38. - Modus operandi.

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Volto para o meu quarto em choque, arrastando-me lentamente através dos corredores frios. Justin realmente gosta de mim? Eu engulo a certeza. Apesar disso, de toda a confusão e o conflito, meu maldito corpo traidor sente falta de suas carícias, do seu beijo possesso, droga... Eu balanço minha cabeça em negação. Não, tira isso de mim. Esses instintos não me pertencem, eles não são meus... Oh, merda. Quem estou tentando enganar? Eu o deixei me beijar porque quis, porque eu queria, e por mais que seja uma real droga eu estar indo contra ele, eu sinto que não posso evitar. A parte inteligente minha desaparece quando ele está por perto, porque eu sempre estou em alerta com ele a atenção me magnetiza diretamente até ele, sem que eu perceba.

Suspiro fundo, me recompondo, achando calmamente meu quarto no escuro. Quando encontro uma abertura sem porta, adentro, indo me deitar, contudo sinto algo estranho sobre minha cama, que rapidamente me joga para fora dela. Grito em espanto, levantando-me em um pulo, acendendo o abajur.

— Ei, vamos com calma. — Ele pede, deitando-se de lado.

Eu o fito com ódio.

— Calma o caralho, seu idiota! Está fazendo o que Jason?! — Grito, fechando minha boca. Dessa vez eu realmente vou acordar alguém. O mesmo me dá um sorriso de lado, manhoso, embrulhando-se com o lençol.

— Não é óbvio? Estou deitado em sua cama. — O mesmo responde óbvio, e eu abro meus braços, o olhando sem acreditar. Oh, é mesmo? Nem notei.

— Idiota! — Rosno, batendo em suas costas. — Quero saber o que está fazendo deitado nela, ainda mais essa hora da noite.

— Bem... — Ele me olha desconfiado. — Poderia perguntar o mesmo você, o que estava fazendo acordada há essa hora?

Sinto automaticamente meu rosto queimar e rolo meus olhos por isso. Não estou sendo encurralada.

— Acordei, e estava com frio, então resolvi ir até a cozinha pegar alguma coisa quente. — Respondo, o olhando. — Isso responde para você?

— Talvez... — Ele novamente semicerra os olhos, agora inclinando seu queixo. — Você por acaso fez alguma coisa ao Justin?

— Hã? Como assim? — Entro na defensiva automaticamente, cruzando meus braços, sentindo um ar frio mesmo com ar-condicionado percorrer o ambiente.

Jason retira o edredom de sua cabeça, ficando sério.

— Quando entrei no quarto dele agora há pouco, ele parecia estranho... — Ele deixa no ar e tenho que questionar.

— Estranho como?

— Sabe... Ele estava deitado na cama, de bruços, parecendo com dor, aparentemente ele estava fodendo o travesseiro — ele diz simplesmente, continuando: — E além disso, ele não me deixou dormir com ele, não é um absurdo?

— Dormir com ele? — Repito, me questionando o que Jason quer dizer com fodendo o travesseiro, mas resolvo deixar passar porquê honestamente não quero saber a resposta.

— É, a gente sempre dormia junto quando éramos pequenos, e agora ele não quer? — Ergo uma sobrancelha.

— Jason...

— E você acredita que eu ainda tentei dormir com James e com o Jansen, mas eles me rejeitaram? Eu até pediria para o Jackson, mas ele nunca foi meu irmão preferido. — Encaro ceticamente o garoto loiro a minha frente, notando realmente sua indignação, contudo, inevitavelmente, tenho que lhe perguntar. — E também...

— Só um momento, me explica por que você tentou dormir com todos seus irmãos? — Ele me faz uma careta.

— Você falando desse jeito soa estranho... — Concordo com ele.

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