Sou acordado cruelmente com a porra do meu celular e o despertador tocando juntos. Eu mereço!
Me remexo na cama, procurando meu celular perdido debaixo das cobertas, até que o encontro, atendendo ao telefonema sem nem olhar quem era. Minha vista estava embaçada, acabei de acordar. Jamais vou raciocinar às oito da noite. Sim, da noite. Agora que trabalho para o idiota do Eric, a maioria dos meus trabalhos serão à noite, então durmo durante o dia. Pouco, já que odeio dormir de dia, mas não tenho opção.
— Jake falando... — Balbucio, quase sem voz pelo sono.
— ONDE INFERNOS VOCÊ ESTÁ?!! EU DISSE PARA SER PONTUAL!!! — Resmungo ao ouvir Eric gritando no meu ouvido.
Mas que desgraçado!
— Seja educado, e talvez eu não desligue na sua cara! — Resmungo, me obrigando a levantar da cama, procurando por uma roupa.
— Seja pontual e talvez eu não diminua seu salário! — Rebateu, o que me fez revirar os olhos. Bocejo, encontrando uma calça preta e pegando uma camisa de mesma cor.
— O que tem de tão urgente? — Questiono, indiferente, vestindo a calça e me sentando na cama para calçar meus coturnos negros. Céus, eu estava um caco! Dormir só três horas certamente não deve ser muito aconselhável.
— Eu preciso me encontrar com um cara que diz obter informações valiosas sobre o Capo Dinamarquês. — Ditou, me fazendo finalmente prestar atenção na conversa. Ajeito o telefone em minha orelha, o segurando com o ombro, enquanto calçava o outro coturno.
— Isso está me soando como uma enrascada... Você como Capo deveria saber disso. — Falo, me levantando e pegando minha camisa, fazendo um malabarismo para vestí-la sem largar o celular.
— Eu já sei, garoto! Mas ao contrário do que alguns pensam... não fujo de uma batalha. — Insinuou, o que me fez ri, descrente. Eu não acredito nisso...
— Sério? Você está agindo feito um idiota para provar que é homem e tem coragem para enfrentar um desconhecido? O quão você se importa com minha opinião? — Provoco, indo para frente do espelho, tentando dá um jeito em meus cabelos, mas eles estavam impossíveis e ficariam o ninho que estava. Posso dizer às pessoas que é um novo estilo.
— Não me importo com a porra da sua opinião! E eu quero saber se isso é verdade, se não for...
— Eu o mato. — Deduzo, já me equipando com uma das minhas armas favoritas. Ela faz um estrago enorme e pode facilmente atravessar dois corpos com extrema facilidade.
— Exato. Quero que esteja por perto. Vou te mandar o endereço. Eu já estou de saída, então seja rápido. Ninguém sabe que está trabalhando para mim, então haja como se não me conhecesse. — Eu ri, pegando as chaves da minha moto, avistando Mia na sala, dormindo agarrada com duas garotas no sofá-cama.
— Fingir não te conhecer vai ser extremamente fácil. — Provoco, saindo do apartamento e subindo em minha moto.
— Vai se foder, garoto! — Eric resmungou, encerrando a ligação. Eu ri, conferindo o endereço que ele havia me mandado e guardando o celular, ligando a moto e seguindo para o tal lugar.
. . . .
O Cassino Orange era conhecido por seus jogos de azar e shows eróticos. Certamente ganhavam uma boa grana com toda a merda que faziam lá dentro. Um lugar perfeito para um negócio sujo e encontros secretos.
Adentro o local, olhando em volta, avistando Eric próximo da roleta Russa. Ele me encarou, insinuando o corredor dos banheiros, seguindo para lá. Respiro fundo, esperando um pouco e o seguindo, encontrando ele no banheiro, lavando as mãos para não chamar atenção.
Não havia ninguém, mas poderia facilmente chegar.
— Quem é o cara? — Questiono, abrindo a torneira, ao lado dele e me olhando no espelho. Porra, meu cabelo estava uma merda!
— Aqui. — Ele tirou uma foto do paletó, me mostrando a peça. Um homem de meia-idade, barbudo e gordo. Não tinha uma cara nada amigável.
— E o que descobriu sobre ele? — Eric suspirou, puxando o papel toalha, secando as mãos e se encostando na pia.
— Ele faz parte da Máfia dinamarquesa. Das duas ou uma: ou é uma armadilha para me matar, ou um traidor querendo uma grana fácil. — O encaro, ponderando.
— Óbvio que ele não faria de graça. Quanto cobrou?
— Meio milhão. — Assobio, sorrindo.
— Temos uma terceira opção: Ele pode está querendo te falir. — Brinco, vendo ele bufar.
— Não mais do que você! — Rebateu, me encarando bravamente.
— Todo mundo tem seu preço. O meu é bem caro. Anda, sai daqui. Estou louco para estourar os miolos de alguém. — Eric sorriu, descrente.
— Espero que isso não seja preciso. Espere uns cinco minutos, e se mantenha por perto. — Ordenou, saindo do banheiro.
Respiro fundo, secando minhas mãos com o papel-toalha e checando as balas da minha arma.
Espero que seja preciso sim...!
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SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay)
RomancePor um acaso do destino, tivemos que nos unirmos. Mas isso não significa te amar.