Cap 11

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Dulce

Voltei para o Café com Josy. Fiquei até o fim do meu expediente ainda pensativa. Comecei a pensar porque não peguei o numero dele para tentar manter contato. Eu estava sendo bem atrasada quanto a encontros e tudo mais. Como eu pude congelar no tempo depois de me acomodar com Nick? Não, eu não posso continuar assim.

Cheguei em casa e fui comer. Eu estava morta de fome. Tomei meu banho dei uma última revistada na matéria da outra prova do dia e segui para a faculdade. Contabilidade geral, uma das outras matérias chatas. Eu sou boa em matemática, mas confesso que não curto tanto, mesmo tento escolhido a parte financeira da gestão. Segui para o polo da faculdade que não era tão longe, e sim, eu andava a pé para resolver praticamente tudo. Ter um carro ou moto era algo a se pensar.

Terminei a prova depois de mais de uma hora e meia. Tinha muitos cálculos! Minha cabeça já doia de tanto pensar. Me lembrei que era terça, e o Chris costumava tocar em um bar nas terças. Não ficava tão longe. Eu chamei um uber e fui até lá. Não estava tão bem arrumada, até porque eu fui fazer prova, mas precisava vê-lo. E saber porque não foi no café, dormimos juntos de uma maneira inusitada e eu queria quebrar esse gelo.

Seria legal também relaxar depois dessa prova chata. Cheguei no lugar que ele havia me dito, e entrei. Já podia ouvir sua voz e ao redor dele estavam algumas moças cantando feito loucas a música sertaneja do momento. Eu não gostei daquilo, mesmo que não tenhamos nada, eu não queria acreditar que ele era assediado.

Peguei uma mesa e fiquei sozinha tomando uma cerveja que eu pedi. Ele não me notou, mas alguns homens sim, até se aproximaram para tentar contato mas eu ignorei, queria mesmo era ver Chris cantar e depois conversar com ele. Depois de umas três músicas ele fez uma pausa, e quando desceu do mini palco ele acabou me vendo, e as moças não deixavam ele se aproximar. Eu disfarcei minha irritação tomando mais alguns goles, até que ele finalmente veio até mim.

— Oi.. — ele sorria com tanta facilidade que nem parece que ficou desconfortável comigo na noite anterior.

— Oi.. Chris... — Eu sorri bem boba, não estava sabendo disfarçar minha atração.

— Veio me ver cantar? — ele me da um beijo demorado no rosto.

— Sim, eu precisava relaxar pós prova, e me lembrei que estaria aqui... — espero que aquele "relaxar" não tenha soado mal como meu ataque um dia antes sobre ele.

— Entendo... — ele coça a cabeça — e foi bem?

— Creio que sim.. mas, eu queria saber porque não foi no café hoje, Eu disse alguma coisa que não devia? — mordi o lábio e vi ele me olhar.

— Não, eu precisei resolver umas coisas da casa nova, e acabei não tomando café. Depois que sai de lá foi uma correria. — ele diz e eu fiquei mais um vez sem graça, como eu estava o cobrando por não ter ido a uma lanchonete onde eu trabalho? Eu estou só piorando meu pai.

— Ah... tudo bem. Desculpe. — corei com facilidade.

— Sentiu minha falta? — ele sorri se aproximando.

— Sim... — eu disse o encarando e ele sorriu com a boca mais perto da minha. Ele ameaça um beijo mas logo uma pessoa o chama para retornar ao palco. Ele pisca nervoso e se afasta.

— Depois eu volto... mais algumas músicas e eu estou liberado, tudo bem?

— Claro.. não tem problema. — ele me da um selinho e se afasta. Eu já estava derretida com aquele homem. Ele estava tão cheiroso e arrumado. Não é atoa que ele é cobiçado.

Terminei aquela cerveja e chupei várias balas. Eu odiava estar com esse hábito de bebida e queria impressionar no próximo. Não acredito que fui inventar de beber. Fui ao banheiro me ajeitar e voltei para a mesa. Rejeitei mais um cara chato que queria dançar. Christopher cantava me olhando em algumas vezes. Quando ele ria no meio de alguma música eu sentia um calafrio. Fiquei mexendo no celular e encarando ele assim como ele me encarava.

Depois de alguns minutos ele finalizou e agradeceu ao público. Tirou algumas fotos que o dono pediu, e depois se aproximou de mim.

— Agora estou liberado, Senhorita. — ele riu e Ah, esse senhorita dele me mata.

— que bom, mas acho que só eu comemorei. O pessoal queria mais. — eu disse olhando para algumas mesas.

— Ah, mas agora eu tenho que relaxar também, não acha? — Meu Deus, porque eu estou entendendo besteira com esse comentário?

— É claro. — eu disse

— Vamos dar uma volta então. — ele pega na minha mão. — onde quer ir?

— Qualquer lugar Está ótimo. — meu lado libriano não me deixa dizer nada concreto.

— Eu estou com fome, quer comer um lanche ou pizza?

— Pizza... — eu disse para mostrar que sou mais decidida.

— Ótima escolha.. — ele me abraça pela cintura e vamos até o carro dele.

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SENHORITA | Vondy Onde histórias criam vida. Descubra agora