AS APARÊNCIAS ENGANAM

Capítulo 43 - D.R.

René estava saindo do banho apenas de cueca quando ela entrou na suíte master. Tereza Cristina olhava para ele como se o scaneasse pensando na melhor estratégia em como abordar o marido.

Ela o abraçou por trás, alisando seu abdômen quando ele pegava algo para se vestir. René se esquivou do abraço, deixando-a atônita.

TEREZA CRISTINA -Não acredito René Velmont que ainda está bravo comigo! Você nunca se esquivou de um abraço meu.

RENÉ -E como gostaria que eu estivesse Tereza Cristina? Te enchendo de beijos, fazendo amor enlouquecidamente como sempre acontece cada vez que a gente briga?

TEREZA CRISTINA -É o mínimo! Meu amor, nós não podemos deixar que algo tão pequeno interfira na nossa relação.

RENÉ -Qualquer coisinha? É isso mesmo que você está dizendo? Tereza Cristina você passou de todos os limites da tolerância e sinceramente não acho que seja o melhor momento para gente conversar. Estou com a cabeça cheia de coisas e ainda com muita raiva.

TEREZA CRISTINA -Isso não é justo René! Não vou tolerar essa frieza de tua parte e tudo isso por causa daquela naja de bigodes, aquela mulherzinha tão insignificante, que tem feito da nossa vida um verdadeiro inferno.

RENÉ -Tem certeza de que é a Griselda quem tem feito na nossa vida um inferno?

TEREZA CRISTINA -O que você quer dizer com isso René? – perguntou com medo de encará-lo.

RENÉ -Que eu estou farto dos teus chiliques, desse seu comportamento mimado e egoísta. Cansei de ser um brinquedinho na sua mão, que você manda e desmanda. Passei uma vida inteira fazendo todos os teus caprichos e o quanto eu pude de fato contar com você?

TEREZA CRISTINA -Não seja ridículo René Velmont, te dei meu nome, montei um restaurante do jeito que você queria porque esse era o teu sonho.

RENÉ -Um restaurante que está em seu nome, que faz questão de dizer que é seu, que nunca quer saber dos problemas, só do glamour. Não me acompanha em absolutamente nada. você parece que ainda não se deu conta Tereza Cristina que não é mais uma jovenzinha despirocada e mimada que faz o que dá na telha, que esperneia até ter aquilo que quer. Agora você é uma mulher de mais de 40 anos que precisa aprender a se comportar como tal.

TEREZA CRISTINA -Nunca fui tão insultada em toda a minha vida! – berrou – dando murros no peito do marido – e tudo isso por culpa daquela ANTAAAAAA, HIENA, BRUACA, BIGODUDA! EU QUERO QUE ELA MORRA!

RENÉ -CHEGA TEREZA CRISTINA! CHEGA! Não culpe a Griselda de um problema que é nosso e um problema de muitos anos. A culpa é minha também por você agir dessa maneira. Sempre passando a mão na tua cabeça, colocando em panos quentes, mas eu estou no limite! – Esbravejou, segurando-a com força que a todo custo tentava se livrar das garras do marido.

Ao se soltar ficou andando de um lado para outro, inconformada com o comportamento inédito de René e àquela altura seu ódio por Griselda só crescia.

Enquanto discutiam, Crodoaldo ouvia toda a conversa atrás da porta e tia Iris ouvia de seu quarto que era ao lado do quarto do casal.

Aquela situação não poderia ser melhor e seria uma questão de dias conseguir o que tanto queria, dinheiro e acabar com a vida de sua sobrinha.

Mais que depressa ligou para seu cúmplice a fim de colocá-lo a par das novidades e porque ele seria extremamente útil para o que planejava.

ÍRIS -Ferdinand meu querido, tenho novidades!

FERDINAND -Fala titia querida, o que é que manda!

IRIS -Não lhe dei a liberdade de me chamar de titia, tenha mais respeito.

FERDINAND -Ok! Qual é a novidade dona Iris?

IRIS -Os dois pombinhos dessa mansão estão nesse momento brigando e pelo jeito é coisa séria. O paspalho do René está realmente bravo com minha sobrinha predileta e ela está tão vulnerável então esse será o melhor momento para conseguir o que quer.

FERDINAND -Olha, que coisa boa. Sem dúvida foi a melhor notícia que me deu.

IRIS -Me encontre em 10 minutos na sauna, precisamos conversar pessoalmente e combinar o que iremos fazer. É bom que seja muito discreto para não ser visto.

FERDINAND -Pode deixar dona Iris, serei tão discreto quanto um camaleão.