CAPÍTULO - TREZE

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Eric dirigia feito louco nas estradas, ultrapassando carros e faltando poucos centímetros para bater, em alta velocidade

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Eric dirigia feito louco nas estradas, ultrapassando carros e faltando poucos centímetros para bater, em alta velocidade.

— ERIC! PARA A PORRA DESSE CARRO!!! — Grito, após quase batermos em um caminhão. Eric estava com o olhar fixo, não pensando em nada.

Logo vejo uma linha de trem logo à frente, na qual o mesmo já estava se aproximando. Eric não diminuiu a velocidade, o que me fez entrar em desespero.

— ERIC!!! PARA ESSA MERDA! — Grito, segurando sua mão e a puxando, girando o volante com tudo e fazendo um curva brusca, fazendo o carro seguir na direção de uma ladeira não tão grande, batendo o carro em uma árvore, o que ativou os air-bags, impedindo que nos machucássemos.

Respiro fundo, me encostando no banco e olhando para Eric. Lágrimas escorriam pelo seu rosto, seu olhar estava perdido. E eu realmente odiei vê-lo assim.

— Eric...

— Você sabia disso? — Seu tom saiu baixo e rouco, o que me fez engolir em seco.

— Eu...

— Me responda. Você sabia disso? — Questionou, agora me olhando, parecendo extremamente decepcionado.

— Sabia... — Murmuro e ele ri, sem um pingo de humor. — Eric, por que está assim? Você também traiu ela, não? —Falo, vendo ele me encarar rapidamente.

— Não é essa a questão... — Murmurou, colocando a mão dentro do paletó e retirando uma pequena caixinha de veludo, a abrindo. Havia duas alianças de casamento dentro, o que me fez olhá-lo, me sentindo de certa forma traído também, por mais que não tivéssemos nada.

— Você ia pedi-la em casamento? — Questiono, sentindo meu peito se comprimir.

— É... eu ia. — Balbuciou, saindo do carro, e rapidamente o segui, vendo ele se aproximar de uma correnteza que havia ali perto, respirando fundo e observando as alianças. — Talvez casar não seja o meu destino. — Murmurou, jogando as alianças na correnteza.

— Eric... — Balbucio, me aproximando, mas ele se afastou, recusando meu toque.

— Por que não me contou?! Justo você, Jake! — Ralhou, entre lágrimas, rangendo os dentes. Eu não podia me sentir pior do que já estava.

— Eric... não era assunto meu. Você me tratou da pior forma no começo de tudo. Eu achei que merecia isso. Mas... com o tempo... isso foi passando dos limites, não queria que se sentisse assim. — Ele suspirou, negando.

— Parabéns. Você sabe muito bem como se vingar de alguém. — Ditou, passando por mim e indo embora. O alcanço, preocupado.

— O que vai fazer?

— Nada!!! — Exclamou, se virando rapidamente para mim, me olhando irritado. — Dessa vez, não vai ficar na minha cola! A última pessoa que quero ver nesse momento é você! Entendeu?! ME DEIXE EM PAZ!!! — Exclamou, apressando o passo.

Praguejo mil palavrões, socando um tronco de árvore, com raiva por ter sido tão idiota. É claro que isso aconteceria! Mas por que ele está tão bravo?! Ele a ama tanto assim?

Eu não tinha muito o que fazer, então voltei às pressas para o meu apartamento, vendo Mia jogada no sofá, mexendo no celular.

— Feliz?! O Eric descobriu tudo! — Exclamo, preocupada, vendo ela se levantar rapidamente, me olhando assustada.

— Como descobriu?! Era para você vigiá-lo, Jake!

— Vigiá-lo?! Mia, acorda! Isso é uma crueldade sem tamanho com ele! Já estava mais do que na hora dele saber o que aquela mulher estava fazendo!

— Ah, Jake! Não seja hipócrita! Você também tava se enrolando com ele que eu sei! — Exclamou, impaciente.

— Mas eu não estou fazendo isso por interesse! — Rebato, irritado. — Mia, eu não quero mais você se envolvendo nisso. Ela que se entenda com Eric.

— E se ele a matar? — Questionou, preocupada.

— Eu não vou conseguir contê-lo.

. . . . .

Já havia anoitecido, e não pensei duas vezes em ir para a casa do Eric, com a desculpa do trabalho, mas eu queria saber como ele estava.

Paro em frente à mansão dele, descendo da moto e olhando os seguranças.

— O Eric está? — Questiono, esperando que fosse uma resposta positiva.

— Não. Ele saiu desde manhã e não voltou até agora. — Um deles avisou, me deixando preocupado.

— Sabe onde ele está? — O segurança negou, o que me fez suspirar.

Eric, não precisa ser tão cabeça dura...

Resolvo buscar por Débora. Se ele tivesse ido atrás dela, certamente eu já estaria chegando tarde.

Ela morava em um apartamento enorme, que Eric havia comprado para ela há um bom tempo. Acho que essa vida de princesa vai acabar logo...

Peço para o porteiro chamá-la, e em minutos ela desceu, me olhando surpresa.

— O que você quer comigo?

— O Eric está com você? — Questiono, vendo ela me olhar mais confusa ainda.

— Não. Não está. Pensei que ele estava com você, não se disgrudam mais. — Resmungou, cruzando os braços.

Eric não veio atrás dela? Ela ainda não sabe que ele descobriu? Ok, estou ficando com medo...

— Débora, Eric já sabe que você está traindo ele. — Falo, vendo ela me olhar assustada.

— O quê?! Como ele sabe?!

— Te seguindo, idiota! — Perco a paciência, irritado. — Estou com medo do que o Eric possa fazer...

— Está preocupado comigo? Que gentil, mas você não faz meu tipo. — Comentou, sorrindo. A encaro, enojado.

— Nem se eu gostasse de mulher eu iria atrás de você, garota. Se enxerga! Não vê que tem um problema maior?!

— Eric me ama. É só eu estalar os dedos que ele volta mansinho. Só está fazendo drama. — Ditou, com um olhar superior. Recuo dois passos, a encarando fixamente.

— Eu não vou deixar que você brinque com ele dessa forma.

— Se eu fosse você, não iria se intrometer nos meus planos, garoto. Não sabe do que eu sou capaz. — Ameaçou, o que me fez sorri.

— Você também não sabe do que sou capaz de fazer. — Rebato, subindo em minha moto e pondo o capacete, indo embora dali, tentando imaginar onde Eric estaria.

Claro! No bar!

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora