Depois de horas no voo, passando a maior parte do tempo dormindo e ouvindo música, acordando somente para comer e irritar Eric, finalmente chegamos ao Brasil, mais precisamente, ao Galpão onde as armas estavam sendo armazenadas e embaladas para a viagem.
— Isso está incrível... — Eric comentou, pegando uma das armas e a analisando. Sorri, orgulhoso.
— Claro que está. Fui eu que fiz. — Falo, convencido, vendo ele revirar os olhos.
— Certo, que horas o carregamento sai? — Questionou e eu confiro às horas em meu relógio de pulso.
— Duas da manhã. Vão passar o dia empacotando e colocando no caminhão. — Falo, suspirando.
— E vamos dormir na rua até lá? — Reviro os olhos.
— Não. Eu tenho uma casa no Brasil, mas não é grande coisa. Eu tenho as chaves. Vamos para lá. — Falo, saindo do Galpão e trancando as portas. Como não era tão longe, fomos andando mesmo.
Assim que chegamos em minha antiga a casa, destranquei a porta, entrando no local, vendo tudo limpo e arrumado. Eu pagava uma funcionária que vinha semanalmente, para minha casa não virar pó.
Abro as cortinas e janela, deixando a luz de fim de tarde adentrar o local.
— Pronto. Você pode dormir no sofá. — Falo, apontando para o sofá de dois lugares. Era o maior que eu tinha. Eric me encarou como se eu tivesse acabado de falar um absurdo.
— Está brincando, né?
— Eu só tenho um quarto, e uma cama. Sua masculinidade frágil não te deixaria dormir comigo, então, se achar ruim, pode dormir no chão, que é mais espaçoso. — Zombo, seguindo para meu quarto e retirando minha jaqueta, e logo em seguida a camisa.
— Não vou dormir naquele sofá minúsculo que não cabe nem a minha perna! — Eric entrou no quarto, me assustando.
— Então durma no chão, pronto. — Falo, impaciente. Ele suspirou, retirando a camisa e seguindo para a minha cama, se sentando na mesma e retirando os tênis. — Eric...
— Não vou dormir naquele sofá, sendo que vou acordar de madrugada para enfrentar aqueles infelizes dos dinamarqueses! — Bufo, o ignorando e seguindo para o banheiro, tirando o restante das minhas roupas e tomando um merecido banho.
Após renovado, enrolo a toalha na cintura, saindo do banheiro, e vendo Eric fuçando na minha adega de bebidas.
— Ei! Geralmente as pessoas pedem permissão! — Exclamo, mas ele me ignorou, se servindo com uma dose de vodka.
— Eu sou teu chefe, não preciso de permissão. — Rebateu, bebendo todo o líquido no copo.
— Eric... para. Não vou deixar você beber de novo perto de mim. Além de que, você precisa estar sóbrio. — Aviso e ele me encara de imediato, me analisando da cabeça aos pés.
Ele abandonou o copo sob a cômoda, caminhando lentamente em minha direção, o que me fez engolir em seco.
— Então está com medo que eu... te ataque? — Questionou, se aproximando de mim. Recuo um passo, tentando não demonstrar o quanto esse seu olhar me intimidava.
— Ao menos admitiu que foi você que começou. — Rebato, frio. Ele se aproximou ainda mais. Recuo dois passos e acabo esbarrando e caindo na cama. Eric sorriu, subindo sobre mim, me fitando.
— E se eu te atacasse de novo? — Questionou, em um sussurro. O encaro, sem saber ao certo o que fazer.
— Você bebeu enquanto estava no banho, não é? Não vou deixar que me humilhe de novo! — Exclamo, irritado. Ele suspirou, negando.
— Quem disse que eu bebi? E... obviamente não é nada sério. Seria... coisa de homem. — Ditou, levando sua mão para a minha toalha e a puxando devagar.
— Eric! O que infernos deu em você?! — Tento afastá-lo, mas ele prende seus pulsos contra o colchão, abrindo minhas pernas com as suas, fazendo a toalha soltar de vez, me deixando exposto para si.
— Nada. Mas... passando o dia ouvindo suas provocações, é divertido te ver tão vulnerável por minha causa. — Brincou, rindo da minha cara e se levantando.
Eu não acredito que ele...!
Suspiro, me sentando na cama e enrolando a toalha novamente em minha cintura, o encarando desafiadoramente.
— Você gosta de me ver vulnerável ou simplesmente não é homem o suficiente para dá conta do recado? — Provoco, sorrindo travesso. Ele me encarou rapidamente, irritado.
— Como é?! Sabe muito bem que não é isso! Aliás, já te provei o contrário! — Exclamou, parecendo ofendido. Eu ri, negando.
— Na verdade... não foi lá essas coisas. Foi bem fraco, na verdade... Podia ser melhor. — Provoco, obviamente mentindo, porque mesmo odiando admitir, Eric era totalmente o oposto disso.
— “Podia ser melhor”? Está brincando, né?
— Por que eu estaria? Está tudo bem, Eric. Nem todos são tão bons de cama. Acontece, cara. Temos que aceitar. — Falo, virando às costas e fazendo menção de seguir até minha bolsa.
— Ah, é? Você precisa de uma segunda opinião. — Eric comentou. Apenas ri, mas logo sou surpreendido ao ser puxado bruscamente pelo braço e jogado na cômoda, derrubando os objetos que haviam nela.
— Eric! Me solta! — Exclamo, assustado. Ele arrancou a toalha do meu corpo, sem a delicadeza de antes, agarrando minha cintura com força e colando sua boca na minha, iniciando um beijo selvagem.
— Eu vou acabar com você hoje, garoto... — Eric sussurrou ao meu ouvido, segurando meu pescoço com força, mordendo e sugando minha orelha, o que me arrancou um gemido involuntário.
Oh, porra...
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SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay)
RomancePor um acaso do destino, tivemos que nos unirmos. Mas isso não significa te amar.