Capítulo 1 PESADELO

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-...não tia Iris, não...por favor, pelo amor de Deus, me deixa em paz...me deixa em paz...

-"Oh my darling, minha sobrinha amantíssima em muito, muito breve irei pessoalmente fazer uma visitinha em sua casa!"– dizia entre risadas sinistras e um timbre de voz estridente a ponto de doer os tímpanos de qualquer um.

Era a terceira vez naquela semana que Tereza Cristina tivera pesadelos com sua tia Iris. Não entendia exatamente o porquê, pois há anos não se falavam.  Diferente dos outros pesadelos, ela se debatia na cama, seu corpo tomado por espasmos, suava frio e dizia coisas tão desconexas, quando de repente fora contida por alguém com mãos fortes.

RENÉ -Tereza Cristina...Tereza Cristina meu amor, acorda! Sou eu o René – acudiu o marido que havia acabado de chegar do Le Velmont, tarde da noite.

TEREZA CRISTINA-Pelo amor de Deus René, manda ela parar...tira essa mulher de perto de mim! – pedia aos prantos, tomada pelo desespero, ainda em estagio de confusão mental.

RENÉ-Meu amor, de quem você está falando? Não tem ninguém aqui além de nós dois, em nosso quarto, na nossa cama! – dizia carinhoso aninhando-a em seu braço, como quem acolhe um gatinho todo assustado. Ela por sua vez segurava fortemente a gola de sua camisa, se encolhendo toda, tremendo muito pós aquele pesadelo que parecia ser tão real e ameaçador.

RENÉ-Quer conversar sobre isso? Por quê não me conta que sonho tão terrível foi esse para deixar o meu amor assim!

TEREZA CRISTINA-Não fala nada Rene, só me abraça forte, bem forte e diz para mim, jura que nunca, nunca vai me deixar aconteça o que acontecer?

RENÉ-Que pensamento mais maluco é esse Tereza Cristina? Claro que nunca irei te deixar. Meu amor olha para mim!

Ela se encolheu ainda mais, como se fosse possível, segurando o marido como se quisesse se esconder dentro dele.

RENÈ-Tereza Cristina por favor, olha para mim e me escuta.

Ela olha com os olhos marejados e um tanto assustados, receosa de ouvir algo ruim.

RENÉ -Desde que nos conhecemos lhe jurei amor eterno. Você é a mulher com quem escolhi ficar para o resto da minha vida, a mulher que me deu meus dois maiores tesouros, o Rene Jr. e a Patty, que é o meu primeiro e último pensamento do dia, que me tira sorrisos e suspiros, que desperta desejos e aguça todos os meus sentidos e não existe neste mundo a menor possibilidade de eu te deixar. – se declarou, enquanto se perdia com seus dedos por seus cachos tão sedosos e perfumados.

TEREZA CRISTINA -René, se um dia eu te perder, simplesmente morro. Posso ficar sem alimento, sem água, até sem ar mas não posso ficar sem você. Seria insuportável demais olhar para essa cama e não te ver nela, bem juntinho de mim.

RENÉ -Meu amor não fica assim! Está impressionada por conta desse maldito pesadelo. Olha, vou tomar um banho e já volto para gente dormir bem agarradinho. – diz se levantando, mas é interceptado por sua esposa que se agarra em seu pescoço.

TEREZA CRISTINA -Por favor não me deixa aqui sozinha, não me deixa aqui sozinha René!

RENÉ -Tereza Cristina, estou todo suado, cheirando a bacon, louco por um banho. Vamos fazer assim, vem comigo, vou preparar um banho de banheira para nós dois com essência de lavanda para você relaxar um pouco, pois também está toda suada e então podemos dormir bem agarradinhos pois estou muito cansado e vou mandar uma mensagem para o Severino para avisar que vou chegar um pouco mais tarde amanhã no restaurante, tudo bem.

Ela apenas assentiu com a cabeça.

Enquanto enchia a banheira, René se despiu e logo em seguida despiu sua esposa delicadamente, deslizando uma por vez as alças de sua camisola verde, impecável, caindo à seus pés descalços, evidenciando um corpo perfeito, os seios fartos, as pernas longas e torneadas. Deu um beijo leve em seus lábios, enquanto lhe acariciava as costas desnudas. À vontade era de possuí-la, mas sabia que aquele não era o momento para terem uma noite tórrida de amor. Tirou com cuidado a última peça que faltava. Sua calcinha La Perla, do mesmo tom de sua camisola. Entrou e sentou-se na banheira, segurando a mão de Tereza Cristina para que ela se acomodasse entre suas pernas, recostada em seu peito.

Ele lhe contava como havia sido sua noite no restaurante, sobre a visita surpresa de um crítico de gastronomia que apareceu por lá e que por sorte tudo o que lhe foi servido o agradou muito.

Ela fingia ouvir, estava distraída, tensa, sem conseguir processar o que René dizia, ainda angustiada.

RENÉ – Então meu amor, está melhor com esse banho quentinho, relaxante...

TEREZA CRISTINA – René eu preciso de você. Eu preciso de você mais do que o ar, de água, de comida. Essas coisas eu preciso para sobreviver mas de você eu preciso para viver. Meu amor, minha vida...

RENÉ – Estou aqui. Estarei aqui para você sempre meu amor, minha vida. Vamos para nossa cama e farei de tudo para que possa ter sonhos lindos e tranquilos em meus braços.

AS APARÊNCIAS ENGANAMOnde histórias criam vida. Descubra agora