Capítulo 97 - Epílogo.

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Algum tempo depois...

Pov Heyoon

O dia estava escaldante. Estávamos no final do verão e tudo indicava que o outono seria mais do que bem-vindo se trouxesse um pouquinho de frio junto com ele. Claro que nada comparado ao do ano passado. Porém mesmo que a temperatura estivesse alta e o dia implorasse para ser passado a beira de uma piscina ou pegando um belo bronzeado na praia, nós estávamos em um lugar muito mais emocionante.

Tudo bem que aquela rua residencial era tipicamente americana, com casas padrões e que só mudavam um pouco nas cores e alguns detalhes arquitetônicos, mas todas se enquadrando na área reservada. Estávamos em Greenwich Village, mais especificamente em uma rua feita especialmente para alugueis de casas para estudantes universitários que preferiam casas à apartamentos. A segunda opção era mais barata, mas definitivamente para a nossa rotina inusitada o máximo de privacidade que conseguíssemos seria muito bem-vinda.

-Eu não acredito que você vai estar morando sozinha - escutei a voz de minha mãe ao meu lado.

Shizune tinha chorado sempre que comentávamos de nossa mudança. Tanto pelo fato de que eu estava "indo embora" quanto pelo orgulho. Ah sim, Shizune deixou mais do que claro o orgulho que sentia pelo fato de que nós estávamos ingressando na universidade. E não uma qualquer, mas sim a New York University! Uma parte era graças a ajudinha dos pais da Sina e Joalin. Eu não conseguia encarar minha mãe naquele momento, ainda estava absorvendo a ideia de que iria para a universidade, que aquela casa tão simples ganhava um significado extremamente maior assim que eu pensava que era a minha casa e a de Sina pelos próximos anos.

-Ah não comecem a chorar de novo! - Any apareceu ao nosso lado, sorrindo.

-Quem está chorado? - minha mãe tentou se fazer de durona - Onde está Sina e Sabina?

-Sina está no caminhão de mudanças, Sabina foi buscar o resto do pessoal para ajudar nas coisas.

Decidimos fazer a nossa mudança primeiro, já que Sabina e Joalin ficariam na casa da frente, enquanto que Any iria morar com a Diarra fora do distrito da universidade. A filha de Atena estava com planos de abrir uma loja e uma academia de lutas, o primeiro desafio era fazer com que Lamar, o seu eterno parceiro e irmão, também embarque nessa. Isso tudo apenas para conseguir se manter e pagar o curso de arquitetura que estava planejando começar.

Sina chegou quase ao mesmo tempo em que Sabina se aproximava com o seu Audi praticamente lotado, atrás do carro dela vinha Krystian com seu carro estilo antigo. Ele trazia Samy e Lana, que decidiram nos ajudar antes que a loira fosse viajar. A garota iria cursar comunicação em Stanford, na Califórnia. Foi uma verdadeira briga entre ela e a família, pois os pais almejavam que ela fizesse um curso de melhor porte, vulgo os mais prestigiados como direito, medicina ou até mesmo administração. Mas Samy queria ser jornalista e ter passado na Califórnia era duplamente conveniente. Ela e Luna estavam em um verdadeiro enredo mexicano, sem querer assumirem compromisso por causa da distância, sendo sinceras uma com a outra quando ficavam com alguém em uma balada, mesmo que isso as abalassem. Lana faria direito em Yale, recebendo total apoio de seu atual namorado ciborgue.

-Com tanta gente vamos terminar bem rápido - Diarra comentou abraçando por trás a Any.

-Então vamos começar que podemos fazer uma festinha de inauguração logo depois! - Joalin bateu as palmas animada.

Eles prontamente começaram a se mexer e a distribuir as tarefas. Os garotos e Sina pegariam as coisas mais pesadas, as meninas cuidariam da limpeza e organização, distribuindo ordens ao bel prazer. Alguém tinha tido a brilhante ideia de instalar um aparelho de som e colocar música para tocar. Então tudo acabou se tornando bem divertido para disfarçar o desgaste que estávamos tendo. Eu era definitivamente a mais animada e a mais criteriosa, lançava ordens a torto e a direito querendo que minha primeira casa ficasse perfeita. Ordenei a Sina mudar o sofá pelo menos umas quinze vezes antes de decidir o local que seria perfeito para ele. Ela bufava, reclamava, olhava feio, mas obedecia no fim das contas.

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