Capítulo 80 - Spring: Drama e pre-preparação

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Pov Heyoon

Eu me sentia no mundo das maravilhas. A cama era a mais deliciosa que já tinha deitado, meu corpo estava confortável e aconchegado em Sina. Podia sentir o braço da filha de Zeus circulando minha cintura e minha perna entrelaçada entre as dela. Estávamos tão enroscadas que eu não poderia dizer onde eu começava e ela terminava e isso era uma das sensações mais maravilhosas que eu poderia sentir enquanto minha consciência despertava lentamente. Entreabri os olhos deparando-me com o rosto sereno de Sina enquanto dormia profundamente. Suspirei longamente, sentindo meu coração palpitar repleto de amor. Aproximei o meu rosto, sendo necessário apenas alguns centímetros de locomoção para que meus lábios atingissem o alvo: o pescoço alvo e delicado de Sina. Depositei pequenos beijos e leves mordidas até sentir a respiração dela alterando, denunciando o despertar.

Com um grunhido baixo e preguiçoso Sina moveu-se e me abraçou, entrelaçando ainda mais nossas pernas, colando nossos corpos de uma maneira tão delicada quanto gostosa. Estávamos nuas, nossas peles se roçando cheio de marcas de uma noite inteira de amor e sexo.

-Eu não quero sair daqui – Sina murmurou rouca de sono.

-Está tão bom – concordei usando o mesmo tom de voz, minhas mãos passeando lentamente pelas costas dela sentindo alguns arranhões fazendo um sutil relevo na pele branca dela – Acho que se formos assim para casa, minha mãe vai pensar que passamos a noite toda batalhando.

Sina começou a rir, mas o seu riso foi decrescendo ao mesmo tempo em que eu também caía na realidade do que eu tinha dito. Casa. Shizune. Sina afastou-se quase bruscamente, os olhos estavam tão claros que beiravam a um tom único de cinza. Mas não havia tempo para apreciar os olhos mutantes de minha namorada, pois o pânico que se exibia neles espelhavam o que os meus também deviam estar transmitindo.

-Nós estamos mortas! – ela disse em desespero – Sua mãe vai me matar, Heyoon!

A filha de Zeus nunca se afastou tão rápido de mim na cama, ficando em pé em um segundo e cambaleando por não conseguir o equilíbrio. Ela gemeu e levou a mão para o quadril, fechou os olhos de leve denunciando a sutil dor que estava sentindo depois de uma noite como essa. Quando tentei me sentar, a minha careta foi ainda pior. Deuses, estava ardendo!

-Aqui amor – Sina se aproximou, como ela vestiu a calcinha e o sutiã tão rapidamente? – Eu te ajudo, desculpe, eu juro que assim que chegarmos no carro de Sabina pegamos um pouco de ambrósia ou néctar.

Acenei com a cabeça e sentei na cama com os pés para fora. Deixei que Sina colocasse o meu sutiã e a ajudei com a minha calcinha. Ela me pegou no colo com cuidado e levou para o banheiro que havia dentro do quarto. Apesar do desespero nítido dela por conta de minha mãe, ela tentava ao máximo cuidar de mim. Oh sim, eu também estava em pânico e temendo o castigo mais fenomenal de minha vida, mas não dava para lutar contra o sono, o meu corpo dolorido e a parte boba que se derretia pelos mimos de Sina.

-Precisamos encontrar as meninas – Sina falou depois de termos nos vestido e feito uma rápida higiene matinal – Vamos nos separar e nos encontramos no carro de Sabina, Lola está do lado mesmo.

-Isso aqui é enorme, eu não lembro nem da metade dos cômodos!

Saímos do quarto e logo combinamos que ela olharia os outros quartos e a área externa, eu ficaria com todo o resto. Já íamos nos separar quando Sina de repente me segurou, virou e encostou contra a parede. Arfei surpresa, nós não estávamos em pânico? Como ela podia fazer um movimento desses e me olhar dessa forma tão intensa e me fazer esquecer o porquê de estarmos em pânico em questão de segundos?

-Desculpe, nem cuidei e dei atenção que deveria depois de uma noite como a que tivemos – ela pediu em um tom sério e suspirou – Se não fosse o fato de minha linda sogrinha querer estar provavelmente planejando arrancar minha cabeça, esquartejar meu corpo e chamar a Penélope para degustar---

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