SENHORITA | Vondy

Cap 16

Christopher

Acordei abraçado com Dulce. Não sei se é cedo pra dizer, mas eu gosto muito dela. De uma forma diferente. Vê-la dormindo era uma paisagem. Minha última ficante, vulgo Maite não era nem um pouco parecida com ela. Apesar da beleza, é uma moça muito fútil e grudenta. Eu odeio mulheres assim.

Grudenta eu até suportaria, mas se fosse uma companhia agradável. Coisa que ela não era. Não estou querendo cuspir no prato que "comi", mas verdades precisam ser ditas. Eu decidi preparar uma mesa de café simples para Dulce. A  moça que vem roubando meus pensamentos  nos últimos tempos.

Já que era ela quem me servia café, eu precisava retribuir ao menos uma vez. Comprei alguns croissant na padaria ao lado, fiz uma café tradicional, e trouxe também pães de queijo. Eu espero que ela goste.

Montei rápido e acordei ela com alguns beijos. Eu espero não estar parecendo um bobo apaixonado, mas eu queria deixá-la feliz.

Ela sorriu quando acordou com meus toques e me abraçou.

— Bom dia.. — eu disse.

— Bom dia... — ela sorri meio tímida pela claridade que já batia em seu rosto.

— Eu, preparei algo pra você... — digo de pé e ela se levanta.

— O que?! Estou curiosa... — ela sorri. — eu vou só ajeitar essa cara e já vou.

— Você nem precisaria fazer nada, é uma obra de arte acordar com uma mulher tão linda. — eu queria ser legal e também estava sendo sincero.

— Uau.. obrigada... — ela cora com o elogio. A essa altura do campeonato ela não entendia o quanto é bela!

Fico esperando ela na sala, assim que surge ela sorri vendo a pequena mesa que preparei para nós.

— Hmmm.. que delícia.. — ela sorri se sentando.

— Eu espero que goste do café. Sempre que dormir aqui você será bem tratada. — eu a abracei por trás quando ela sentou.

— Então quer dizer que está me dando passe livre pra voltar? — ela sorri satisfeita.

— Sempre. — eu sorrio e deposito um beijo em seus lábios.

— Eu voltarei, se é isso mesmo que você quer. — eu comemorei por dentro, afinal ela não era apenas um corpo bonito, era bem mais do que eu imaginava.

— Eu amo pão de queijo, e croissant então nem se fala! — ela arregala os olhos e prova um.

— E o meu café, é Bom? — perguntei assim que ela provou.

— Se é bom? — ela pausa pra responder — você que devia trabalhar em café. Desculpe, você arrasa na música, mas esse café está incrível! — ela diz tomando mais um gole.

— Opa.. que bom. — sorrio.

Ficamos um tempo conversando e vendo tv. Ela disse que precisava ir, tinha algumas coisas pra fazer e eu não pude impedi-la.

(...)

— Eu te levo em casa... — digo quando chegamos a porta.

— Ah, não precisa. Eu já te explorei demais esse fim de semana. — ela sorri.

— O modo como me explorou, não foi nem um pouco ruim. — eu disse ao pé do seu ouvido e pude notar ela arrepiando.

— Então.. tá... — ela ri tímida depois da mordidinha que eu deixo em sua orelha.

Deixei ela em casa e voltei. Precisava também dar um jeito em toda aquela bagunça. Ela bem que me ajudou a recolher algumas coisas da noite anterior. Mas eu insisti para que eu mesmo arrumasse depois.

Enquanto eu ensaiava algumas canções que eu cantaria na semana, vi que meu celular não parava de apitar. Pela foto eu vi que era Maite. Ela não superou o fora até hoje. Vive mandando mensagem e aparecendo nos bares atrás de mim. Só espero que ela desista, eu não aguento mais rejeitá-la.

Dulce

Eu parecia estar nas nuvens. Nem reclamei do almoço em família que eu tinha que ir. Era aniversário do meu tio e minha mãe e meu paí faziam questão da minha presença. Eu fiquei um tempo lá e depois fui me encontrar com Christian. Esse sim queria conversar mais do que nunca.

Não podia deixar meu amigo curioso, ele seria capaz de me matar se eu continuasse com o suspense.

— Maria do céu, que boy mais maravilhoso. Eu to em choque!

— E eu, então. Ele é demais.. — digo suspirando

— Acha que isso vai evoluir amiga?

— Para um namoro?

— É claro..

— Eu não sei. Espero muito que sim. Não falamos sobre isso. Mas hoje acordando com ele eu tive essa sensação de que parecíamos namorados. Ele preparou até um café pra mim. — digo sorrindo.

— Aí que delícia! Então é porque você fez gostoso amiga. Homem quando gosta ele também demonstra. — só consegui rir das expressões dele.

— Eu acho que gostou... mas, sabe que nem eu mesma me reconheço? Ontem antes de sair, o Nick me procurou...

— De novo aquele embuste? Ah não! — ele se irrita

— Pois é, mas... eu fui tão taxativa com ele. Falei tudo que penso e que não existirá mais nada entre nós. E mesmo assim ele disse que ainda vai me esperar... ele tá maluco!

— Está mesmo! Bem capaz que depois de ficar com aquele Deus grego você irá querer saber dele! Ele pode ser gato também, mas não como o seu crush cantor. — ele dizia e me fez rir.

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