Capítulo 1 - Summer: Era uma vez um dia que não foi nada normal

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Heyoon pov

No início daquela manhã, eu me considerava uma adolescente normal

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No início daquela manhã, eu me considerava uma adolescente normal. Certo, determinadas coisas terminavam em contestar essa afirmação, mas até aquele ponto de minha vida , eu tinha a nítida concepção de que era apenas uma garota normal com um azar peculiar para esta ao lado errado, na hora errada.  Era uma garota de 16 anos, almejando tudo o que uma adolescente dessa idade poderia querer. Não ,não pensava em namorados, na verdade , era muito complicado pensar em manter uma relação com outras pessoas quando vivia me mudando. Por isso , talvez , a coisa que eu mais almejava se fosse que eu tivesse amigos que eu pudesse passar pelo menos dois aniversário com as mesmas pessoas. Mas isso não era possível, e parte disso era minha culpa.

Não que eu fosse uma garota rebelde. Pelo contrário, ansiava sempre fazer as coisas certas para não dar problemas para minha mãe. Ela era uma esgotada e esforçada senhora que fazia de tudo um pouco, uma escritora que gastava boa parte de seu dinheiro para cobrir tantas mudanças. Shizu não era minha mãe de verdade, casou - se com meu pai quando eu já tinha um ano de idade. Quando papai era vivo, as coisas eram mais fáceis, mas desde quando ele havia  aparecido morto em uma rua, tudo havia ficado drasticamente difícil. Eu tinha apenas 7 anos na época e tudo que compreendia era que eu não tinha mais meu herói. Em seu lugar restou uma guerreira, com seus altos e baixos, mais que do fim da noite ainda vinha ao meu quarto desejar - me Boa noite e depositar  um beijo em minha testa. 

Então, o que deu errado ? Essa era  uma pergunta que vivia  se repetindo em minha mente como um disco ruim e arranhado.Por mais que eu tentasse, eu não poderia lutar com determinadas coisas. Eu tinha algo que os especialistas chamam de dislexia e hiperatividade, eu dizia que era um pé no saco em minha vida. Não conseguia me concentrar nos estudos, assim era praticamente impossível ficar parada por mais de meia hora. O que me deixava inquieta na sala de aula, tudo, fazendo conseguir menos prestar atenção no que os professores diziam. Ah, mas esses transtornos são comuns e já podem ser controlados, certo? Em partes, se isso fosse apenas meu problema. Certas coisas aconteciam. Coisas que muitas vezes explicar. não sabia Muitos eu momentos eu me sentia perseguida ou sendo vigiada. Um psicólogo chegou a sugerir que eu tivesse esquizofrenia paranoide, do tipo leve. Acrescento a minha longa lista de problemas, pequenos fatos como ser desastrada, curiosa e teimosa. Isso definitivamente me colocou em problemas também.

Esse ano está sendo um grande ano. Havia recebido apenas três detenções esse mês, não fui expulsa da escola ainda e as férias de verão estavam prestes a começar. Fazia uma semana que  não sentia aquela sensação ruim que sempre precedia a de perseguição. Aquele era para ser o dia mais normal da minha vida. Era.

Encontrei com Sabina na entrada da escola, como sempre. Sabina Hidalgo era uma garota alta, expansiva e com um senso de humor incrível. Tão idiota quanto eu, o que a fazia o mais próximo que eu já tive de melhor amiga. Ela também era agitada e, apesar de não ter precisado dizer em voz alta, também tinha dificuldades em manter a atenção.

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