Capítulo 21 - Pacto

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FERDINAND -Não entendo o que a Madame viu nesse banana do marido dela! Uma mulher fogosa como ela, precisa de um homem de verdade assim como eu, mas essa gata selvagem não perde por esperar. Quando voltarem dessa tal viagem repentina, vou mostrar umas coisinhas para ela. – Disse a si mesmo, ao ver a foto que René Jr. postou em suas redes sociais.

Desde que fora contratado para trabalhar como segurança particular para a família Velmont, Ferdinand a desenvolver uma obsessão por sua patroa. Como só tinha olhos para René, Tereza Cristina nunca percebeu os seus interesses, que despertava os desejos mais obscenos.

A loucura era tanta, que chegou a roubar uma de suas camisolas e sempre que queria sexo contratava uma garota de programa e sua exigência era que ela vestisse a camisola, sem contar que as chamava de madame ou de Dona Tereza Cristina.

Sua coleção de roupas de dormir era tão vasta que nem se deu por falta.

Enquanto estava em frente à casa um taxi parou e de dentro saiu tia Íris, alegando que queria visitar sua sobrinha tão querida.

FERDINAND -Sinto muito senhora Alonso, mas a madame não está.

ÍRIS -Como não está? Onde será que aquela matusquela, digo, aquele doce de criatura foi?

FERDINAND -Ela viajou com a família toda. Foram para a Grécia! – respondeu em tom de deboche, deixando claro seu descontentamento.

ÍRIS -Maldita! – Esbravejou de modo espontâneo

FERDINAND -O que disse senhora?

ÍRIS – Foi isso que Tereza Cristina mandou dizer não foi? Só para não me receber. Ela está fugindo de mim.

FERDINAND -É verdade. O filhinho dela postou uma foto da família feliz em terras gregas. Agora me diga senhora, por que a madame fugiria?

ÍRIS -Você faz perguntas demais meu rapaz! Nem sempre é interessante saber de tudo. E quando é que a família feliz retorna?

FERDINAND -Acredita que a madame me contou quando nós duas estávamos fazendo as unhas e penteando os cabelos uma da outra – Disse com sarcasmo – É óbvio que ela não me contou. Achei estranha demais essa viagem.

ÍRIS -Deveria ser mais educado meu jovem. Vejo em seus olhos, o quanto está frustrado com esse passeio repentino e posso até imaginar o porquê.

Ele não disse nada, apenas olhou para ela em tom interrogativo.

IRIS -Sou velha, mas não sou tola. Desses meus lindos olhos não escapam nada e vi como olha para minha sobrinha, que sente desejo por ela.

FERDINAND -Senhora, eu...

IRIS -Não precisa dizer nada meu querido. Não queira justificar o injustificável. Só lhe digo uma coisa, quem sabe se você me ajudar eu não lhe ajude a conquistar a mulher que tanto deseja e separá-la daquele maridinho tonto e idiota.

VILMA -Minha senhora, eu não posso ficar a vida inteira te esperando. O tempo urge! A senhora vai ficar ou não.

IRIS -Oh my God, como as pessoas dessa terra indígena não tem paciência. Já estou indo, já estou indo. – esbravejou para a taxista que estava bastante impaciente – Quanto a você meu caro, só lhe digo uma coisa, comigo só terá a ganhar.

 – esbravejou para a taxista que estava bastante impaciente – Quanto a você meu caro, só lhe digo uma coisa, comigo só terá a ganhar

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CRÔ -Por que será que não vejo com bons olhos essa megera conversando com esse troglodita? – murmurou enquanto fingia que varria o gramado, tentando ouvir a conversa.

Crodoaldo ouviu que um carro havia parado bem em frente a mansão e não gostou nem um pouco quando reconheceu a voz da tia Iris.

Ele também não gostava de Ferdinand. Mesmo não dando nenhum tipo de problema, o homem não lhe inspirava confiança. Se enojava pela maneira que olhava para Tereza Cristina e nunca a deixava sozinha para protegê-la. Agia como um gavião, esperando uma oportunidade para dar um flagra naquele monte de músculos, desejando que cometesse alguma falta para ser despedido.

Não conseguiu entender o teor da conversa, abafada pelo motor do carro que estava ligado, mas não pode deixar de ouvir a risada sarcástica da megera e um sorriso enigmático no canto dos lábios de Ferdinand.

Temendo que ela voltasse ou que o segurança pudesse entrar na casa, Crodoaldo pegou todos os documentos, os notebooks de Tereza Cristina e de René, dólares e joias e as guardou no cofre que ficava no fundo falso da parede do closet, totalmente camuflado e imperceptível.

Somente ele, René e Tereza Cristina sabiam da existência daquele cofre.

Ele sabia que não poderia facilitar em nada e cumpriria à risca o que prometeu a seus patrões, que tomaria conta da casa como um fiel cão de guarda.

            Ele sabia que não poderia facilitar em nada e cumpriria à risca o que prometeu a seus patrões, que tomaria conta da casa como um fiel cão de guarda

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