CAPÍTULO - VINTE E OITO

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Após passar alguns dias assimilando tudo, resolvi me encontrar com Amora e Mia

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Após passar alguns dias assimilando tudo, resolvi me encontrar com Amora e Mia. Elas foram as primeiras para quem contei sobre meu envolvimento com Eric, nada mais justo que serem elas as primeiras a saberem dessa gravidez, que ainda não entra na minha cabeça, mas eu não tenho muitas opções senão aceitar esse fato.

— Espera aí... você está o quê? — Amora questionou, confusa, após eu ter informado sobre minha gravidez.

— Não me faça repetir, Amora. Isso ainda é estranho... — Murmuro, preocupado. Ela me olhou, como se tivesse acabado de ver um fantasma.

— Você está mesmo esperando um filho?!

— Dois, no caso. — Corrijo, no automático.

— O quê?!! — Mia e Amora gritam juntas, quase me deixando surdo.

— Você está grávido do Eric?! Eu não me surpreendo mais com nada depois dessa. — Amora falou, surpresa.

— Imagine eu... Balbucio, nervoso.

— Como o Eric reagiu? — Mia questionou.

— Vocês já sabem que ele sempre quis ser pai. Ele... reagiu da melhor forma possível. Ele chorou, ele disse que iria assumir, mesmo que a máfia fosse contra. Ele garantiu que iria me proteger.

— Ahh, eu não aguento com isso...!!! — Amora falou, risonha.

— Que fofo! Quem diria que ele mudaria tão drasticamente. — Mia comentou, surpresa.

— Nem me fale! Ele era um idiota comigo! — Amora resmungou.

— Será que podemos voltar ao assunto?! — Questiono, impaciente. — Eu não estou sabendo lidar com isso, ok?! Todos estão achando lindo, mas isso significa a minha sentença de morte! Vocês entendem isso?! — Exclamo, entrando em desespero.

— Jake, calma... Eu vou falar com Yan... — Amora murmurou, mas nego.

— Não! Ninguém pode saber disso. Só porque ele é seu marido, não significa que vai aceitar isso. Amora, ele é correto demais, até você tem que concordar comigo. Ele segue as regras da Máfia à risca, jamais iria aceitar isso. — Falo e Amora suspira, se levantando.

— Você não vai conseguir esconder isso por muito tempo. E quando descobrirem, eu não vou fiar de bracos cruzados vendo um bando de preconceituosos matarem meu amigo. Você não está sozinho nessa, Jake. — Amora me abraçou, beijando meu rosto.

— Estou começando a ficar com medo dessa conversa... — Mia murmurou, chorosa, me abraçando junto.

— Tudo estaria resolvido se eu não tivesse essas crianças... — Murmuro é logo ambas se afastam, me olhando assustadas.

— Se pensar nisso de novo, eu que te mato! — Amora exclamou. — Você vai ter essas crianças sim! Sei que não vai ser fácil. Mas fomos treinados para enfrentá-los, Jake. Lembra? — Amora falou, me olhando sorridente. — Não somos qualquer soldado que anda por aí com uma arma. Somos Agentes profissionais da Máfia. Mia pode hackear qualquer sistema em fração de segundos. Você é o criador das armas mais potentes do mundo. Eu derrubo qualquer um mesmo que eu esteja desarmada. Somos treinados não só para fazer parte da Máfia, como para destruí-la se for preciso. Entendeu? — Suspiro, assentindo, me sentindo um pouco mais calmo com essa situação.

— Você vai ficar bem, Jake. Pode confiar. — Mia falou, segurando minha mão. Sorri fracamente, segurando as lágrimas ao máximo.

— Não sei o que faria sem vocês, sabia? — Murmuro, e elas sorriem, me abraçando fortemente.

. . . .

Assim que anoiteceu, apareço na mansão de Eric, me sentindo estranhamente mais vulnerável aos olhares dos seguranças. Eu já não me sentia confortável como antes. A preocupação me dominava mesmo que eu tentasse fugir disso.

— Como você está? — Eric questionou, assim que entro em seu escritório.

— Assimilando. Está quase na hora de ver Ramon. — Aviso e Eric assente.

— Sim, e você não vai. — Ditou, me deixando confuso.

— O quê?!

— O que você ouviu. Não vou te colocar na toca dos lobos sendo que você está grávido.

— Eric, a única coisa que pode me acalmar nesse momento é meu trabalho. Não me deixe mais nervoso do que já estou! — Exclamo e ele suspira, vindo em minha direção e segurando minhas mãos, me olhando fixamente.

— Eu andei lendo sobre isso... Os primeiros meses são mais complicados. Precisa se cuidar. E você ainda está no segundo mês.

— Eric, você está viajando. E eu não vou ficar parado de braços cruzados! — Exclamo, irritado.

— Ah, vai! Nem que eu tenha que te amarrar!

— Eu estou grávido, não estou doente!!! — Exclamo, em fúria.

— Está fora de si, o que é pior ainda! Jake, por favor, ao menos por alguns dias, esqueça esse tipo de trabalho.

— Não mesmo! — Rebato, o olhando irritado. — Eric... eu preciso fazer alguma coisa, se não... eu vou enlouquecer. Eu vou cometer uma loucura. Essa ansiedade vai me matar. Esse medo vai me consumir. Eu preciso fazer alguma coisa! Eu não posso ficar parado. — Peço e Eric me olha rapidamente.

— Não vê que também me preocupa?! — Exclamou. — A cada vez que sai por essa porta você me enche de preocupação. Sabendo que agora você carrega nossos dois filhos, essa angústia me mata aos poucos e só consigo me acalmar quando você aparece! Jake... eu não vou te colocar em perigo.

— À partir do momento em que fomos para a cama na primeira vez, já estamos em perigo, Eric. Para de sonhar um pouco e olha para a realidade! Quando souberem dessa gravidez, você vai me encontrar morto em algum beco pela cidade. — Falo, vendo ele me olhar com espanto. Saio dali, não esperando uma resposta.

Lágrimas escorriam pelo meu rosto, mas essa era a verdade. A verdade que ninguém queria tocar.

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora