— Jake, temos um trabalho especial para você. — Jordan, pai de Amora falou, enquanto eu saía do carro e via a mansão de Eric.
— Por que me trouxe aqui? — Questiono, com certa irritação. Jordan suspirou, me olhando desconfiado.
— Eu disse que tinha um trabalho. Qual é o seu problema com Eric? — Questionou, me fazendo engolir em seco.
— Nada... Que tipo de trabalho? — Questiono, tentando mudar de assunto e me manter indiferente.
— Vamos entrar. — Chamou, já andando na frente. O sigo, a contragosto, mas eu não tinha muita escolha. — Eric! Boa noite. — Jordan cumprimentou, assim que adentrou a sala e Eric o recebeu. Na sala também estavam os pais de Eric, Yan e Amora, que ainda não tinha saído para a lua de mel. Que eu saiba, ela planejava ir nesse fim de semana.
Sigo até Amora, sorrindo para ela e me sentando ao seu lado, o que me remeteu a lembranças da noite em que passei com Eric nessa sala, mas o mais sensato no momento é esquecer esse detalhe.
— Muito bem, decidimos unir os principais atuantes da Máfia para resolvermos algumas pendências. — Jordan declarou, de pé, ao lado de Eric. — Como já estão por dentro... Amora acabou casando com Yan, atual Capo da Máfia Canadense. Não é porque sou o pai de Amora, mas em minha humilde opinião, ela é uma ótima agente da Máfia, e como esposa de Yan, ambos deixarão a facção muito mais forte. Mas como inicialmente prometemos um acordo com a máfia americana, eu, como Capo da Máfia brasileira, não quero deixá-lo na mão. Então, eu gostaria de saber se tanto Eric quanto Jake, estão de acordo em trabalharem juntos.
— O quê?! — Eric e eu questionamos ao mesmo tempo. Ah, pronto! Era só o que me faltava.
— Jake é um ótimo Agente da Máfia, além de ser um gênio e criador de armas potentes. Poderia muito bem te ajudar na máfia. — Jordan sugeriu.
— Pai, Jake veio comigo, portanto ele trabalha comigo. — Amora interveio, segurando minha mão. Só ela e Mia sabiam do motivo para eu não querer trabalhar perto de Eric, mas os outros não sabiam, então iriam insistir.
— Sim, Amora. Mas você já está casada. A máfia canadense está praticamente invencível. Jake poderia muito bem trabalhar para Eric, fornecendo armas e atuando como um dos soldados na máfia. Não concordam? — Jordan falou, em um tom calmo e sério.
— Eu não vejo mal nenhum. A máfia americana não pode sair perdendo. — A mãe de Eric ditou.
— Eu também não vejo. Seria muito bom ter um Agente da Máfia, e que ainda por cima pode nos fornecer armas novas e únicas. — Dessa vez, foi o pai de Eric que falou, o que me fez suspirar.
— E então, Jake? Aceita? — Jordan questionou, e todos me olharam.
— Se... todos concordarem. — Insinuo, encarando Eric, que me olhava seriamente.
— Por mim tudo bem. Estou precisando de Agentes. — Eric falou, cruzando os braços.
— Perfeito então. Em nome da Máfia brasileira, eu peço desculpas pelo transtorno, Eric. — Jordan falou. — Sugiro que vocês dois conversem e... decidam como vão trabalhar juntos.
Com isso, Yan e Amora se despediram, com pressa por conta da viagem que fariam. Os pais de Eric também se despediram e Jordan nos auxiliou a uma boa conduta antes de ir embora, nos deixando à sós para resolvermos como seria. Nunca estive em uma situação tão constrangedora quanto essa.
— Certo, é bom fazermos isso logo... — Eric murmurou, pegando um notebook e se sentando no sofá, de frente para mim. — Em relação às armas, como funciona? — Questionou, me encarando friamente. Por que diabos eu aceitei trabalhar com esse homem?!
— Não crio para todos, que fique claro. Uma ou duas para quem está sempre em linha de frente. Franco-atiradores, soldados pessoais e... o Capo. — Falo, indiferente.
— Duas armas para cada? Está brincando comigo? — Questionou, me olhando desacreditado.
— Minhas armas são preciosas demais para entregar nas mãos de qualquer um. Se quiser que eu continue aqui, vai ter que aceitar a forma como eu trabalho. — Falo, irredutível. Ele suspirou, assentindo.
— Que seja... Que papel você faz na máfia?
— Todos. — Falo e ele me encara, como se exigisse uma resposta mais explicativa. — FA, Agente Secreto, fornecedor, negociador, soldado... Enfim. — explico, com certa preguiça.
— Não pode fazer tudo isso ao mesmo tempo. — Ditou, descrente. Sorri, passando a mão em meus cabelos e me recostando no sofá.
— Sim, eu posso.
— Onde você treinou?
— Junto com Amora e os irmãos dela, no Brasil.
— E quanto você recebia? — Sorri, o encarando.
— Uma boa quantidade de zeros. Aliás, vamos falar do meu pagamento, porque não faço tudo isso de graça. — Falo, o encarando seriamente.
— Eu sei que não. — Insinuou, me deixando irritado, mas me controlei. — Já que se garante em fazer tudo isso, quero você em linha de frente, fazendo alguns serviços pessoais comigo, como negócios, alianças e eventos. Então... que tal isso? — Falou, me entregando um pedaço de papel com a quantia escrita.
— Mais um zero e negócio fechado. — Falo, lhe devolvendo o papel. Ele me encarou, irritado.
— Está brincando?! Esse valor já é superior a todos os meus soldados. — Dou de ombros, indiferente.
— Nenhum deles faz o que eu faço, isso eu garanto. — Eric suspirou, irritado, reescrevendo o valor e me devolvendo o pedaço de papel. Olhei a quantia, satisfeito.
— Feliz agora?! — Eric questionou, e eu apenas sorri, me levantando.
— Sim. Agora eu tenho que ir. — Falo e ele se levanta, me olhando.
— Espera. Preciso do seu endereço e número de telefone. Você começa a trabalhar amanhã e sem atrasos. — Ditou, o que me fez suspirar. Pego meu cartão de telefone no bolso da calça, pegando a caneta dourada das mãos dele e escrevendo o endereço na parte detrás do cartão, entregando a ele.
— Satisfeito? Ou tem mais alguma coisa? — Questiono, impaciente. Mas antes que eu falasse, vejo Débora entrando na mansão, vindo rapidamente até Eric e o abraçando.
— Amor! Agora finalmente não vai ter ninguém para nos atrapalhar! Ainda bem que aquela metida se casou com outro. — Ditou, não notando que Eric e eu trocávamos faíscas pelos olhos, e nem sei se esse trabalho ia ser bom, afinal, não nos damos bem depois do que aconteceu.
— Já vi que não precisa de mais nada. — Falo, desviando o olhar e encarando Débora. — E para a sua informação, garota, Amora não é metida. Ela apenas tem bom gosto. — Insinuo, encarando Eric uma última vez e passando pelos dois, saindo dali e voltando para o meu apartamento, tirando minha camisa e me jogando na cama.
Que noite... Que noite!
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SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay)
Lãng mạnPor um acaso do destino, tivemos que nos unirmos. Mas isso não significa te amar.