CAPÍTULO - TRINTA E SETE

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1 ano e meio atrás

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1 ano e meio atrás...

Parte 1

6 meses haviam se passado desde que Jake foi embora. Ele já devia está com 7 meses de gestação... Perto de ter o nosso filho. E eu nem sequer podia estar lá para saber como eles estavam.

Perdemos contato. Eu não soube o que aconteceu. Ele simplesmente não me respondeu mais. Passar dias sem ter notícias dele estava me matando, até Amora me explicar que ele havia perdido o celular e então me passou o novo número dele.

Acredito que ele devia estar tão afoito com tudo isso, que até as coisas ele perdia. Meu garoto marrento... Como eu queria estar com ele agora...

— Eric! — Yan exclamou, adentrando minha casa. Ele parecia preocupado. — Você precisa sair daqui... — Yan falou, mas logo vários soldados da Máfia americana apareceram, invadindo minha casa armados.

— Como pôde nos trair dessa forma?!! Fomos fiéis a você! — Um dos soldados exclamou, com fúria.

— Alguém gravou um vídeo de você e Jake se beijando no aeroporto. A máfia viu esse vídeo. — Yan explicou o que eu já imaginava.

— Eu não traí ninguém! A única coisa que fiz foi amar alguém. Isso não é errado! — Me defendo, mas isso não seria convincente para eles.

— Você nos envergonhou! Onde ele está?! Está esperando bastardos, não? — Lucas tomou a frente, enojado.

— Você nunca vai chegar perto dele! — Exclamo, agora em fúria.

— É ele ou você! — Ralhou, avançando um passo em minha direção.

— Vocês têm noção do que estão fazendo?! — Yan interveio, tomando a frente. — Se revoltarem contra o capo é muito pior! E serão vocês que sairão perdendo! — ditou, tentando manter a calma. Yan sempre foi muito protetor comigo, então eu sei que ele estava preocupado com o que poderia acontecer.

— Não vamos servir a alguém que desonra a máfia e o poder que tem! Onde aquele desgraçado está?!! — Gritou, mas eu avanço dois passos em sua direção.

— Me levem! Façam o que quiser comigo, podem até me matar, mas vão deixar ele em paz! — Declaro, e Yan rapidamente me encara.

— Eric! Você enlouqueceu?!!

— E o que você quer que eu faça?! Não vou entregar meus filhos e... meu namorado nas mãos deles. Antes eu do que eles. — Yan negou, me olhando incrédulo.

— Não vou permitir que te matem, Eric! — Yan exclamou, preocupado.

— E eu não vou permitir que eles matem meus filhos. Vai ficar tudo bem... — Falo e logo dois dos soldados prendem meus pulsos, me desarmando.

— Isso não vai ficar assim, vocês vão pagar caro pelo o que estão fazendo! — Yan exclamou, com os olhos marejados.

— Ele também vai pagar. — Lucas ditou, me puxando para fora da mansão, onde os soldados estavam reunidos, gritando e me xingando de todas as formas.

Traidores desgraçados...

— Eric...! — Yan me chamou. Olho para trás. — Eu vou buscar ajuda. — apenas assenti, vendo ele sair.

— Anda! — Lucas me empurrou, me derrubando no jardim. Dois deles rasgaram minha camisa, começando a desferir socos e chutes, que só alimentavam ainda mais a minha raiva.

Tento lutar contra, mas eram muitos, e logo sou atingido por um canivete, que cortou meu pescoço na lateral, superficialmente, mas que deixou meu corpo parcialmente coberto por sangue.

— Já que vive dizendo que é tão homem, vamos ver o quanto aguenta! — Lucas ditou, me fazendo ajoelhar com um chicote em mãos.

Respiro fundo, gravando mentalmente o rosto de cada um que estava ali. Eles iriam pagar caro por tudo! Especialmente por ameaçar minha família.

Recebo a primeira chicotada nas costas. Suspiro, levando minha mente para Jake. Eu não podia deixá-lo sozinho...

Lucas puxou meu cabelo, me obrigando a olhá-lo. Desgraçado! Está se achando demais...

— Já que quer proteger o nojento do seu namoradinho e aqueles bastardos que ele está esperando... vai ter que pagar o triplo! — Ditou, e logo sinto outra chicotada, com mais força do que a primeira.

E logo se começou uma sequência na qual eu já havia perdido as contas depois das 50 chicotadas. Minha visão já estava ficando turva e logo vejo Yan entrando na mansão, armado e acompanhado dos seus homens da Máfia, atirando contra eles.

Lucas praguejou, me puxando pelo braço e me arrastando até uma Van, me empurrando para dentro e dando partida. Notei Yan também entrar em um carro, nos seguindo.

Eu já estava quase desmaiando, e Lucas dirigindo cada vez mais rápido, atordoado, pois sabia que não poderia lutar contra a máfia canadense.

A rua estava movimentada, e em uma curva fechada, Lucas não conseguiu diminuir a velocidade a tempo, derrapando no barranco. O carro em que estávamos capotou.

E a última coisa que ouvi foi Yan gritando meu nome, em completo desespero...

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora