CAPÍTULO - TRÊS

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Assim que saio do banheiro, vejo Eric novamente perto da Roleta Russa

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Assim que saio do banheiro, vejo Eric novamente perto da Roleta Russa. Peço uma dose de vodka ao barman e me aproximo devagar da mesa de sinuca, que ficava bem próximo da Roleta Russa. Havia algumas pessoas jogando, e busquei entrar no jogo também, como quem não queria nada. Talvez eu ainda descolasse uma boa grana. Sou muito bom nesses jogos.

É como dizem: sorte no jogo, azar no amor.

Notei o informante se aproximar de Eric, o chamando para conversar. Rodeio a mesa de sinuca, com um taco em mãos e de olho nos dois. Era a minha vez de jogar. Miro bem a bola branca antes de qualquer movimento, e na primeira tacada, acertando três bolas nos buracos. Os outros obviamente já não estavam gostando, porque até então antes de eu começar a jogar, estavam soltando piadinhas para cima de mim.

Eric, se descobrirem, eu estou morto! Eles me enganaram! — Ouço o informante se queixar. Rodeio a mesa novamente, ficando de costas para eles, porém, bastante próximo. Me posiciono novamente, mais duas bolas acertadas. Ou seja, mais grana para mim.

— O que tem de tão importante para me dizer? — Eric questionou, impaciente.

— Hey, garoto... Não acha melhor parar enquanto está ganhando? — Um dos jogadores falou, tocando meu ombro. Ele prendia um cigarro entre os dentes e seu tom era carregado de ameaça. Sorri, negando.

— Acontece que eu não vou perder. — Rebato, o afastando de mim, continuando minhas jogadas.

— O Capo dinamarquês me passou a perna. Deixou que minha esposa morresse no hospital. Ele prometeu ajudá-la, mas não o fez! Então, que se foda ele! Eu ouvi uma conversa dele ao telefone. Planejam roubar seu carregamento de armas, e tomar posse da Boate Graham. — O informante falou, o que me fez estagnar.

O novo carregamento de armas eram as que eu preparei para alguns agentes da Máfia americana, e que chegariam na próxima semana. Não vou permitir que um sujeito qualquer obtenha as minhas preciosas armas!

Dou a última tacada, encaçapando a última bola preta, pegando todo o dinheiro apostado sob a mesa.

— Obrigado por serem péssimos jogadores! — Provoco, largando o taco de sinuca e olhando para Eric, fazendo um sinal para sair logo daquele lugar.

Saio do Cassino, ficando surpreso ao ver Débora armando o maior barraco para entrar no Cassino.

A puxo pelo braço, a afastando dos seguranças.

— O que você está fazendo aqui, garota?! Não sabe que lugar é esse?! — Questiono, irritado. Eu não queria ser babá de uma mimada.

— O que você tem a ver com minha vida?! Eu vou aonde eu quiser! — Ditou, irritada. Eu tenho certeza que Eric não contou a ela que estaria aqui. Afinal, era perigoso para nós dois, imagine para ela que não fazia parte da máfia e provavelmente não sabia se defender.

— Eric sabe que está aqui? — Questiono, vendo ela se calar, me olhando irritada.

— Eu já disse que não é da sua conta! Aliás, o que você faz aqui?! — Questionou, e antes que eu respondesse, sou puxado pelo ombro, vendo três homens que perderam uma boa grana jogando sinuca comigo.

— Ei, moleque. Eu não gosto de gentinha sortuda como você. Acho bom devolver minha grana! — O homem resmungou. O empurro, indiferente.

— Se não? — Provoco, com certa impaciência. Dois seguravam os tacos de sinuca, sorrindo para mim.

— Bem... as coisas vão ficar muito feias para você. E essa mocinha? Ela é bem bonitinha... — Comentou, agarrando Débora pelo braço, que se assustou, tentando se soltar.

— Ei, seu ogro! Me solta! — Débora resmungou, o que me fez revirar os olhos. Ela não me faria falta nenhuma, mas Eric me mataria se eu deixasse ela morrer.

Agarro o taco que um deles segurava, chutando seu estômago e atingindo o brutamontes na cabeça com o taco, mas ele nem caiu, e logo me puxou pela camisa, chutando meu estômago e desferindo um forte soco em meu rosto, me jogando contra a parede e pressionando o taco contra meu pescoço, me sufocando.

Praguejo, erguendo meus joelhos, conseguindo atingir seu estômago. Ele aguentou, e então desfiro uma joelhada em sua costela, o fazendo me soltar, resmungando de dor. Pego os dois tacos de sinuca, os quebrando de uma vez em sua cabeça, com toda a força que consigo, finalmente o derrubando.

Puxo Débora pelo braço, a colocando para detrás do meu corpo e vendo o homem de um metro e oitenta se aproximar de nós, mas logo caiu no chão com um tiro na cabeça. Olho para trás, vendo Eric se aproximando de nós, guardando a arma.

— O que você está fazendo aqui? — Eric questionou, olhando para Débora, que rapidamente me encarou, como se estivesse com medo que eu abrisse a boca.

— Eu... estava indo encontrar umas amigas e acabei sendo pega por esses idiotas. A sorte é que seu soldado me ajudou, não é? — Débora falou, me olhando como se implorasse para que eu concordasse.

— Sim... — Murmuro, respirando fundo, sentindo meu estômago e pescoço doerem. Sinto gosto de sangue na boca, mas ignoro esse detalhe.

— Você está bem? — Eric questionou, me encarando.

— Como se você se importasse. — Rebato, cansado. — Não estou a fim de ficar de vela. Vou para sua casa e terminamos esse assunto lá. — Falo, não esperando uma resposta e lhe virando às costas, seguindo até minha moto e subindo na mesma.

Eric que se foda com seu relacionamento duvidoso. Eu não me importo!

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora