CAPÍTULO - DEZ

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— Aaah!! Porra, Eric! — Praguejo, assim que descemos do carro e Eric quase me derrubou, me causando mais dor ainda

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— Aaah!! Porra, Eric! — Praguejo, assim que descemos do carro e Eric quase me derrubou, me causando mais dor ainda.

— Você não tem o mesmo peso que uma folha de papel, sabia? Ainda mais comendo hambúrguer do jeito que que come. — Ditou, me levando para dentro da minha casa, entrando em meu quarto e me fazendo sentar na cama.

— Aqui tem algum kit de emergência? — Eric questionou, e eu assenti, apontando para a gaveta da cômoda, na qual ele rapidamente foi até lá, pegando a pequena maleta e voltando até mim, parando na minha frente. — Precisa tirar... a camisa. — Eric murmurou. Apenas ergui os braços, o olhando sugestivo. Ele bufou, segurando na barra e a puxando para cima, a colocando no cesto de roupa suja.

— Eu vou tomar um banho. Estou com sangue de gente morta na minha cara e por sua culpa. — Acuso, tentando me levantar, não imaginando que uma bala de raspão poderia doer tanto.

— Mas você não aguenta ficar parado um segundo, hein?! Céus! — Eric resmungou, pegando meu braço e o colocando novamente envolta do seu pescoço, segurando de leve em minha cintura para não me machucar ainda mais.

— O que está fazendo?! Já sou bem grandinho para tomar banho sozinho. — Falo, vendo ele me encarar bravamente.

— Não duraria dois segundos em pé com essas dores no corpo. E não estou falando somente da bala. — Insinuou, o que me fez olhá-lo rapidamente, querendo matá-lo. Eric me arrastou até o banheiro, me encostando no box e me encarando fixamente, enquanto começava a desabotoar minha calça.

Meu peito ainda estava vermelho dos seus apertos e meu pescoço marcado por vários chupões, e percebi que Eric passou seu olhar por cada marca deixava em meu corpo.

Ele logo abaixou minha calça, mas não tirou a cueca. Respiro fundo, notando o ferimento ainda sangrando, o que estava me impedindo até de me mover por conta da dor.

Eric abriu o chuveiro, em uma água morna, me puxando para debaixo. No piso havia mais sangue do que água, mas a sensação de está limpo era a melhor do mundo.

Eric se aproximou, massageando meus cabelos, retirando vestígios de sangue e restos de carne morta, fazendo uma careta a cada vez que achava esses pedacinhos. Realmente era nojento.

— Você podia tê-lo matado longe de mim, não acha? — Resmungo, passando a mão em meu peito, me lavando.

— Desculpe por salvar sua vida. — Rebateu, seriamente.

— Por acaso faz isso com todos os seus soldados? — Insinuo e ele me encara, ainda massageando meus cabelos.

— Não. Apenas com um certo teimoso otimista que se acha imortal. Conhece? — Debochou, o que me fez revirar os olhos.

— Deve ser alguém muito corajoso e inteligente. — Entro no jogo, sorrindo. Eric riu fracamente, meneando a cabeça.

— Eu vou ter que concordar... Mesmo ele sendo insuportável, teimoso e desobediente... é corajoso e muito inteligente sim. — Falou, o que me fez sorri que nem um idiota.

— Fiquei na dúvida se você me xingou ou me elogiou. — Falo, vendo ele me olhar risonho.

— Quem disse que eu estava falando de você? — Questionou, o que me fez bufar, o empurrando.

— Para de ser idiota! — Resmungo, vendo ele ri, olhando para o próprio corpo e vendo que já estava todo molhado também.

— Acho melhor eu aproveitar e tomar um banho também. — Comentou, desabotoando a camisa devagar, me olhando fixamente. Engulo em seco, desviando o olhar e buscando pensar em qualquer coisa broxante para não acabar me excitando. Até porque, estou machucado e não daria para fazer nada.

Eric tirou toda a roupa, se aproximando de mim, me encostando na parede e entrando debaixo do chuveiro, tomando banho bem na minha frente, grudado comigo.

Eu quero chorar... Mas é de raiva por ele ser tão gostoso e ao mesmo tempo extremamente babaca.

Mas era raro termos aquele clima descontraído entre nós. Já que passamos a maior parte do tempo brigando e de cara feia um para o outro.

— Eu... acho que já terminei... — Murmuro, querendo sair, mas Eric pousou sua mão na parede, me deixando sem saída. Ele me fitou por longos segundos, pensativo.

— Depois não me pergunte nada. — Ditou, me deixando confuso.

— Do que você está falan...? — Antes que eu terminasse de falar, Eric me beijou. Mas não era um beijo qualquer, era um beijo de verdade, lento, proveitoso e forte, como se ele quisesse me devorar e aproveitar ao mesmo tempo.

Era um beijo que não terminaria em sexo, mas terminaria em sentimentos abalados.

Sua mão foi para meu pescoço, intensificando nossos movimentos. Eric foi diminuindo a velocidade dos movimentos, prendendo meu lábio inferior entre seus dentes, o puxando lentamente, olhando fixo nos meus olhos, deixando aquilo extremamente sexy e gostoso, me fazendo arrepiar da cabeça aos pés.

Até que ele soltou meu lábio, se afastando devagar de mim, não cortando nosso contato visual. Eu estava confuso e surpreso, enquanto Eric parecia exatamente certo do que havia feito.

— Eric... — Tento falar, mas ele pousa seu dedo indicador em meus lábios, meneando a cabeça.

— Eu disse para não falar nada depois. Vamos acabar brigando. Por hoje eu quero paz, beleza? — Murmurou, e ainda em choque, apenas assenti, incapacitado de dizer algo.

Eric suspirou, olhando para meu ferimento e depois voltando a me encarar.

— Vamos, precisa cuidar disso. — Falou, me secando com a toalha e me levando de volta para a cama, me fazendo deitar.

Eu continuava em choque, então nem me movi enquanto ele cuidava do ferimento. Eu soube lidar com o sexo, mas aquele beijo foi tão estranho e diferente.

Foi marcante demais para saber lidar facilmente.

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora