CAPÍTULO - TRINTA E OITO

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1 ano e dois meses antes

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1 ano e dois meses antes...

Parte 2

Quando acordei do acidente, fui informado de que eu havia entrado em estado de coma. E nisso, se passou 4 meses.

Eu simplesmente me desesperei. Mess filhos haviam nascido e eu não pude estar lá. Precisaram me dopar duas vezes para que eu ficasse no hospital e me recuperasse.

Quando acordei, eu já estava preso em um Galpão. E o pior é que minha família havia apoiado a decisão da Máfia de me manter acorrentado naquela porcaria de lugar, vivendo a pão e água.

— Filho... você sabe que pode sair disso a qualquer momento... — Minha mãe murmurou, chorando. — Case-se com Débora. Ela te dará lindos filhos...

— Eu já tenho filhos! — Ralho, furioso, e por conta disso, recebo uma chicotada em minhas costas, por um dos soldados que me vigiava.

— Por que insiste nisso?!! Aquele garoto fez sua cabeça, não foi?! Ele que deveria está aqui! — Minha mãe exclamou, o que me fez encará-la com fúria.

— Deixe-o fora disso! Se estou aqui, é para que esse bando de cobras deixem-o em paz!

— Você vai morrer se continuar assumindo uma responsabilidade que não é sua! — Exclamou.

— É minha sim! Eu o seduzi, eu o engravidei. Eu o amo! Então eu assumo essa merda! — Grito, em fúria. E novamente recebo outra chicotada, que me fez rosnar de dor.

— Pois bem... vai se arrepender disso. — Ela se levantou, me virando às costas e indo embora, juntamente com meu pai, que nem sequer tinha a coragem de me olhar nos olhos. Aquilo me magoou profundamente, mas o que eu poderia fazer? Eles me renegaram simplesmente por eu assumir a minha família, coisa que meu pai sempre me ensinou a fazer, e agora estava me abandonando justamente por eu está fazendo isso.

. . . .

Os dias foram se passando, e com ele semanas, meses... Eu havia perdido a conta. Eu pedi para Yan falar com Jake pelo celular, fingindo ser eu, dizendo que estava tudo bem e que logo mais eu iria buscá-lo.

Eu sabia que se dissesse sobre as minhas reais condições, ele viria para cá tentar resolver do jeito dele, se colocando em risco. E se eu estava aqui, suportando essa merda, era para justamente mantê-lo seguro, e isso inclui nossos filhos, que já devem ter nascido. Será que ocorreu tudo bem? Eu espero que sim...

. . . .

— Como podem fazer isso com o capo de vocês?!! — Amora gritou, irritada com os soldados.

— Ele nos traiu. Quebrou a regra da Máfia. — Gabriel falou. Amora respirou fundo, o encarando bravamente.

— Eu vou enfiar essa maldita regra em um lugar que você certamente vai adorar sentir! — Ameaçou, mas Yan a segurou, passando por ele e vindo até mim, se abaixando para falar comigo, já que eu estava ajoelhado, preso por correntes.

— Não pode se aproximar dele... — Gabriel falou, e Yan rapidamente o encarou, com fúria.

— É o meu irmão! Nos dê um pouco de privacidade pelo menos! — Ditou, e mesmo a contragosto, ele se afastou de nós. Yan me olhou, adquirindo uma expressão preocupada. — Olha como você está... Eric... eu estou tentando de todas as formas reverter essa situação. Aguente firme, eu vou te tirar daqui.

— Estou aguentando há meses, Yan... Como está o Jake? — Yan suspirou.

— Ele está bem. Ele e seus filhos estão seguros. — Informou, o que me deixou mais aliviado. — Aqui, Jake te mandou umas fotos. — Yan falou, pegando o celular e virando a tela para mim, mostrando meus dois filhos recém-nascidos. Uma foto Jake ainda estava no hospital, com os dois nos braços. Sua expressão estava cansada, mas ele parecia feliz.

— Eu preciso sair daqui, Yan... — Balbucio, não tendo forças nem para chorar.

— Me deixe acabar com esses desgraçados! — Amora exclamou, mas Yan negou, se levantando.

— Isso só iria desencadear uma revolta maior. Vamos fazer do jeito certo e que seja de uma vez por todas, sem ninguém mais ficar em risco. — Yan ditou, me olhando em seguida. — Eu vou te tirar daqui, Eric. Aguente mais um pouco. — Yan me abraçou, chorando. Gemi de dor, e ele rapidamente se afastou. — Desculpa... vamos, Amora. Precisamos agilizar o processo. — Yan ditou, se despedindo e indo embora junto com Amora.

Respiro fundo, vendo Gabriel se aproximar, com uma faca em mãos.

Vamos nos divertir mais um pouco?

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora