CAPÍTULO - ONZE

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Acordei com o celular esperneando na na mesinha ao lado da cama

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Acordei com o celular esperneando na na mesinha ao lado da cama. Abro os olhos devagar, ficando surpreso ao ver Eric abraçado comigo, ainda dormindo. Não sei como acabamos assim, mas sei que era melhor levantar antes que ele acordasse e jogasse a culpa em mim.

Eric havia feito um curativo em minha costela, o que diminuiu a dor parcialmente.

Me levanto da cama, ficando sentado e pegando meu celular, que não parava de tocar.

— Jake falando. — Atendo, com uma voz nítida de sono.

— Com esse tom não vai convencer ninguém de que é o melhor atirador da Máfia! — Reconheço a voz de Amora, o que me fez ri fracamente.

— Esse atirador quase morreu ontem, beleza? Você iria desidratar de tanto chorar sem mim. — Brinco, mas eu sabia que Amora iria ficar preocupada.

— O quê?! Como assim? Foi o Eric? Se ele te machucou, eu juro que...

— Amora, calma. Ele me salvou. Foi uma tentativa de roubo do carregamento. — Informo, vendo ela passar alguns segundos em silêncio.

— Estamos falando da mesma pessoa? — Questionou, confusa, o que me fez ri. Olho para Eric, ainda em sono profundo, e sigo para a varanda do meu quarto.

— Se eu te contasse, você não iria acreditar. — Comento, risonho. — Como está a lua de mel?

— Melhor impossível! Estamos nas Bahamas, querido! Vou colocar meu bronze em dia. — Exclamou, rindo.

— Que bom que está feliz com o Yan. Você merece, minha ruiva. — Falo, sabendo que ela estaria sorrindo agora. Fomos criados juntos, treinados juntos. Tínhamos um carinho imenso um pelo o outro, e um instinto protetor que só Deus sabe. Ela era a minha irmã forte e decidida, mas que eu sempre vou querer proteger, mesmo ela sabendo fazer isso sozinha.

O Yan é incrível! É surreal como nossas personalidades se encaixam tão perfeitamente. Estamos curtindo nossa lua de mel o máximo possível. Já viajamos para vários lugares, fizemos trilha, alpinismo, pulamos de paraquedas... enfim. Ainda falta muito para aproveitar. — Falou, empolgada. Sorri, me apoiando no gradil, observando o dia se iniciar lá fora.

— Olha, eu juro que pensei que até a Mia fosse se apaixonar primeiro por alguém, mas nunca imaginei que fosse você a se casar e se envolver com alguém para valer. — Brinco, ouvindo ela ri altamente.

Nem eu acreditava nisso. O mundo gira, meu amor! Mas fala aí, como está com o Eric? Ainda estão vivos? — Brincou, o que me fez ri fracamente.

— Estamos... nos entendendo. No trabalho saímos bem.

E na vida pessoal? — Suspiro, pensando bem antes de falar.

— Na mesma.

Eu volto daqui à três semanas. Se cuida, Jake.

— E quando que eu vou ser tio? — Brinco, ouvindo ela ri.

Nem tão cedo. Isso... se for, né? Enfim. Yan já está acordando, preciso desligar. Vamos comer camarões. Estou morrendo de vontade! — Exclamou, animada.

— Cuidado, muita vontade significa bebê vindo... — Provoco e ela ri.

Vai se ferrar, Jake! — Exclamou, desligando. Apenas ri, balançando a cabeça. Guardo o celular, voltando para dentro do quarto e vendo Eric despertando.

Eu é que não iria comentar sobre o que aconteceu ontem. Não estava psicologicamente preparado para isso e tenho certeza que Eric também não.

Estou mentalizando há muito tempo que ele já tem namorada e prefere continuar assim, mesmo que não saiba necessariamente o que ela faz.

— Vamos? Precisamos voltar logo. — Falo, arrumando minhas coisas. Ele assentiu, ainda sonolento, se levantando e seguindo para o banheiro.

Após arrumarmos tudo, seguimos para o aeroporto particular, que fazia parte da Máfia brasileira, e então pudemos finalmente retornar para os Estados Unidos.

— Ainda está doendo? — Eric questionou, assim que nos acomodamos em nossos assentos. O encaro, vendo ele apontar para meu ferimento.

— Não. Por que está tão preocupado? No nosso meio isso é completamente normal. — Falo, vendo ele suspirar, desviando o olhar.

— Claro... Mas... se estiver doendo, procura o médico da Máfia. Ele vai te ajudar.

— Ok. Mas não vai ser preciso. Você já fez o curativo. Aliás... obrigado. — Agradeço, vendo ele me olhar.

— Fiz o que tinha que fazer. — Suspiro, sorrindo fraco. E não demorou para o avião levantar voo.

. . . . .

— Amor, que saudades!!! — Débora exclamou, assim que Eric pisou na sala, pulando nos braços dele. Suspiro, me sentindo mal de certa forma por não contar para ele. Mas isso não era problema meu.

— Eu... acho melhor ir para casa. Valeu pela carona, Eric. — Falo, fazendo menção de sair.

— Espera. — Eric chamou, e eu o encaro. — Ainda temos o assunto da boate para resolver, lembra? Além de que precisa saber se seu carregamento chegou intacto. — Olho para Eric e depois para Débora, me sentindo um completo idiota após tudo que aconteceu nessa viagem.

— Eu... posso resolver isso sozinho. O lance da boate vemos depois. Você... tem outro assunto agora. — Insinuo, o encarando seriamente e saindo em seguida, resolvendo que iria logo ver meu carregamento.

É melhor eu manter uma certa distância de Eric, ele está chegando em lugares na minha mente na qual não vai me fazer bem...

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora