CAPÍTULO - VINTE E NOVE

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Suspiro, sentado no chão, encostado em uma parede, na entrada de um beco vazio

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Suspiro, sentado no chão, encostado em uma parede, na entrada de um beco vazio. Eu só queria sumir. Estava perdido, preocupado, mas ninguém parecia se importar com isso. Com o fato de que eu iria morrer nas mãos da Máfia, mesmo lutando.

— Finalmente eu te achei! — Eric exclamou, ofegante, se sentando no chão, à minha frente.

— Eu não vou mais discutir isso com você. — Falo, e ele nega.

— Vai sim. Precisamos conversar e você sabe disso. Não se pode fugir do inevitável, Jake. Você me magoou muito ao dizer aquilo. Não quero nem imaginar em te encontrar machucado. — Desvio o olhar, abraçando meus joelhos.

— Mas isso pode acontecer e você não pode negar. — Eric suspirou, vindo para o meu lado e abraçando meus ombros.

— Se você parar de fugir e me deixar cuidar de vocês, nada vai te acontecer. Eu prometo, Jake. — Nego, descrente.

— Eu passei a minha vida toda sozinho, fugindo de relações porque sei o que isso pode me custar. E agora eu descubro que estou esperando duas crianças? É desesperador, Eric! Eu não sei o que fazer.

— Mas eu sei. Mas eu preciso que você confie em mim. Tudo bem? — Suspiro, deitando minha cabeça em seu ombro, tentando me acalmar. Fecho meus olhos, segurando seu braço, e procurando sua mão, enlaçando nossos dedos.

— Tudo bem, Eric... Estou cansado de me sentir assim.

— Deve ser os hormônios da gravidez. Eles ficam mais aflorados durante a gestação. — Comentou e eu ri.

— Para de ler essas besteiras! — Falo, dando um leve tapa em seu braço.

— Você está melhor? — Eric questionou, me encarando. Assenti, passando a mão em meus cabelos.

— Estou. Mas estou com fome... — Falo e Eric me encara, sorridente.

— E o que quer comer?

— Ostras com chocolate. — Falo e ele me encara com espanto.

— Onde eu vou conseguir ostras numa hora dessas?!! É desejo, não é?! Dizem que precisa realizar... — Gargalho, acariciando o rosto de Eric.

— Estou brincando, Eric. Eu só queria ver sua reação. — Falo, rindo horrores. Ele bufou, revirando os olhos e exalando o ar pela boca.

— Mas que porra, Jake! Quer me matar do coração?! — Resmungou, o que me fez ri mais ainda.

— Eu aceito um hamburger feito por você. — Murmuro, e ele sorri.

— Ficou mais fácil. Vamos para o seu apartamento, pode ser? — Assenti, vendo ele se levantar e puxar meus braços, me fazendo levantar junto, e então fomos caminhando para o meu apartamento, que não estava tão longe.

Duas crianças... Céus, como eu vou saber lidar com duas crianças?

Reflito, totalmente perdido em pensamentos.

— No que está pensando? — Eric questionou, já à vontade em meu apartamento, começando a me preparar o hambúrguer, enquanto eu estava sentado na bancada, o observando.

— Estou imaginando duas criança gritando e correndo nesse apartamento. As crianças nunca me obedecem. E eu não tenho paciência. — Falo e Eric ri, fritando o hambúrguer na frigideira.

— Você vai se sair bem, Jake. As crianças tem os pais como um espelho para eles. Basta você saber lidar com as situações e entender o que a criança está sentindo. E então haverá uma conexão estabelecida. — Comentou, o que me deixou encantado de certa forma. Ele falava tão naturalmente, que me deixava besta.

— Você vai ser um bom pai... — Murmuro e Eric sorri.

— Eu vou dá o meu melhor para isso. — Falou, o que me fez sorri, não achando a ideia de ter filhos mais tão assustadora. Eric estava comigo e saber disso me confortava.

— Coloca mais queijo. — Peço, vendo ele sorri e atendendo ao meu pedido, montando meu hambúrguer e fazendo um suco de morango, me servindo.

— Aqui. Come tudo e não vomita depois. — Falou, me abraçando por trás, o que me fez ri.

— A culpa não é minha. São essas coisinhas dentro de mim que me fazem vomitar. Briga com eles, não comigo. — Brinco e Eric sorri, girando minha cadeira, me deixando encostado na bancada e de frente para ele.

Eric se ajoelhou, erguendo minha camisa e acariciando minha barriga, me passando uma sensação diferente, mas boa.

— Meus bebês, o papai de vocês precisa comer, então tentem diminuir o enjoo dele, tudo bem? Sei que ainda estão se formando, mas seu papai está passando muito mal com isso. — Eric falou, com uma voz mansa e depositando dois beijos em minha barriga, o que me fez sorri que nem um idiota com a cena.

— Eles ainda não ouvem você. — Falo e Eric sorri, se levantando.

— Ah, é? Come então. Você vai ver que eles me ouviram. — Reviro os olhos, sorrindo e resolvendo comer meu hambúrguer. Estava quase desmaiando de fome.

— O que você acha que são? Menino ou menina? — Questiono, curioso.

— Por que não os dois? — Eric rebateu, risonho. — Pode ser um casal.

— Prefiro menina. Já tem homem demais aqui. — Brinco, vendo Eric ri.

— Elas teriam ótimas figuras de representatividade, como a Amora por exemplo. — Comentou, o que me fez assentir, sorrindo.

— Amora seria a primeira a dá lição de igualdade de gênero. — Rimos.

— Sendo meninos ou meninas, ou os dois, vão ser muito bem amados. — Eric falou, abraçado ao meu corpo e beijando minha bochecha.

— Eric.

— Hm?

— Me prepara morango com chocolate? — Peço e ele Mr encara, desconfiado.

— É mais alguma piada?

— Ei, não tem nada de estranho comer morango com chocolate!

— Certo. — Falou, vencido, seguindo para a geladeira e pegando o chocolate. — Hm... não tem morangos.

— Então vai comprar. — Falo, como se fosse óbvio.

— Numa hora dessas?! Onde que eu vou arrumar morango às uma da manhã?!

— Se vira. Estou com vontade. — Falo, terminando de comer o hambúrguer. Eric bufou, vestindo o paletó rapidamente.

— Tá bom então! Eu volto já. E se eu não achar morangos?

— Plante. — Brinco, vendo ele resmungar, saindo do meu apartamento, o que me fez ri.

Mas eu realmente estava com vontade. E acho bom Eric voltar logo porque também quero outra coisa...

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora