CAPÍTULO - DEZESSETE

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Finalmente termino de pegar minhas malas, e Mia me ajuda a levar até meu novo apartamento

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Finalmente termino de pegar minhas malas, e Mia me ajuda a levar até meu novo apartamento. Já havia feito toda a burocracia para ter posse total do apartamento, que por sinal, era gigante e bem mais perto da casa de Eric, o que facilitava para o meu trabalho. Só trabalho...

— Você vai mesmo tirar o apartamento dela? — Mia questionou, surpresa, enquanto me ajudava a tirar algumas caixas do porta-malas do carro.

— Eu não tirei nada de ninguém. Eric a expulsou. O apartamento me olhou, eu olhei para ele, e falei: “por que não?”. — Brinco, risonho. — É o mínimo que aquela garota merece. Mia, você é uma boa pessoa, não se mistura com aquela mulher. Eu não quero brigar com você. — Peço e ela suspira, empurrando uma mecha do cabelo para detrás da orelha.

— Ah, Jake... sinto que estou ficando para trás. Amora casou, está em lua de mel. Você... arrumou trabalho e... um rolo com seu chefe. E eu? Onde fico nessa? Também quero arrumar alguém... — balbuciou, o que me fez olhá-la com mais atenção.

— Amora e eu nunca vamos abandonar você, Mia. E... se quer saber, continuo na linha dos solteiros, beleza? — Falo e ela ri.

— Até parece! Você está ficando com seu chefe, admita!

— Para você ficar me enchendo o saco? Nunca! Mas, falando sério, Débora não quer nada sério com você, Mia. Para ela não passa de diversão. Além disso, acho que ela não curte mulheres, é só um passatempo para realizar o feitiche do amante dela. — Mia suspirou, assentindo.

— É... eu percebi isso. Desculpa ter te colocado nisso. — Sorri, meneando a cabeça.

— Está tudo bem. Já está resolvido. Agora vai para casa que daqui eu assumo. — Falo, vendo ela sorri, assentindo.

— Tudo bem. Amora vai surtar quando chegar e saber de tudo que aconteceu. — Rimos.

— Nem me fale! — Nos despedimos, e continuei a pegar as caixas com alguns objetos de valor, vulgo minhas armas, e malas pequenas com meus pertences.

— O que está acontecendo aqui? — Débora questionou, descendo de um carro branco, na qual um homem dirigia.

— Olha, eu tenho um ditado muito popular no Brasil que usamos para esses tipos de situação: foi namorar, perdeu o lugar. — Brinco e ela me encara como se eu fosse um louco.

— Que brincadeira é essa?! Este é meu apartamento! — Exclamou, irritada.

Tcs, tcs, tcs... Não é o que diz este documento. — Falo, tirando o documento do bolso e mostrando minha assinatura.

— Não sei o que está acontecendo, mas acho bom você ir embora! Minhas coisas estão todas aqui. Este é meu apartamento! — Exclamou, com os olhos marejados de tanta raiva.

— Suas coisas são aquelas. — Falo, apontando para a mala posta no lado de fora, ao lado do porteiro. — E antes que pergunte, tudo que foi comprado com o dinheiro do Eric, bem... ele levou. Não me culpe, sou apenas um cara interessado em um apartamento que estava disponível. Em outra palavras mais simples e de fácil compreensão... você foi despejada. Compreendeu, minha flor? Ou quer que eu desenhe? — Ela suspirou, me olhando com fúria.

— Isso não vai ficar assim... Não vai! Eu não vou sair daqui! — Suspiro, dando de ombros e pegando a chave com o porteiro, passando por ele. Débora tentou passar, mas logo foi impedida pelos meus novos seguranças. O porteiro era um doce de pessoa, e não queria que ele se estressasse com gente tentando invadir meu apartamento. Então tratei de reforçar a segurança.

— Me solta!!! Me deixa passar!!! — Débora gritou, furiosa.

— Nada disso, meu amor. Área restrita. — Provoco, vendo ela gritar de raiva, me xingando de tudo quanto é nome. — Ok, tirem essa mulher da frente do meu apartamento. Não gosto de pessoas escandalosas. — Falo, equilibrando minhas caixas e indo para dentro, me sentindo satisfeito com esse pequeno diálogo bastante amigável.

. . . .

Após quatro dias inteiros, consegui finalmente redecorar meu apartamento, tirando aquele rosa horrível e jogar um cinza com branco. Clássico e impossível de ficar feio. Troquei alguns móveis, comprei uma televisão nova e maior para o meu quarto e obviamente uma cama nova e jogos de cama. Estava quase terminando. Só faltava fazer mais algumas alterações e pronto!

— Posso entrar? — Eric bateu na porta, já adentrando o apartamento, enquanto eu estava terminando de pintar a parede da sala de cinza, onde ficaria a televisão. Eu já estava todo sujo de tinta branca e cinza, então estava com o short mais velho que tinha e sem camisa. Já havia medido minha área de trabalho, só faltava cortar lixar e pintar a minha nova mesa, que não passava de uma madeira branca e larga.

— Já entrou. — Falo, vendo ele sorri, olhando em volta.

— Nossa, está ficando muito bom. — Elogiou, e eu sorri, revirando os olhos.

— Claro que está. Eu que estou fazendo tudo. — Brinco, vendo ele me olhar com cara de tédio, sorrindo logo em seguida.

— Precisa de ajuda? — Questionou, já desabotoando a camisa e olhando em volta. Por que ficou quente de repente?

— É... pode ser.

— Em quê?

— Você sabe fazer alguma coisa de marcenaria? Você me parece ser o tipo almofadinha que tem tudo nas mãos. — Provoco, rindo da cara dele. Eric me encarou indignado.

— Eu poderia te torturar até a morte só por essa afronta, sabia? — Ditou, o que me fez ri mais ainda.

— Você choraria sem mim. Admita.

— Eu ia fazer uma festa no seu enterro.

— Não foi o que pareceu quando fui atingido por uma bala. — Ele suspirou, revirando os olhos.

— Idiota! Anda logo, antes que eu mude de ideia. — Ditou, o que me fez sorri, descendo do banco e pegando a madeira plana que eu cortaria no tamanho exato para prender na parede e ser minha mesa de trabalho.

— Certo. Segura a madeira para eu poder cortá-la. — Falo, apoiando a madeira em uma mesa velha e pegando a serra automática.

Eric ficou atrás de mim, segurando a madeira enquanto eu media e marcava onde eu queria cortar.

— Short largo, não? — Eric provocou, puxando a barra do meu short atrás, que certamente revelada o fato de que eu não usava cueca. Eu estava em casa, liberdade não faz mal.

— Você não pensa em outra coisa que não seja sexo? — Rebato, tentando focar no trabalho.

— Claro que eu penso.

— Em quê, então? — Questiono, rindo.

— Que você sujo de tinta e trabalhando é a coisa mais sexy do mundo. — Ditou, o que me fez parar o que fazia e olhá-lo diretamente.

— Você não vale nada, sabia? — Falo e ele se aproxima, suspirando e me olhando da cabeça aos pés.

E não é assim que você gosta?

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora