Capítulo 26 - Autumn: Não confie em atendentes, elas mordem

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Pov Sina

Era manhã de domingo e eu estava passando os canais da televisão sem me fixar direito em algum

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Era manhã de domingo e eu estava passando os canais da televisão sem me fixar direito em algum. O tédio me consumia em igual intensidade a minha preguiça, mas nada se comparava a irritação que eu tinha só de pensar que Heyoon estava tão perto e eu não podia ir lá vê-la.

O motivo? Shizune Jeong não gostou nada quando batemos na porta de sua casa as duas horas da manhã e deixou Heyoon de castigo pelo resto da semana. Eu tentei contra argumentar e até mesmo lançar um daqueles meus olhares ameaçadores. Mas Shizu como verdadeira mãe protetora, fitou-me de uma maneira tão intimidante que eu me encolhi e me vi aterrorizada com a ideia dela parar de gostar de mim de vez e consequentemente proibir Heyoon de ficar comigo

Deuses, eu só queria vê-la um pouco! Era crueldade ser afastada dela assim, ainda mais depois de tudo o que aconteceu!

-Eu quase estou com pena – Sabina comentou saindo da cozinha com um pote de sorvete – Quase. Ninguém mandou perderem a hora.

-Que saco! – rosnei e afundei mais no sofá, mas então percebi que a Sabina estava saindo com o pote de sorvete – Vai aonde?

-Você está proibida de ver a Yoon, eu não – Sabina sorriu travessa como o capeta – Tia Shizu é um amor comigo. Quer que eu der um beijinho na Yoonie? Mas eu só dou no rosto. No máximo eu dou uma apertada na bunda dela e digo que foi em seu nome.

-NEM OUSE HIDALGO!

Eu já estava para me levantar do sofá quando Sabina riu e saiu correndo da casa. Eu sabia que era impossível alcança-la. Filhos de Hermes eram os mais rápidos sempre. Joguei-me no sofá olhando para o teto. Minha hiperatividade gritou em todos os meus poros, eu precisava fazer alguma coisa!

Foi então que eu lembrei que queria comprar algo para a Heyoon. Um sorriso cresceu inconscientemente em meus lábios, a ideia se formando rapidamente em minha mente. Saltei do sofá indo direto para o banheiro tomar um rápido banho e me vestir com roupas de frio. Era estranho semanas sem ter uma variação sequer na condição climática. Estava sempre frio agora e no fundo eu sabia que tudo isso estava envolvido com o desaparecimento de Perséfone.

Sabia que em algum momento a bomba estouraria em nossas mãos, mas enquanto isso não acontecia eu preferiria curtir o tempo de calmaria. Criar momentos e se possível, todos eles com a Heyoon e a Sabina.

Assim que fiquei pronta, com calça jeans, moletom grande, luvas e botas, saí de casa com minha Lola. Era domingo e o movimento era bem menor, mas Nova York nunca perderia o movimento. Era uma das cidades mais agitadas do mundo, então sempre teria o comércio aberto. Foi pensando nisso que eu passei boa parte procurando, pesquisando, até encontrar o que eu tanto queria.

Estacionei a moto em frente a uma livraria antiga e que também funcionava como sebo. O lugar era velho e encontrava-se em uma rua comercial um pouco longe do centro da grande cidade. Parecia estar fechando, pois o senhor que estava ali estava à frente da propriedade com uma plaquinha na mão.

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