CAPÍTULO - TRINTA E UM

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Após algumas semanas, Eric finalmente me deixou voltar a trabalhar

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Após algumas semanas, Eric finalmente me deixou voltar a trabalhar. Eu já estava me sentindo um inválido com essa pausa. Mas mesmo voltando a trabalhar, Eric não largava do meu pé.

— O que vamos fazer com Ramon? Eu não apareci naquela noite. — Falo e Eric assente, pensativo.

— Vamos pegá-lo na boate. Ele anda lá constantemente...

— Certo. Podemos chamar alguns dos seus soldados. Especialmente para pegar Daniel. — Eric assentiu novamente, concentrado no notebook.

— Alguma sugestão? — Questionou.

— Para pegar Ramon, pode ser o Leon. — Falo e Eric rapidamente me olha.

— Por que ele? — Questionou, o que me faz olhá-lo sem entender.

— Porque ele é um bom soldado. — Falo como se fosse óbvio.

— Sei... — Balbuciou, parecendo irritado.

— Eric, é só trabalho. — Falo e ele suspira.

— O nosso também era, não? — Rebateu, o que me fez respirar fundo. Não iria discutir com ele de novo.

— Eric, eu estou com você, não estou? Estou esperando dois filhos seus. Ele não tem como competir com você. — Falo, alimentando seu ego, e logo vendo ele sorri, convencido.

— Isso é verdade. — Falou, o que me fez sorri, revirando os olhos.

— Bem, pode mandar alguns dos seus soldados atrás de Daniel. Certamente está escondido em algum buraco por aí. Mas... por que ele se revoltou contra a máfia para ficar com aquela gangue ridícula? — Questiono, não conseguindo entender.

— Boa pergunta. É o que vamos descobrir assim que pegá-lo. Bem, vamos para a boate. Ramon certamente estará lá. Você... vai mesmo levar Leon? — Questionou, o que me fez ri.

— Vou. E vai ser somente por trabalho, Eric. — Ele assentiu, contrariado.

— Certo, então... Mas saiba que vou estar perto. Bem perto. — Ditou, e eu apenas reviro os olhos, me armando.

— Beleza. Podemos ir? Quero explodir a cabeça de alguém. — Falo e Eric rapidamente se levanta, negando.

— Só se for necessário, mas eu quero Ramon e Daniel vivos.

— Tortura? — Questiono, com um sorrisinho macabro.

— Sim. Mas você não vai estar presente. — Meu sorriso sumiu na mesma hora, o encarando sem entender.

— Por que não?!

— Porque você pode ficar enjoado de novo. — Arqueio uma sobrancelha, o encarando seriamente.

— Não vou ficar enjoado com isso, Eric. Eu garanto. — Eric suspirou, me olhando desconfiado.

— Tem certeza? — Assenti, risonho.

— Eles estão pegando mais leve comigo ultimamente... — Murmuro, e Eric sorriu, pousando a mão em minha barriga, que já estava com um leve volume, mas bem discreto ainda.

— Viu só? Eles me ouviram. — Brincou, se ajoelhando à minha frente e erguendo minha camisa um pouco, depositando dois beijos em minha barriga. — Papai vai trabalhar hoje, mas eu vou garantir a proteção de vocês três, viu? — eu ri, vendo Eric se levantar todo bobo.

— Cadê aquela pose de homem frio e inabalável? — Brinco, risonho.

— Assim que eu passar por aquela porta. Aliás, vamos. Já demoramos demais. — Ditou, abrindo a porta para mim, o que me fez olhá-lo. — Primeiro os gestantes. — Reviro os olhos, resolvendo ir de uma vez, procurando por Leon, que estava fazendo a segurança da casa.

— Leon, tenho um trabalho para você. Pode me acompanhar? — Peço e ele sorri, assentindo.

— Não precisa pedir duas vezes!

— Eu também vou. — Eric avisou, passando entre nós e encarando Leon ameaçadoramente.

— Que bicho mordeu ele? — Leon questionou, e eu apenas sorri.

— Bem, vamos logo? — Chamo, já indo para minha moto, mas Eric me puxou até o carro.

— Você vai no carro. — Ditou, e eu o encaro confuso.

— Não vou não! Prefiro minha moto. — Eric suspirou, olhando em volta e me olhando seriamente.

— É melhor para sua gravidez. — Sussurrou, de modo que só eu escutasse.

— Meus filhos gostam de moto. — Falo, mas o olhar repreensivo de Eric me fez entrar no carro, contrariado.

— Eu vou seguir vocês no meu carro. — Leon falou, já indo para na direção do seu veículo.

— Ei, vocês! — Exclamo para os seguranças. — Cuidem bem da minha máquina, falou?! — Falo, insinuando minha moto e voltando para dentro do carro, pondo o cinto de segurança.

. . . .

Para a nossa decepção, Ramon não havia ido à boate nesta noite, mas Eric recebeu uma ligação de que haviam pegado Daniel, e rapidamente voltamos para a mansão, onde Daniel estava com os pulsos amarrado, ajoelhado no jardim e com soldados armados à sua volta.

— Muito bem... você quer me explicar de boa vontade ou vou ter sujar minha camisa com teu sangue? — Eric questionou, o que me fez sorri ao vê-lo de forma tão intimidadora. E tive que segurar ao máximo minha libido para não pular em cima dele e agarrá-lo ali mesmo.

— Por favor, senhor... tenha piedade... — Daniel implorou, aos prantos.

— E por que eu teria piedade de alguém que agiu pelas minhas costas e foi trabalhar para outro? — Eric questionou, mantendo a seriedade.

— Eu... — Daniel olhou em volta, chorando. Fechou os olhos e respirou fundo. — Eu não aguentava mais ficar perto de você. Não por te odiar, mas por te amar demais. Por querer estar com você... — declarou, me deixando chocado, mas me assusto quando a cabeça de Daniel é cortada por um dos soldados, fazendo meu coração parar por um milésimo de segundo.

— É assim que se trata esses veadinhos na máfia. Ele não vai mais te incomodar, senhor. — Um dos soldados falou, e eu olho para Eric, engolindo em seco, sentindo minha respiração descompassada.

— Limpem a sujeira. — Eric ordenou, no automático, mas a ficha parecia ter caído somente agora para ele. — Jake, venha comigo. — chamou, e prontamente o acompanhei, entrando na mansão, nem percebendo que eu prendia minha respiração há um bom tempo. — Jake...

Eric já ia falar, mas estendi a mão, pedindo para esperar e corri para o banheiro mais próximo, vomitando tudo que comi durante o dia, me sentindo pior do que as outras vezes.

Eric apareceu no banheiro, me socorrendo.

— Agora você entendeu o meu medo? — Questiono, me sentando na tampa do vaso, esperando minha tontura passar.

Entendi...

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora