17. - Isso não vai acontecer.

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Taylor Woodard está olhando pra mim e eu não estou gostando nada.

Fechei o armário do vestiário, colocando a camiseta sobre a cabeça. Acompanho pelo canto de olho Jason trancar o seu armário, ele parecia agitado, e antes de entrar no banho estava com um papel em mãos do qual o treinador havia dado a ele, os mesmos obtiveram uma conversa depois do treino, e pela sua feição extremamente irritadiça pude concluir que havia sido ruim.

Subo meu pé para o banco, amarrando meus cadarços rapidamente, sentia minhas costas queimando em brasas e em um suspiro irritado, virei-me para Taylor.

— Que foi Woodard? Tá com algum problema? — Pergunto, vendo seus olhos desviarem do capacete em suas mãos para mim.

— O que? — Retruca de volta, me fazendo encará-lo ceticamente. Sonso não.

— Você está me olhando muito, então só posso concluir que ou está com algum problema ou gosta muito da minha cara. — Digo, contemplando a feição irritada no seu rosto. Ele se endireita sobre o seu ponto, dando um passo em minha direção.

— No momento eu não estou com nenhum problema com você — ele diz, inclinando sua cabeça para o lado, mas especificamente aonde o meu irmão está. — Mas vou ter breve, se o drogado do seu irmão nos fazer perder no próximo jogo.

Eu encaro Jason, em seguida encaro Taylor. É uma questão de um segundo para que meu braço esteja apertando o seu pescoço e ele esteja nas pontas dos pés. Quem esse babaca acha que é pra me dá ultimatos? E ainda mais sobre o meu irmão?

— Como é que é? — Cuspo pra fora com força, o vendo ficar vermelho pela força que colocava em seu pescoço, senti corpos me cercaram rapidamente e braços me puxarem para trás, mas sem sucesso.

— Justin, cara, vamos com calma. — Ryan pede de algum lugar.

— Quem você acha que é pra falar assim comigo? — Indaguei furiosamente a Taylor enquanto aperto o seu pescoço, sua mão tenta segurar o meu braço, mas o movimento só me faz apertá-lo mais.

— Eu sou alguém que está preocupado com o time. — Ele solta sem ar, me fazendo ranger os dentes.

— Você não precisa se preocupar com o time, eles têm um capitão pra isso, e o meu irmão não é um problema.

— Justin! — Outra voz me chama.

— É sim! — Taylor afirma, e o aperto em meus ombros é maior. — Já o encontrei drogado duas vezes nas últimas duas semanas pelos corredores de Easton. E se o treinador souber que ele está doidão no começo do campeonato, além dele ser expulso, é suposto que nos percamos por causa da marcação.

— Justin já chega! Larga ele. — Rick, o artilheiro pede e eu solto o ar pelos dentes.

— Ele não tá drogado. — Rosno com tanta força que minha mandíbula dói. O rosto de Taylor contorce em uma careta vermelha, ele estava ficando sem ar.

— Seja o que for, antidepressivos, remédios pra dor ou cocaína, eu não me importo! Ele está sob o efeito de alguma merda e se ele nos fizer perder por isso, o treinador ficará sabendo.

Dou uma risada pra ele, soltando rapidamente e empurrando os caras que estão ao meu redor.

— E quem irá contar Woodard? Você? — Perguntei, fazendo um sinal para os garotos que estavam ao meu lado. Taylor está no chão, com a mão no pescoço, sem ar.

— Seu irmão é um problema Justin e eu não vou deixar que ele estrague meu futuro por uma merda de diversão barata.

Abaixo-me em sua direção, certificando-me que estou encarando o seu rosto.

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