017

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♡.

Brasil. Eu deveria ter visto isso chegando. Um dos lugares mais bonitos de todos, e eu estaria passando um tempo aqui com Harry. Não necessariamente, porque ele provavelmente estará trabalhando e me levando para fora quando for absolutamente essencial. Não sei se estou aliviado ou paranóico. No entanto, decido ignorar qualquer possível apreensão. 

Parecia horas inquietas naquele avião com Harry dormindo silenciosamente na minha frente. Se você o encarasse enquanto ele franzia a testa, ele parecia meio fofo. Seus lábios rosados ​​pareciam fazer beicinho e sua carranca estava se tornando mais carinhosa do que enganosamente cruel. Virei minha cabeça, observando os fios de seu cabelo castanho que se enrolavam em torno de sua orelha. 

— Eu posso sentir você olhando, Louis. — ele murmurou secamente com os olhos ainda fechados.

Atordoado, gaguejei: — Eu-eu pensei que você estivesse dormindo.

— Bem, eu não estava. — Harry comentou. 

— Pare de ser um idiota. Nós vamos ficar em uma casa no Brasil, que só Deus sabe por quanto tempo. — declarei firmemente. 

Harry abriu um olho e murmurou: — Sim, eu sei. É melhor tomar cuidado, eu posso acabar atirando em você. — respondeu sarcasticamente. 

— O mesmo. — eu torci baixo. 

Ele abriu os dois olhos agora, estreitando-os para mim. — O que é que foi isso?

— Nada. — murmurei. 

— Não. — ele se sentou no banco. — Fale claramente. O que você disse? — Harry cuspiu com raiva, me olhando com um olhar expectante. 

Engoli em seco e disse: — Eu não disse nada. 

— Hm. — ele cantarolou. — Sim, foi o que eu pensei também.

+

Florianópolis é uma área bonita. Imediatamente fico impressionado encantado com todas as diferenças. Era estranho, mas bonito e eu poderia ter engolido trinta moscas no caminho para o nosso destino. Harry estava sentado na traseira do caminhão de um homem comigo, olhando silenciosamente pela janela. O homem ao volante também trabalhava para o meu pai. Não fiquei surpreso, considerando que ele tinha pessoas em todas as partes do mundo. 

Finalmente paramos em uma linda casa laranja-rosa claro. Era pequena, mas de certa forma bonita e aconchegante. Era uma casa nova. Pude perceber pela varanda recém-lustrada e o cheiro de tinta ainda no ar. Logo, fui ordenado a sair do carro por um Harry impaciente. 

As chaves balançaram em suas mãos quando ele alcançou para abrir a porta da frente. Ele se afastou para pegar nossa bagagem quando passei por ele e entrei na casa já mobiliada. Cheirava a madeira nova e pisos polidos. Lá dentro, era mais frio que o ar quente de Florianópolis. Passei meus braços em volta de mim, assim que Harry jogou toda a bagagem no chão, descuidado como de costume.

Revirei os olhos e decidi carregar minha própria bagagem. 

— Bom, você entendeu a dica. — Harry passou por mim enquanto dizia isso. 

Olhei para ele enquanto ele subia as escadas, fazendo buracos na cabeça com cachos. Aquele idiota teve mais reviravoltas do que eu jamais poderia imaginar. Ele fez o livro pelo qual todos os idiotas parecem passar. Suspirando pesadamente, comecei a arrastar minha merda pelas escadas, já que Harry estava muito ocupado sendo muito superior para fazer qualquer coisa por alguém. 

— Seu quarto está à direita. O meu está em frente do seu do lado esquerdo. Acha que pode lidar com isso?

Meus olhos se transformaram em fendas quando fiz contato visual com ele. Ele me observou sem emoção, parecendo que eu não deveria me sentir incomodado com o quão sarcástico e irritado ele estava sendo hoje. Eu queria xingar ele. Chamar-lhe de várias coisas, o que só resultaria em outras palavras prejudiciais me esmagando.

dust bones ➳ larry {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora