1 ano e meio atrás...
Parte 1
6 meses haviam se passado desde que Jake foi embora. Ele já devia está com 7 meses de gestação... Perto de ter o nosso filho. E eu nem sequer podia estar lá para saber como eles estavam.
Perdemos contato. Eu não soube o que aconteceu. Ele simplesmente não me respondeu mais. Passar dias sem ter notícias dele estava me matando, até Amora me explicar que ele havia perdido o celular e então me passou o novo número dele.
Acredito que ele devia estar tão afoito com tudo isso, que até as coisas ele perdia. Meu garoto marrento... Como eu queria estar com ele agora...
— Eric! — Yan exclamou, adentrando minha casa. Ele parecia preocupado. — Você precisa sair daqui... — Yan falou, mas logo vários soldados da Máfia americana apareceram, invadindo minha casa armados.
— Como pôde nos trair dessa forma?!! Fomos fiéis a você! — Um dos soldados exclamou, com fúria.
— Alguém gravou um vídeo de você e Jake se beijando no aeroporto. A máfia viu esse vídeo. — Yan explicou o que eu já imaginava.
— Eu não traí ninguém! A única coisa que fiz foi amar alguém. Isso não é errado! — Me defendo, mas isso não seria convincente para eles.
— Você nos envergonhou! Onde ele está?! Está esperando bastardos, não? — Lucas tomou a frente, enojado.
— Você nunca vai chegar perto dele! — Exclamo, agora em fúria.
— É ele ou você! — Ralhou, avançando um passo em minha direção.
— Vocês têm noção do que estão fazendo?! — Yan interveio, tomando a frente. — Se revoltarem contra o capo é muito pior! E serão vocês que sairão perdendo! — ditou, tentando manter a calma. Yan sempre foi muito protetor comigo, então eu sei que ele estava preocupado com o que poderia acontecer.
— Não vamos servir a alguém que desonra a máfia e o poder que tem! Onde aquele desgraçado está?!! — Gritou, mas eu avanço dois passos em sua direção.
— Me levem! Façam o que quiser comigo, podem até me matar, mas vão deixar ele em paz! — Declaro, e Yan rapidamente me encara.
— Eric! Você enlouqueceu?!!
— E o que você quer que eu faça?! Não vou entregar meus filhos e... meu namorado nas mãos deles. Antes eu do que eles. — Yan negou, me olhando incrédulo.
— Não vou permitir que te matem, Eric! — Yan exclamou, preocupado.
— E eu não vou permitir que eles matem meus filhos. Vai ficar tudo bem... — Falo e logo dois dos soldados prendem meus pulsos, me desarmando.
— Isso não vai ficar assim, vocês vão pagar caro pelo o que estão fazendo! — Yan exclamou, com os olhos marejados.
— Ele também vai pagar. — Lucas ditou, me puxando para fora da mansão, onde os soldados estavam reunidos, gritando e me xingando de todas as formas.
Traidores desgraçados...
— Eric...! — Yan me chamou. Olho para trás. — Eu vou buscar ajuda. — apenas assenti, vendo ele sair.
— Anda! — Lucas me empurrou, me derrubando no jardim. Dois deles rasgaram minha camisa, começando a desferir socos e chutes, que só alimentavam ainda mais a minha raiva.
Tento lutar contra, mas eram muitos, e logo sou atingido por um canivete, que cortou meu pescoço na lateral, superficialmente, mas que deixou meu corpo parcialmente coberto por sangue.
— Já que vive dizendo que é tão homem, vamos ver o quanto aguenta! — Lucas ditou, me fazendo ajoelhar com um chicote em mãos.
Respiro fundo, gravando mentalmente o rosto de cada um que estava ali. Eles iriam pagar caro por tudo! Especialmente por ameaçar minha família.
Recebo a primeira chicotada nas costas. Suspiro, levando minha mente para Jake. Eu não podia deixá-lo sozinho...
Lucas puxou meu cabelo, me obrigando a olhá-lo. Desgraçado! Está se achando demais...
— Já que quer proteger o nojento do seu namoradinho e aqueles bastardos que ele está esperando... vai ter que pagar o triplo! — Ditou, e logo sinto outra chicotada, com mais força do que a primeira.
E logo se começou uma sequência na qual eu já havia perdido as contas depois das 50 chicotadas. Minha visão já estava ficando turva e logo vejo Yan entrando na mansão, armado e acompanhado dos seus homens da Máfia, atirando contra eles.
Lucas praguejou, me puxando pelo braço e me arrastando até uma Van, me empurrando para dentro e dando partida. Notei Yan também entrar em um carro, nos seguindo.
Eu já estava quase desmaiando, e Lucas dirigindo cada vez mais rápido, atordoado, pois sabia que não poderia lutar contra a máfia canadense.
A rua estava movimentada, e em uma curva fechada, Lucas não conseguiu diminuir a velocidade a tempo, derrapando no barranco. O carro em que estávamos capotou.
E a última coisa que ouvi foi Yan gritando meu nome, em completo desespero...
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SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay)
RomansaPor um acaso do destino, tivemos que nos unirmos. Mas isso não significa te amar.