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Sua voz baixa e seu hálito quente batem na minha pele, fazendo com que arrepios ousados ​​surgissem nela. Eu levanto minhas sobrancelhas em foco, continuando a anotar números e letras que eu surpreendentemente me lembrei. 

– Tem certeza que sabe disso? – Harry pergunta com a voz rouca mais uma vez, como se duvidasse.

– Sei. – murmuro baixinho, deslizando a caneta sobre o papel áspero com facilidade. Minha mente sem esforço fornecia uma memória fotográfica rápida desses números e letras especificamente, mas não para seu propósito inicial. – Eu não pensei que iria precisar deles mais tarde.

Harry parou por um momento antes de dizer. – Ele coloca códigos em tudo. De preferência em qualquer coisa que ele queira esconder bem. Ele nunca me disse isso, e você conseguiu fazer ele jogar tudo para fora?

Eu balanço minha cabeça em desacordo, propositadamente continuando a escrever a série de números e letras um após o outro, não parando por um segundo com frases surpreendentemente legíveis e coerentes. – Não é que ele me contou. Eu estava por perto quando ele os abriu. E eu os anotei uma vez, tentando descobrir onde minha mãe estava, o que... eu evidentemente descobri. Mas isso é outra história. – explico baixo. – Ele os mantém com seu dinheiro, acordos ilegais com partidos políticos e coisas que prefere que ninguém consiga encontrar sem o seu consentimento.

– Não está escondendo o suficiente, no entanto. – ele garante, me observando. – Como você se lembra deles?

– Eu os anotei todas as vezes que o vi digitá-los. Se eu não conseguisse pegar todas as partes, teria que esperar dias ou até meses antes de vê-lo fazer isso de novo. – falei, suspirando. – Demorou um pouco, mas eu estava convencido de que precisava deles para encontrar minha mãe.

Há um silêncio enquanto continuo no último código que lembrei que meu pai guarda. Harry depois disse. – Você nunca se preocupou em encontrá-la, não é?

– Eu não poderia. – respondo suavemente. – Não é como se eu me importasse muito depois, no entanto. Eu não queria reclamar com meu pai.

– Você fez um monte de reclamações comigo, então. – ele testemunhou, me fazendo sorrir. – Ainda quero isso. – ele me lembra.

– Chato. – eu rio levemente, terminando os códigos. Sinto sua mão por um ligeiro segundo quando ela bate contra minha bunda, como de costume. Minha risada aumenta quando eu dou uma cotovelada em seu peito com intenções brincalhonas. – Aqui, eles estão todos escritos. O problema é que eu não me lembro do propósito deles. Eu tinha uns nove anos, e tudo que eu estava focado era em lembrar os sets, não... o motivo deles. – olho ao redor e havia corpos próximos. Ele pega o pedaço de papel de mim e examina os números. Seus olhos verdes claros encaram o papel por tanto tempo que não percebo o tempo que passa antes que ele fale novamente, olhando para mim com as sobrancelhas franzidas. Eu sinto que fiz algo errado, até que ele fala novamente. 

– Lou... – ele começa devagar. – Eu acho que entendo quase tudo neste momento. 

Minhas sobrancelhas franzem e uma risada curta e instável escapa dos meus lábios. – O que?

– Hmm ... isso soa um sino? – questiona. – Você conhece os conjuntos de códigos, mas não se lembra do propósito deles.

Eu o observo com atenção, reconhecendo a ênfase que ele colocou em saber e lembrar. Nosso olhar compartilhado é intenso enquanto eu penso sobre suas palavras, sentindo que sei exatamente o que ele está sugerindo, embora eu realmente não possa achar uma luz para os pensamentos. – Baby, você sabe disso. –  ele me garante, seu tom rouco quase me persuadindo a lembrar. – Você é esquecido pra caralho. – Oh, esqueça a persuasão, então. O suspiro que escapa dos meus lábios em seguida é uma evidência de que suas palavras marcaram um x em minha mente. Harry concorda. – Aí está. – ele murmura.

dust bones ➳ larry {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora