CAPÍTULO - DEZESSEIS

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Me espreguiço, despertando aos poucos, sentindo minhas energias renovadas, o que era realmente raro

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Me espreguiço, despertando aos poucos, sentindo minhas energias renovadas, o que era realmente raro. Abro os olhos, estranhando ao ver que estava em um quarto diferente, e logo reconheço ser o quarto de Eric. Lembro do que fizemos na praia, e sei que eu apaguei depois de transarmos, então como viemos parar aqui se era tão longe?

Me levanto, vendo que eu estava usando uma camisa branca e um short leve azul claro. Entro no banheiro, sentindo meu corpo extremamente dolorido, em especial entre minhas pernas, mas ignorei isso e busquei por uma escova nova. Casa de rico sempre tinha. Até que acho, pegando uma e escovando meus dentes.

Observo meu pescoço, sabendo que ele não deixaria minha pele voltar ao normal nem tão cedo. Eu já estava virando uma onça pintada!

Saio do quarto, buscando por alguém vivo naquela casa imensa, até que encontro Eric no escritório, trabalhando. Já era noite, o que me fez estranhar, perdendo a noção de tempo.

— Como eu vim parar aqui? — Questiono, perdido. Ele me olhou, sorrindo.

— Você deu um trabalho dos infernos se quer saber. Te lavei, te vesti e liguei para meu motorista vir nos buscar. Você estava sangrando então inventei a desculpa de que havíamos sido atacados. Além disso, meu motorista não faz parte da Máfia. Ele apenas dirige o carro para aonde eu quiser. — Assenti, olhando em volta e buscando por algum relógio.

— Por quanto tempo eu dormi?

— A noite inteira e o dia inteiro. Fiquei preocupado achando que havia entrado em coma. — Brincou, o que me fez revirar os olhos.

— Onde estão minhas roupas?

— Lavadas. Peça a Maria, que trabalha na casa, e ela te entrega. Além disso, precisamos resolver alguns assuntos pendentes. — Comentou, se levantando e vindo até mim. — A não ser que esteja muito dolorido para trabalhar. — insinuou, com um sorriso travesso.

— Vai à merda, Eric! — Resmungo, querendo sair, mas ele me puxou pelo braço, abraçando minha cintura.

— Ei, e para aonde foi o "senhor"?

— Para a casa da tua mãe! O tempo já acabou e você fez muito bem tudo que queria. Vou me vestir e assaltar sua cozinha. Estou morrendo de fome. — Aviso, me livrando dos seus braços e saindo dali, ouvindo ele ri. Bem... isso foi melhor do que eu esperava.

Eu realmente não estava esperando esse tipo de reação vinda do Eric. Digamos que eu me surpreendi, só pelo fato dele sorri e não agir como se nada tivesse acontecido.

Após pegar minhas roupas com a funcionária simpática e me vestir parecendo gente e não um zumbi que passou a noite transando, eu pude tomar meu café da manhã, mesmo que necessariamente fosse umas dez da noite. Acabei de acordar e meu cérebro está pedindo café da manhã. Dane-se!

— O que temos para hoje? — Questiono, voltando ao seu escritório. Eric suspirou, se levantando e pegando as chaves do carro.

— Resolução de problemas. — Ditou, me deixando confuso, mas o segui até o carro mesmo assim.

— Alguém está te devendo, ou... te incomodou? — Questiono, vendo ele negar.

— Débora não vai sair impune. — Ditou, o que me fez olhá-lo rapidamente.

— Eric, o que pensa em fazer? Melhor deixar isso para lá. Machucar ela não vai adiantar em nada.

— Não vou encostar nela. — Ditou, me deixando mais confuso ainda.

— Não?

— Não. — E em minutos, paramos em frente ao apartamento dela. Eric abandonou o carro e eu o acompanhei, não sabendo ao certo o que ele estava planejando, mas o que quer que fosse, eu é que não conseguiria impedir.

O porteiro nem nos parou, já que Eric era o proprietário no imóvel, então ele não seria louco de tentar barrá-lo.

Entramos no apartamento, e Eric logo revirou o closet de Débora, colocando algumas roupas na mala e outras no chão.

O apartamento era enorme e muito bonito, mas a decoração cor de rosa estava me deixando enjoado. Era fofo demais para eu suportar.

— O que está planejando, Eric? — Questiono, cansado desse suspense.

— Nada demais, apenas fechando meu apartamento. — Arqueio uma sobrancelha em questionamento, o encarando.

— Vai colocá-la na rua? Não está no nome dela? — Eric negou.

— Não. Ela exigiu isso tempos atrás e eu garanti que havia feito toda a burocracia para passar para o nome dela, mas foi idiota demais por não cobrar a documentação do imóvel. — Assenti, olhando em volta.

— O que vai fazer com esse apartamento? — Questiono, o olhando.

— Sei lá. Vender, fechar... Não preciso dele.

— Eu posso comprar. — Falo e ele para o que fazia, me olhando surpreso.

— Você quer comprar? — Dou de ombros, assentindo.

— Claro que eu teria que mandar desinfetar antes, mas... estou querendo faz um bom tempo comprar um lugar só para mim. Moro com a Mia, mas ambos precisamos de privacidade. Se puder me vender eu adoraria comprar. — Eric sorriu, jogando as chaves do apartamento em minha direção, na qual peguei por reflexo.

— Fica para você. É um presente. — Ditou, me fazendo ri.

— Nem pensar. Não quero presentinhos. Ou eu compro, ou você fecha isso. Não preciso de caridade. — Declaro e ele suspira, me olhando seriamente.

— Mas é um teimoso mesmo! Eu não tenho mais onde colocar dinheiro, Jake. E esse apartamento não vai me fazer falta. Aceita isso, porra. Não vou te cobrar nada. — Ditou, impaciente.

— Esquece. Deixa para lá. Não vou discutir algo na qual você não quer ouvir. Eu já disse que não quero nada de graça e ponto final. Você que sabe. Se não quiser, tudo bem, procuro outro lugar. — Ele bufou, revirando os olhos.

— Você e esse seu papo de procurar outro cara, outro lugar... isso já está irritando, sabia? — Dou de ombros, sorrindo.

— Quem não dá assistência, abre concorrência. — Provoco e ele revira os olhos. Pegando a mala cheia de roupas e deixando as outras no chão. — Para que tudo isso?

— São coisas que ela comprou com meu dinheiro. Vou bloquear os cartões que entreguei a ela e levar tudo que de certa forma me pertence.

— Ah, claro. Vai ficar muito atraente com um vestidinho cor de rosa. — Provoco e ele desfere um tapa em minha cabeça, o que me fez ri.

— Você vai ver quem vai acabar usando! — Resmungou, mas eu só conseguia ri, saindo do apartamento. — Bruno, troque a fechadura do apartamento e diga para Débora que ela foi despejada. Esse apartamento já está nas mãos de outra pessoa. — Eric avisou, me olhando de relance, o que me fez sorri.

— Tudo bem, senhor... — O senhorzinho fofo e de meia-idade falou, confuso.

— Ah, eu vou querer os documentos, beleza? — Falo, vendo Eric ri, entrando no carro. Faço o mesmo, sorrindo.

Eu faço questão que receba...

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora