CAPÍTULO - QUATRO

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- Eric

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- Eric... Ahh!!! Assim... - Gemi, desacreditado do que estávamos fazendo, no sofá da sala, onde qualquer um poderia nos pegar no flagra. Mas estava tão gostoso... Estávamos nus, Eric por cima de mim, entre minhas pernas. Era a primeira vez que eu estava sendo passivo e por mais que eu tivesse sentido uma puta dor no início, agora eu só conseguia gemer de prazer, revirando os olhos, querendo mais e mais...

Suspiro, fechando meus olhos e tentando espantar esses pensamentos. A merda daquela lembrança me perseguia até hoje e eu realmente odiava isso. Eric não passa de um canalha, e eu realmente não quero foder meu psicológico por causa de um tipo como ele.

Permaneço sentado no sofá da sala, com os pés na mesinha de centro e uma bolsa de gelo em meu estômago, que estava doendo como o inferno até agora.

Sinto meu celular vibrar no bolso da minha bermuda, na qual o pego, vendo que era Mia me ligando. Atendo.

- Fala, minha gata! - Exclamo, sorrindo.

- Onde você está? Fiz a janta para nós dois e eu realmente não vou desperdiçar comida de novo! - Ditou, o que me fez suspirar. Confiro às horas em meu relógio. Estava realmente tarde, mas eu ainda tinha que terminar esse assunto pendente com Eric. Minhas armas são preciosas demais para cair nas mãos de qualquer um.

- Eu estou trabalhando, Mia. Não sei se vou conseguir voltar hoje. Mas deixa na geladeira, amanhã eu esquento. - Falo e ela bufa, impaciente.

- Eu vou deixar de fazer comida para você. Como está com o Sr. Babaca? - Mia questionou, o que me fez ri.

- Na mesma. Provocações, indiretas e trabalho. Nada anormal. - Falo, indiferente.

- Se ele te fizer mal de novo, eu corto o pau dele fora! - Mia exclamou, e eu não duvido que ela seja capaz.

- Bom saber que posso contar com você. Mas fica tranquila. Não vai acontecer mais nada entre nós. É só trabalho. E... com o dinheiro que vou receber, podemos comprar uma casa melhor.

- Com mais privacidade, você quis dizer. Eu aceito! Bom, já que vou jantar sozinha, tchau para você. E se cuida.

- Pode deixar. Beijo, amor. - Falo, no mesmo instante em que Eric entra na sala, me olhando desconfiado, o que me fez sorri.

- Beijos, meu gostoso preferido! - Eu ri, encerrando a ligação, vendo Eric se aproximar, se sentando à minha frente.

- Com quem estava falando? - Questionou, e eu arqueio uma sobrancelha em questionamento.

- Não é da sua conta. - Rebato, vendo ele se irritar.

- Sim. É sim. Você trabalha para mim. Não quero você conversando com alguém que eu não goste por exemplo. - Sorri, respirando fundo e passando a mão nos cabelos.

- Estava falando com alguém muito especial para mim. Por quê? Algum problema? - Ele suspirou, forçando um sorriso.

- Nenhum. Vamos ao que interessa. Acha que aquela conversa foi real? - Questionou e eu ponderei.

- Se for ou não é melhor conferir. Eric, minhas armas são muito perigosas se cair em mãos erradas. Eu potencializei essas armas 10x vezes mais do que uma arma comum. Então, melhor prevenir. - Ele assentiu, passando as mãos no rosto nervosamente.

- Quando chega o carregamento?

- Próxima semana.

- Vamos viajar para o Brasil e acompanhar essas armas, garantindo a segurança. - Assenti, respirando fundo.

- E a sua boate? O esquisito falou que iriam invadir, mas não disse quando. - Eric refletiu.

- Suponho que seja depois de tentarem roubar o carregamento. Armas novas, mais potentes... Minha boate é bem protegida, então... eles iriam necessitar dessas armas. - Comentou, o que me levou a uma teoria nada agradável.

- Espera... Como eles descobriram sobre o carregamento? Só alguns sabem que estou trabalhando para você, agora. - Eric me encarou, parecendo se tocar disso somente agora.

- Um traidor. - Falamos juntos, bufando.

- Ótimo! Mais essa! - Eric resmungou, irritado.

- Certo. Então ninguém pode ficar sabendo dessa nossa viagem. Se tiver um traidor, ele avisará à máfia dinamarquesa, e aí já era para a gente! - Eric concordou, se levantando.

- Vamos à boate. Se tiver um traidor, ele não deve está sozinho, e certamente está próximo da boate ou dos negócios da Máfia.

- E isso se reduz a quem sabe do meu trabalho. Uma boa parte dos seus soldados já sabe de mim, mas somente os que trabalham perto de você. Tem ideia de quantos mais ou menos? - Eric deu de ombros, pensativo.

- Uns 5000 na cidade. - Eu ri, já me cansando só de pensar.

- Ótimo! Eu adoro contar carneirinhos. - Zombo, me forçando a levantar, mas ao tentar, gemo de dor, voltando a ficar sentado no sofá, sentindo a dor em meu estômago ficar aguda.

- O que houve? - Eric questionou, me encarando.

- Nada que não tenha acontecido antes. Vamos logo para essa boate. - Falo, me forçando a levantar de novo, dessa vez, ignorando a dor e abandonando a bolsa de gelo.

Eric me olhou estranho, mas o ignorei, passando por ele e saindo da mansão, subindo em minha moto, colocando o capacete. Eric entrou em seu carro, e então seguimos para a Boate Graham, uma das mais famosas do País. Certamente estaria lotada numa hora dessas. Mal posso esperar para o dia amanhecer e eu ir dormir até entrar em coma.

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora