Capítulo 26 - Estamos indo de volta pra casa...

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MIGLEZ...EU PRECISEI EDITAR ESTE CAPÍTULO PARA TER COERÊNCIA COM O CAPÍTULO 28. ACREDITO QUE VOCÊS VÃO GOSTAR DOS NOVOS DETALHES QUE ACRESCENTEI. BEIJO NO CORAÇÃO DE TODAS...

TEREZA CRISTINA -René!...René... – chamou pelo marido que não estava ao seu lado na cama.

Ela ainda se sentia indisposta e com dores pelo corpo, certamente em decorrência da febre e excesso de tensão. Olhou para o chão e viu que as malas, inclusive as suas estavam prontas para que pudessem regressar e tomada por uma fúria imensa se levantou com o intento de desfazer as malas que para sua surpresa foram trancadas com o cadeado.

Foi atrás do marido no banheiro, abrindo a porta abruptamente.

TEREZA CRISTINA -Pelo jeito não adiantou te pedir, te implorar para gente não voltar para aquele inferno não é René – disse entre dentes, espumando de raiva.

Ele respirou fundo, desligou o chuveiro e contou até 10 para não perder a cabeça e conversar com sua mulher.

RENÉ -Tereza Cristina você pode me explicar por favor, o que está acontecendo para não querer voltar. Ontem tive toda paciência do mundo contigo, cuidei até que se acalmasse e dormisse e eu espero que no mínimo me de uma resposta plausível.

TEREZA CRISTINA -Simplesmente não quero voltar. Tô cansada daquele lugar, de toda aquela gente...nós estamos tão felizes aqui, mais unidos do que nunca. René, pensa bem, a gente...

RENÉ -Você acha que sou algum idiota? Sei que está escondendo alguma coisa muito grave e que não quer me contar. Quando começamos nosso relacionamento, fizemos um trato que nunca, jamais esconderíamos as coisas um do outro e não tem nada, absolutamente nada sobre mim que não saiba. Tenho certeza de que todo esse seu chilique tem a ver com a chegada da tia Íris.

Ouvir aquilo do marido lhe caiu como uma bomba. Se sentiu desarmada porque naquele momento não tinha o que dizer. Como contar a ele um segredo tão pesado? Será que seu amor por ela seria forte o bastante para perdoá-la? Para nunca a abandonar como havia prometido.

TEREZA CRISTINA -Não estou escondendo nada e não admito René Velmont que duvide de mim. Sempre fui muito sincera, sempre lhe contei tudo. Jurei fidelidade a você não só no dia que nos casamos. Juro todos os dias. – Esbravejou.

RENÉ -Se não tem, então não há motivos para ficar aqui num país incrível, mas não se esqueça que estamos na condição de turistas. Você ficou inebriada com esses dias incríveis em família porque tudo é novidade, mas em pouco tempo tudo cairá na rotina e voltaremos a ter os mesmos conflitos. – Argumentou com um tom de voz um pouco mais calmo.

Como para ela a sua melhor defesa sempre foi o ataque, num rompante se jogou em cima de René, vociferando toda sua raiva por ser contrariada.

RENÉ -Tereza Cristina chega! Acabou a palhaçada. Você vai se acalmar e se comportar como uma mulher adulta. – ganiu, a segurando por trás, com força.

Ela tentou se livrar das garras dele, totalmente em vão. Ele era muito mais forte e não foi a primeira vez que precisou ser contida em um ataque de fúria.

RENÉ -Você é uma mulher mimada e egoísta. Todo mundo se desdobrou em 1000 para estar aqui. Todos nós paramos nossa vida para satisfazer um desejo seu, ou melhor, um capricho. Então se vai continuar escondendo do mim a verdade, você só tem duas opções, ou para de frescura e embarca com a gente para o Rio de Janeiro ou vai ficar aqui sozinha. Cansei de te tratar como a criança mimada que você ainda acha que é, portanto qual será sua escolha? – A pressionou, sem soltá-la de suas garras.

Tereza Cristina olhava para o marido, surpresa com sua reação, incapaz de articular uma só palavra. René era sempre tão passivo, atendendo a todos os seus caprichos.

RENÉ -Bom, então fica aqui bancando a deusa grega e eu vou voltar para casa com os meus filhos.

Ouvi-lo falar daquela maneira o deixou tão assustada, com um medo enorme de perdê-lo, em ser abandonada, com o coração apertado e angustiada.

TEREZA CRISTINA – Meu amor pelo amor de Deus não faz assim...não faz assim! Olha eu vou voltar com vocês. – respondeu derrotada, tremendo e forças para contra-argumentar, tendo ciência que não teria outra escolha senão encarar tia Iris e o seu passado.

RENÉ -Ótimo. Vai tomar um banho, veste uma roupa bem bonita e confortável e vamos fazer a nossa última refeição juntos, antes de embarcar.

Ele a soltou e Tereza Cristina foi para o banheiro, num andar trôpego, fechando a porta atrás de si.

Demorou muito menos que o esperado para tomar seu banho e se arrumar, porém permaneceu em silêncio o tempo todo.

Na mesa do café os meninos estranharam o seu silêncio.

PATTY -Você está tão quietinha mãe. – disse toda carinhosa, fazendo-lhe um afago na mão.

TEREZA CRISTINA -Só estou um pouco nostálgica. Ter passado esses dias aqui foi tão maravilhoso.

RENE Jr. -Foi mesmo. Por mim esticaria essas férias fora de época por mais uns dois meses.

TEREZA CRISTINA -Se conseguir convencer o seu pai, por mim poderemos ficar numa boa.

RENE -Por favor René Jr. toma o seu café e fica quietinho, fica.

RENÉ Jr. – Só estou sendo sincero, "uai"!

RENÉ -Acontece "mineirinho de araque", que você está tentando me dar uma volta para fugir da escola. Te conheço garoto, te conheço.

PATTY -E pelo jeito não é só o "Juninho" que quer ficar. A mamãe não está com uma cara nada boa. Não se preocupa não mãe, que podemos voltar num outro momento.

TEREZA CRISTINA -Para que voltar ao invés de ficarmos aqui de uma vez? – e se virou para o marido, com olhos tão pedintes, parecendo o Gato do desenho do Shrek.

PATTY -Nossa! Estou surpresa. Nunca vi a mamãe gostar tanto de um passeio. Acontece dona Tereza Cristina que nossa vida está toda no Brasil, no Rio de Janeiro.

RENÉ -Gente por favor, vamos mudar de assunto. Terminem logo o café de vocês enquanto vou fazer nosso check out e pedir para chamar um taxi para nos levar ao aeroporto.

Na hora do embarque, Tereza Cristina quase empacou na porta da aeronave e seguiu em frente irritada ao perceber os olhares de descontentamento da tripulação que queria entrar.

AS APARÊNCIAS ENGANAMOnde histórias criam vida. Descubra agora