CAPÍTULO - DEZOITO

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Termino de me vestir, vendo Eric fazer o mesmo, com um sorriso cafajeste no rosto

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Termino de me vestir, vendo Eric fazer o mesmo, com um sorriso cafajeste no rosto.

— Achei que ia me ajudar. — Falo, voltando a pegar a serra automática. Eric riu, segurando a madeira atrás de mim.

— Agora sim eu te ajudo. — Reviro os olhos, sorrindo.

— Idiota. — Resmungo, mas ele apenas riu, dessa vez, me ajudando de fato a acabar os últimos detalhes para deixar meu apê pronto.

. . . .

— Pronto! Valeu pela... ajuda. — Falo, meio sem jeito. Eric apenas riu, abrindo as portas de correr da varanda, deixando a luz do fim de tarde adentrar o ambiente, dando ainda mais vida ao lugar.

— Que nada. Esse lugar está realmente com outra cara.

— Débora foi atrás de você? Porque ela já descobriu que foi expulsa do apartamento. — Falo e Eric suspira, ficando sério.

— Sim, foi. Mas só foi atrás de mim quando descobriu que os cartões que dei a ela foram bloqueados. Ela surtou na frente da minha casa, achando que tinha algum direito sobre meu dinheiro. Como se fôssemos casados... — Balbuciou, rindo sem um pingo de humor.

— Você... quer tanto casar assim? — Questiono e ele nega, suspirando.

— A única coisa que eu quero é ter um filho. E para isso eu precisaria me casar.

— Bem, existe adoção. — Eric fez um muxoxo.

— Eu sei, e já pensei nisso. Mas seria quase impossível. Além disso, eu quero um filho meu, que tenha o meu sangue. Nada contra, sei que adotar é uma atitude muito bonita e essas crianças precisam de uma família, mas... demoraria séculos para eu conseguir adotar uma criança, ainda mais sendo solteiro. A burocracia é muito complicada. — Ditou, chateado. Penso um pouco, tentando ajudá-lo de alguma forma.

— Hm... pode fazer inseminação, barriga de aluguel. Sei lá. Há mulheres que fazem isso. — Eric me olhou rapidamente, parecendo ter acabado de ver uma luz no fim do túnel.

— E... como eu faço isso?

— E você vem perguntar para mim?! Eu não sei, só ouvi falar. — Falo, dando de ombros. — Podemos pesquisar. — sugiro e ele assente rapidamente.

— Verdade! Tem algum notebook aí? Anda logo, Jake! — Ordenou, eufórico.

— Hey, calma! Já estou indo. — Falo, pegando meu notebook na bolsa e me sentando no sofá, o ligando. Eric rapidamente se sentou ao meu lado, sorrindo. Nunca imaginei que ele teria tanta vontade de ter um filho assim. É admirável.

— O que diz? — Questionou, assim que começo a pesquisar em sites.

— Hm... É mais complicado do que eu pensei. É preferível alguém que tenha algum parentesco, até quarto grau. Conhece alguém? Mãe, irmã, tia, sobrinha... — Eric pensou, mas negou.

— Não. Minha mãe já fez a ligação para não ter mais filhos. E eu não tenho irmã ou sobrinha. Minhas tias iriam achar isso um completo absurdo. Não tem outro jeito?

— Tem. Pessoas próximas, ou até desconhecidas, mas é um processo complicado. Exige envolvimento de psicólogos, advogados... ah, eu estou cansado só de ver! — Exclamo, sentindo minha cabeça girar.

— Não importa! Me passa isso. — Ditou, tirando o notebook do meu colo e pesquisando mais a fundo.

Logo ouço o interfone tocar, o que me fez sorri. Minha primeira visita oficial! Atendo o interfone, vendo Eric me olhar sorrindo ao notar minha alegria.

— Pois não? — Atendo, risonho.

— Boa tarde, senhor. Tem uma mulher chamada Amora querendo vê-lo. — Ditou, me deixando confuso.

Amora?! Não é possível.

— Ah, claro. Manda subir. Oitavo andar. — Falo, encerrando a ligação.

— Quem é? — Eric questionou.

— Amora. Mas ela me disse que só voltaria daqui há umas duas ou três semanas... — Falo e em minutos a campainha tocou. Abro a porta rapidamente, vendo que era mesmo a minha ruiva favorita.

— Hey, maninho!!! — Exclamou, pulando em meus braços, rindo.

— Amora, o que houve? Achei que fosse vir daqui há algumas semanas. — Falo e ela ri, assentindo.

— Tivemos um emprevisto chamado "inconvenientes". Sofremos uma tentativa de ataque, mas demos conta do recado. Ah, oi Eric. Você aqui? — Cumprimentou, risonha.

— Oi, Amora. Sua pele está ótima. — Provocou, e Amora arremessou um travesseiro nele, que apenas riu.

— Bem, eu não diria o mesmo de vocês. — Insinuou, puxando um pouco a gola da minha camisa e vendo as marcas deixadas em meu pescoço graças a Eric.

— Como soube que eu estava aqui? — Questiono, mudando o assunto rapidamente.

— Mia me falou e eu vim o mais rápido que pude. O Yan ficou em casa para cuidar desse probleminha que tivemos. — Informou e eu apenas assenti. Ela logo olhou para Eric, que estava vidrado na tela do meu notebook. — O que estão vendo de tão interessante? — Questionou, se sentando ao lado de Eric e olhando para o notebook. — Barriga de aluguel? Como é?

— Não me julga, beleza?! Eu quero um filho, e já que não posso casar e não quero passar anos para adotar uma criança... bem, é minha única alternativa. — Eric falou, suspirando.

— Tudo isso então foi por que você só quer ter um filho? — Amora questionou, e Eric assentiu, chateado.

— Mas é muito complicado... e não tem ninguém que eu conheça para fazer isso. — Murmurou, quase desistindo.

— Agora tem! — Exclamou, se levantando. Eric a olhou rapidamente.

— Quem?!

— Eu!

SERVINDO AO DIABO - Livro II (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora