim que faço, dou de cara com um garoto encostado a porta.

— Você por acaso está perdida? — Ele pergunta e eu faço um bico.

— Você por acaso está me seguindo? — Retruco a pergunta, indo em sua direção para sair.

— Na verdade não... — Ri descontraído, levantando o queixo. — Só estava indo pra lá e vi você um pouco perdida.

— Mmm... Te conheço de algum lugar. — Resmungo, apontando em sua direção quando passo por ele.

— É, tem razão. No clube lembra? Dec nos apresentou.

— Te apresentou. — Digo, o vendo coçar a cabeça ao sorrir. Estralo os dedos. — Cole?

— Isso. — Ele concorda e eu faço o mesmo, lhe dando as costas. Eu que não iria ficar conversando com ele em um corredor qualquer na casa de um estranho. Contudo antes que pudesse dar mais que de três passos, o mesmo me para. — Espera. Você não quer ajuda?

— Não obrigada, já me ajudou muito por hoje, Cole. — Anuncio, olhando o estado da minha blusa. Muito mesmo. Eu não precisava de ajuda, principalmente dele. O ouço dizer um "espere", mas não fico pra saber.

Quando chego ao ponto de partida, vou para o lado direito e quando estou no meio dele, sinto-me enroscar-me em alguma coisa.

— Eiii. — A coisa grita me puxando para atrás com mais força do que minhas pernas aguentam. — O que está fazendo aqui?

Sorrio pra ele, balançando minha cabeça.

— Longa história. O que você está fazendo aqui?

— Vendo o movimento, ficando por dentro das fofocas, esse tipo de coisa. — Ergo a sobrancelha pra ele.

— Está aqui por causa do seu crush misterioso? — Suas bochechas coram imediatamente. Dec não parecia ser do tipo que fazia mistério sobre suas conquistas, entretanto sobre esse garoto o mesmo não abriu o bico.

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