CAPÍTULO - NOVE

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O caminho foi tudo muito bem

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O caminho foi tudo muito bem. Eu estava vidrado no iPad, controlando o caminhando e olhando as câmeras externas para ver se havia algum movimento estranho por perto, mas até então, tudo estava normal.

Já estávamos chegando perto da segunda ponte. O caminhão estava mais ou menos uns 300 metros de distância de nós.

- Para o carro. - Ordeno, ainda olhando para a tela. - Vamos pegar as armas e descer. Vamos andando para perto do caminhão. Se eles aparecerem, nós atacamos. - Falo, abandonando o veículo e abrindo o porta-malas.

Eric me ajudou com as armas e fomos caminhando até o final da segunda ponte, ficando ambos escondidos em um beco estreito.

- E se eles virem por outro caminho? Em um local diferente. - Eric supôs, olhando em volta.

- Faríamos o mesmo procedimento, mas minha intuição nunca falha. - Falo, espiando para fora do beco e voltando a me encostar na parede, cometendo um erro inacreditável de acabar encarando Eric nos olhos, que estava de frente para mim.

- Hoje você resolveu fingir que nada aconteceu? -Eric questionou, chamando minha atenção.

- O que quer dizer? - Questiono, querendo ter certeza do que ele estava falando, apesar de que já sabia.

- Não se faça de idiota, Jake! Sabe muito bem do que estou falando! - Exclamou, impaciente. Suspiro, buscando paciência para lidar com aquele homem.

- E o que você quer que eu faça? Que te trouxesse café na cama? Um poema de bom dia? Desculpe, sou péssimo na cozinha e não tenho manha para escrever rimas românticas. - Ironizo, vendo ele revirar os olhos, irritado.

- Ok, eu errei com você na primeira vez, mas eu só queria deixar as coisas claras para você. - Eu ri, desacreditado.

- Que gentileza! Eu deveria agradecer por você me chutar da sua casa após ter fodido comigo?! - Exclamo, irritado.

- Jake, eu já tenho namorada. Aquilo foi algo... fora do meu controle. - Ditou, e a cada palavra que ele soltava só me deixava ainda mais irritado.

- E hoje também? - Questiono, vendo ele me encarar em silêncio, não sabendo ao certo o que dizer.

Mas antes que sua resposta viesse, meu iPad apitou, mostrando os dinamarqueses cercando o caminhão e atirando sem parar no veículo, o que me fez sorri.

- Previsíveis! - Falo, desligando o iPad e engatilhando minha arma. Encaro Eric, que ainda parecia irritado depois da nossa pequena discussão, mas isso não importava agora.

Saio na frente, mirando no primeiro que vi, tentando abrir as portas detrás do caminhão. Disparo, vendo sua cabeça explodir em fração de segundos, não sobrando nada a não ser sangue, e o seu corpo cair no chão.

Eric me olhou espantado, mas logo sorriu.

- Definitivamente, vou proteger essas armas, porque elas vão vir para mim! - Ditou, parecendo uma criança e testando o primeiro disparo em um dos dinamarqueses, detonando o peito dele. - Ok, eu vou me divertir um pouco com isso. - Falou, se afastando de mim e trocando tiros com três dinamarqueses. Os meus homens já estavam tomando conta da situação, mas eu resolvi rondar a área, caso tivesse mais algum escondido.

Entro em um beco, rodeando uma casa velha, e logo sou surpreendido quando alguém me agarra por trás, tapando minha boca e tentando tirar a arma das minhas mãos. Outro apareceu na minha frente, socando meu rosto e em seguida meu estômago, me deixando sem ar.

Mas que merda!

Chuto com toda a força o que estava na minha frente, desferindo uma cabeçada no nariz do que me segurava, que me xingou de todas as formas, puxando sua arma. Mas sou mais rápido, atirando em seu pescoço.

Mas também acabo sendo atingido por uma bala pelo que estava atrás de mim, pegando de raspão na minha costela. Ainda assim, doía como o inferno.

Antes que eu pudesse atirar, ele avançou sobre mim, onde entramos em uma luta física, com as armas caindo longe de nós. Desfiro e recebo socos, até que me assusto quando a cabeça dele explode em cima de mim.

Olho para trás, vendo Eric com a arma apontada, parecendo ofegante. Deito no chão, cansado e com dor. Eric correu até mim, passando a mão pelo meu corpo até acabar tocando no local onde fui atingido com a bala, o que me arrancou um xingamento de dor.

- Mas que merda, e agora?! - Eric resmungou, me puxando pelo braço e me obrigando a levantar, passando meu braço envolta do seu pescoço como apoio.

- Podia ter me acertado. - Acuso, tentando tirar aquele sangue da minha cara.

- Mas não acertei. - Rebateu, olhando em volta. - Como você vai viajar nesse estado? - questionou, me olhando.

- Foi de raspão. Eu estou bem. - Falo, vendo ele me encarar como se fosse um idiota.

- Você reclama de mim, mas foi um estúpido a andar por aí sozinho! Qual é a porra do seu problema?! - Brigou, parecendo realmente bravo.

- Se eu não te conhecesse, diria que está preocupado comigo. - Provoco, rindo fraco. Ele me encarou, como se pudesse me matar somente com o olhar.

- Não tem graça, Jake. Vou te levar de volta para casa. O carregamento vai hoje e nós amanhã. - Ditou, me levando até o carro, e me ajudando a entrar.

- Eric, precisamos voltar logo e garantir a segurança das armas. - Argumento, retirando minha jaqueta e pressionando o local onde a bala me acertou tentando conter o sangramento.

- Você preza pela segurança das armas e eu pelos meus soldados, beleza? Não vou levar um morto de viagem. - Ditou, o que me fez encará-lo.

- Agora você exagerou. Já sofri coisa pior e estou vivo.

- Cala a boca, Jake. Você vai fazer o que eu mando e acabou. - Ditou, autoritário. Pensei em xingá-lo de todas as formas, mas a dor era maior do que minha raiva.

Então eu deixei que ele me levasse de volta para casa.

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora