Capítulo 17 - Summer: Saindo do inferno

1.2K 106 18
                                    

Sina pov

Penélope apareceu em um parque ambiental de Los Angeles. Heyoon e eu descemos rapidamente, dessa vez eu não aguentei as coisas em meu estômago e coloquei para fora, ao lado dela. O ar estava quase ferindo os meus pulmões, mas eu me sentia uma verdadeira masoquista, pois estava adorando. Levantei meio zonza ainda, abrir meus braços e uma forte lufada de ar envolveu meu corpo como em um abraço gostoso, fazendo com que meu corpo flutuasse alguns centímetros fora do chão.

-Zeus, eu adoro o ar livre! – exclamei feliz.

Olhei para o lado e vi Heyoon e Savannah me encarnado com sorrisos idênticos. Dei de ombros e finalmente voltei ao chão. Precisávamos voltar para o Acampamento Meio-Sangue e o primeiro passo era encontrar o Krys.

-Já descansaram? Porque temos de partir. Heong você e seu cachorrinho podem nos levar até Krys? Sem viajar nas sombras, apenas como montaria.

A cadela rosnou quando a chamei de cachorrinho e eu revirei os olhos. Estava acostumada com pessoas rosnando para mim, iria me incomodar com um cachorro grande e de olhos vermelhos? Imagine. Heyoon se aproximou da cachorra, tendo de fazer muito carinho e falar com aquela voz dengosa para convencê-la. Mas então, ali estávamos, encima daquele enorme canino fêmea cortando as ruas de Los Angeles tentando ser discretas. Impossível? Bem, acabamos de escapar do inferno, qualquer coisa podia ser brincadeira.

Paramos enfrente a casa onde Krys estaria. Dessa vez, assim que descemos Penélope desapareceu nas sombras, deixando bem claro que seus serviços acabavam por ali. Eu fui a primeira a subir os degraus da varanda, escutando a madeira gemer com o meu peso. Era um lugar evidentemente velho, a casa de um falecido meio-sangue que Krys conheceu. Bati na porta três vezes em um intervalo de dois segundos, uma espécie de código que sempre usávamos.

-PELOS DEUSES! – Krys exclamou abrindo a porta evidentemente aliviado – Finalmente!

Krys me agarrou em um abraço de urso que quase machucou minhas costelas. Eu arfei, mas rir e o abracei também. Sair do inferno mudava um pouco as pessoas, definitivamente. Ele se surpreendeu um pouco, mas se afastou com um enorme sorriso. Estava prestes a falar alguma coisa, quando alguém o segurou forte e puxou para trás.

Se Hades dava medo, María Sabina Hidalgo naquele momento estava me dando calafrios. Ela nos olhava de um jeito que me fez recuar dois passos e temer por minha vida.

-Como você ousa pegar a minha amiga e sumir assim?! – Sabina me empurrou com força, fazendo-me quase tropeçar nos meus pés e cair da varanda – Você tem ideia do quanto eu fiquei preocupada com vocês duas?!

-Sabi calma – Sabina tentou interferir.

-Cala a boca! – Sabina rosnou para ela, eu nunca a tinha visto tão brava – Depois vai ser a sua vez de---

-Você pode assustar a minha irmã! – Heyoon disparou puxando Savannah para mais perto de si – E isso é o que menos precisamos agora.

-S-sua irmã? – Sabina olhou finalmente para a criança presente.

-Oi – Savannah se agarrou mais ainda a Heyoon, quase escondendo o rosto na cintura dela – Não briga com a Yoon e a moça, elas me salvaram.

Sabina, pega totalmente de surpresa, respirou fundo três vezes apertando o topo do nariz com o polegar e o indicador.

-Que tal entrarmos? – sugeri cruzando os braços – Heyoon e Savannah tomam um banho relaxante enquanto eu explico a situação para Sabina.

Estações - Versão SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora