Capítulo 63 - Winter. Armadilha na floresta de Neve.

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Pov Sina

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Pov Sina

Eu estava começando a odiar o branco. Pois isso era a única coisa que nos rodeava por dias. Sim, dias que estavam se acumulando e formando semanas! Pois além de atravessarmos os Estados Unidos, tínhamos de passar pelo Canadá. A neve cobria praticamente todo o país, o frio estava rigoroso em cada estado em que passávamos. Isso atrasava a locomoção com os carros para enfrentar as estradas perigosas por conta da anomalia climática. Fora os ataques e o fato de Árion ter “fugido” por dois dias apenas porque estava entediado.

Estávamos agora nos aproximando da divisa da Columbia Britânica e Yukon, último Estado a ser atravessado antes de entrarmos no território abandonado pelos deuses. Alasca. Eu não sabia o que esperar quando nos aproximássemos do inimigo. O perigo era gritante a cada segundo que se passava, mas a sensação de que tudo ainda poderia ficar pior era ainda mais forte.

Mas isso pouco me importava. Eu estava disposta a qualquer coisa para fazer a porra dessa missão ter algum sentido. Para que na primavera nós todos nos reuníssemos e prestássemos homenagens aos que se sacrificaram para que pudéssemos vencer. Nós iriamos vencer essa guerra, precisávamos dessa vitória. Ou eu iria enlouquecer.

Era fácil deixar que meus novos instintos tomassem conta de mim. O peso de ver meus amigos morrendo despertou uma nova cadeia de pensamentos que me tornava mais controlada. Mais fria. Mais severa. Mais determinada. Eu precisava ser algo além de Sina Deinert, a garota problemática que tinha um passado triste. Então apenas abracei essa nova pessoa que o destino estava moldando.

-Eles não param de vir – Sabina resmungou ao meu lado.

Agucei o meu olhar e não tardei a ver o que irritava a filha de Hermes. Do chão, brotava, literalmente, construtos de gelo. Hina havia explicado que eram criações de um determinado elemento que poderia tomar formas diversas, ao bel prazer do seu criador. Já tínhamos enfrentado uma horda de lobos de gelo, aranhas, coisas esquisitas que não poderíamos nem ao menos descrever e agora, bem ali, surgiam algo que eu poderia descrever apenas como esqueletos de gelo. Eram apenas cinco nascendo a metros de distância. Seus corpos misturavam carne e osso, com partes de gelo maciço.

-Loukamaa, Hidalgo – chamei lançando um olhar para ambas – Conseguem resolver isso?

Joalin fez uma careta, mas logo estava retirando o cinto e o transformando em um chicote. Sabina já tinha a adaga em mãos e avançava determinada, já experiente com batalhas. Tínhamos saído apenas as três para rondar o perímetro do acampamento que tínhamos armado para passar a noite. Eu sabia que encontraríamos monstros, eles sempre apareciam agora, como se tentassem nos impedir ou retardar. Por isso tinha escolhido Joalin para o grupo. Ela ainda era a que tinha menos experiência em batalha e nada melhor do que a prática e o perigo real para melhorar essa questão.

Elas batalharam. Sabina lidando com dois esqueletos de gelo ao mesmo tempo enquanto Joalin tentava manter a distância de um, já que o chicote era uma arma mais efetiva a uma distância considerável. As semideusas estavam indo bem, mas a desvantagem numérica se provou uma questão difícil. Joalin finalmente derrubava o seu esqueleto e pisava com força em sua cabeça, esmagando o crânio. Mas atrás dela aparecia outro esqueleto de gelo, aplicando um chute que fez a Loira cair de cara com a neve. A filha de Afrodite virou o corpo em pânico. Sabina gritou, mas não podia ajudar, estava lidando com o restante dos inimigos.

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