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Assim que saí do carro, Harry fechou a porta ao seu lado com um forte golpe. O homem que estava dirigindo ficou alheio à nossa conversa o tempo todo, pelo qual sou grato, considerando que se alguém visse nossa interação, eles deduziriam coisas que eram altamente destinadas a serem mantidas nos bastidores.
Senti um vento quente contra a minha pele. A noite estava mais fria que o dia. Havia tantos vestidos e ternos com cores diferentes e em peles diferentes. A maioria usava preto, os mais arrojados tons de vermelho. Rosa, até amarelo. Ou um laranja pêssego que complementava a pele bronzeada. O povo da Sicília era impressionante e único à sua maneira. Seu estilo, sua cultura em geral, é fascinante.
Harry caminhou atrás de mim, guiando meu corpo com as mãos na minha cintura. Para meu pai, que raramente olhava em nossa direção, isso parecia um gesto protetor. No entanto, na minha opinião, era a maneira dele de me lembrar o que aconteceu no carro. Isso era óbvio para mim, porque eu podia sentir as pontas dos dedos cavando através da minha roupa.
Ele era o homem mais impressionante de lá. Vestido com roupas pretas simples, no entanto, ele ainda conseguia envergonhar qualquer homem de terno mais caro. Eu sabia. Toda mulher estava de olho em Harry desde que entramos na grande casa.
A área estava cheia de riquezas e peças de arte luxuosas. Talheres caros tilintaram juntos e o som de conversas aumentou à medida que mais pessoas apareciam.
— Este lugar é lindo. — comentei baixo. Harry não respondeu, parecendo tenso e irritado com o grande prazer que acontecia ao seu redor. As pessoas estavam se divertindo. Sorrisos de canalhas e executivos ricos. Percebi agora que suas mãos ainda estavam em volta da minha cintura. — Você pode me soltar, você sabe.
Ele olhou em volta, apenas me espiando por um segundo. — Estou bem ciente.
— Então me solte. — sugeri.
Harry inalou e balançou a cabeça. — Eu estou protegendo você.
— De quê? Conversa?
Ele olhou para mim desta vez. — Não seja um burro esperto. — sua voz era baixa; um tom de aviso que ele costuma usar comigo.
Que homem confuso, pensei comigo mesmo. Sorri e me inclinei para ele, sabendo que quanto mais eu faço coisas assim, mais rápido sua paciência se esgotaria. O que estou provocando com isso? Tenho certeza que ele vai me agarrar e perder a calma. O que estou descobrindo agora é que estou gostando. Harry pode me assustar muito com suas ameaças, mas quanto mais tempo estou com ele, mais percebo que gosto da distância reduzida.
Minhas costas estavam contra sua frente agora, um bufo alto escapando de sua boca. — Louis. — começou a me avisar.
— Você está me protegendo. — disse de volta.
Eu o ouvi murmurar. — Inacreditável.
Senti suas mãos sendo removidas da minha cintura. Ele cruzou os braços sobre o peito, olhando para a frente com o queixo cerrado. A expressão era tão sem emoção que me fez sentir como se ele não tivesse nada em mente. Nada incomoda esse homem bonito na minha frente.
Talvez seja isso que me deixou curioso. Eu gostava muito de saber coisas. De encontrar restos, de fazer descobertas. Eu era tudo sobre isso. Essa foi a minha fraqueza. Eu queria saber tudo, não importa o preço. É uma maldição. Nunca é uma bênção sentir isso compelido a descobrir tudo. Eu tenho esse sentimento dentro de mim. Necessidade, um desejo e uma dor nos meus ossos.
Ele era lindo. Olhei para ele aqui, parado enquanto tentava fingir que eu não estava olhando para ele, quando ele realmente sabia que eu estava. O que ele esconde por trás daqueles pálidos olhos verdes são lembranças. Eu sei. Eu posso sentir isso. Eu sou obcecado por seu personagem misterioso.
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dust bones ➳ larry {finalizada}
Fanfic(Em correção) Trabalhando para o chefe da máfia internacional, Harry sabia como matar, como caçar suas vítimas e como evitar companhias de todos os tipos. Ele está acostumado com um ambiente pesado, quieto e solitário. Ele é o melhor no que faz e tu...