CAPÍTULO - TRINTA E NOVE

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3 meses antes

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3 meses antes...

Parte final

Respiro fundo, mal podendo sentir meu corpo depois de tantas torturas, mas nada se comparava com a dor de estar longe dos meus filhos. E se Jake pensasse o pior de mim? Se ele me odiasse para sempre acreditando que eu o abandonei?

Não... Ele é cabeça dura, mas até ele sabe que eu jamais faria isso. Meu maior sonho é poder segurar meus filhos nos braços, cuidar deles, e se for preciso como agora, dá a minha vida por eles.

— Você é o novo segurança? — Gabriel questionou, olhando para um garoto que estava todo armado. Era Jonathan, um dos recrutas que eu trouxe e treinei para a máfia americana. Ele era novo, cerca de 20 anos de idade, mas era um dos melhores soldados que eu tinha. Idade não define habilidade. Jake está aí para provar isso.

— Sim, senhor. — Jonathan respondeu.

— Ótimo. Vigie esse traidor. Eu vou sair para comer alguma coisa. — Gabriel ditou e Jonathan apenas assentiu, vendo Gabriel se afastar, saindo do Galpão.

Em fração de segundos, ele se abaixou ao meu lado, observando o meu estado, que diga-se de passagem era deplorável.

— Senhor! O senhor está bem? Consegue andar? — Questionou, me deixando confuso.

— Você veio me ajudar? — Ele sorriu, pegando as chaves e soltando meus pulsos das algemas. Gemi de dor, caindo sentado no chão. 

— Não foram todos que concordaram com isso. A maioria continua do seu lado, senhor. Gabriel tomou posse de tudo e está fazendo o nosso inferno na máfia, matando por matar. Precisamos do senhor de volta, e vivo.

— Não vou abrir mão dos meus filhos, nem de Jake, se é isso que estão pensando. — Falo, e ele logo me ajuda a ficar pé.

— Não precisa abrir mão de nada, senhor. Jake também é importante na máfia. As armas que ele cria são incríveis. Queremos os dois de volta, por favor... Acabe com Gabriel. — Pediu, me entregando uma arma, e logo reconheci a arma que Jake havia criado para a máfia americana. Ele gravava suas iniciais em todas elas.

— Não vai ser só ele que eu vou ter o prazer de torturar lentamente... — Balbucio, engatilhando a arma e saindo dali, sendo ajudado por Jonathan. Havia apenas três seguranças na porta, o que foi fácil de derrubar.

— Eric! — Yan exclamou, saindo do carro e me abraçando. Gemi de dor, mas sorri ao poder rever meu irmão, agora fora daquela porcaria de Galpão.

— Meus soldados cercaram os traidores. Todos foram pegos. — Yan falou.

— Todos não... — Falo, vendo Gabriel voltar, nos olhando assustados e rapidamente puxando a arma. Jonathan agiu mais rápido, atirando no joelho dele, o derrubando.

— Sei vai querer ele vivo. — Jonathan falou, me olhando. Sorri, assentindo.

— Prenda-o no mesmo lugar na qual eu estava. E garanta que de lá ele não sairá até ru voltar. — Ordeno, e logo vejo vários soldados da Máfia americana se aproximando, detendo Gabriel e parando na minha frente.

— Que bom que está vivo, senhor. — Um dos soldados falou, e logo todos se curvaram diante de mim, o que me fez sorri.

— Achei que tudo estivesse perdido... — Balbucio, vendo eles sorriem.

— Só temos um Capo, e esse capo é o senhor. E não esse idiota que só sabe matar os nossos parceiros. — Jonathan falou, chutando Gabriel no estômago, que o fez gemer de dor. — Desculpa, não resisti. — Sorri.

— Preciso resolver esse assunto sobre Jake. — Falo, olhando para Yan, que me fez apoiar meu braço em volta do seu pescoço, me ajudando a ir até o carro.

— Você precisa se cuidar primeiro. Não quer falar com Jake? Ir buscá-lo? — Yan questionou.

— É o que eu mais quero, Yan. Mas preciso me recuperar. Não quero que ele me veja assim. Além disso, ainda tem nossos pais. Se tiver um só vestígio de colocar meus filhos e Jake em perigo, eu não irei buscá-los.

— Tem razão. Mas agora que tem a máfia de volta, nossos pais não poderão fazer absolutamente nada contra vocês. E eu também não vou permitir.

— Eric! Que bom que está... eu ia dizer bem, mas que bom que está vivo. — Amora ditou, saindo de um carro branco. Estava toda ensanguentada e com uma M4 nas mãos.

— Eu devia falar o mesmo de você? — Questiono, vendo ela sorri.

— Esse sangue não é meu. Não dizem que lugar de mulher é fazendo faxina? Pois bem, eu acabei de fazer uma faxina completa nos seus soldados. Aliás, de nada. — Falou, risonha.

— Nunca duvidei de você. — Falo, vendo ela ri.

— Quem duvidaria a essa altura do campeonato, querido?! Bem, mais alguém para exterminar do mundo? — Questionou, apoiando a M4 no ombro.

— Sim. Mas deixa que do resto eu dou conta, e com o maior prazer. — Falo, olhando de relance para Gabriel, que gritava, ameaçando todos, inclusive a mim. — Yan, obrigado por tudo. Vocês dois. Muito obrigado. Eu não estaria vivo se não fosse por vocês. — Falo, olhando para Yan e Amora, que apenas sorriram.

— Você é meu irmão mais novo. Eu sempre vou cuidar de você, cara. Agora vai lá, você tem muitos assuntos para resolver ainda. — Yan falou, o que me fez sorri.

— Até logo. — Faço um aceno para o motorista, que logo deu partida, seguindo para a minha casa, onde eu pude me recuperar e comer uma comida de verdade e que me satisfazesse.

Termino de enfaixar meu braço esquerdo, que havia alguns cortes profundos, mas eu já não sentia tanto a dor física. Eu só queria vingança, por tudo que me fizeram passar.

Eu lembrava do rosto de todos que foram contra mim.

E todos eles pagariam um preço alto por cada tortura que suportei...

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora