SENHORITA | Vondy

Cap 9

POV Dulce

Fui para casa mais cedo, me adiantei com a organização das coisas e depois segui para a faculdade. Só ia lá para fazer provas, e nunca estive tão tensa em toda minha vida. Já fazia alguns dias que a minha cabeça estava uma loucura. Término, novo affair, provas, boletos, eu já estava ficando louca realmente.

Fiz duas provas uma de matemática financeira, e outra de controladoria, duas matérias diferentes. Levei quase 3 horas fazendo as duas, e depois fui pra casa. Meu olho já estava fechando quando cheguei. Fui logo fazer um miojo, pois a fome estava maior que o sono. Depois de comer e cochilar minha companhia toca.

Eu não estava nem um pouco afim de receber ninguém, ainda mais que eu já estava praticamente dormindo na sala. Antes que eu desista eu ouço a voz do outro lado dizer meu nome.

— Dulce, sou eu, o Chris. Pode abrir, por favor?

Se eu posso? Aí meu Deus, eu estou toda descabelada, com mau hálito deitada no sofá! Não, literalmente eu não posso abrir!

— Espere, só um minuto. — eu disse meio gritado enquanto corria contra o tempo e dando um jeito nessa cara de sono. Escovei meus dentes em velocidade máxima e penteei os cabelos. Corri e abri a porta.

— Pronto, desculpe a demora. — dou um sorrisinho sem graça e ele franzi a testa.

— Eu... queria conversar, saber como você foi nas provas, espero não ter te acordado ou atrapalhado... — ele me encara

— Não imagina. Eu não estava fazendo nada... mas entre, vamos conversar, eu realmente preciso disso. — se eu soubesse que ele viria eu me arrumaria melhor.

— Tá, claro. — ele entra e eu fecho a porta. Olha eu ficando nervosa novamente. Ele percebe que eu estou meio aflita e me pega pela mão.

— Tá bem mesmo? — ele sorri desconfiado

— Sim... — eu sorrio.

— Suas mãos estão frias, não está nervosa comigo, está? — ele pega minhas mãos e as aproxima do rosto dele. Ao tocar aquela pele macia e quente meu mundo parece parar. Eu olho para ele que naquele instante me passou a maior paz do mundo.

— Eu estava, não estou mais.. — digo sorrindo e ele se aproxima. Ele me procurou porque gostou do meu beijo, então eu não precisava me sentir insegura com ele ali, mesmo que sua voz, seu olhar penetrantes me deixem desconcertada.

Ele me beija com calma e com carinho, com Nick fazia tempos que isso não acontecia. Eu mau conhecia aquele homem, mas ele estava me ganhando muito fácil.

POV Christopher

Eu precisava ve-la novamente. Sentir aquela boca doce, quente e tão delicada. Uma moça bonita que roubou os meus olhares aquele dia no café. Desde que a beijei eu sentia que queria mais. Mas a companhia dela também é a melhor. Conseguimos conversar sobre tudo, absolutamente tudo. Seu olhar é um pouco triste, eu imagino que seja algo sentimental que já viveu. Dulce muita das vezes se mostra tímida, em outros momentos mais aberta e livre.

Eu quero que ela se sinta bem, se sinta melhor, pois ela já me faz bem. Em poucos dias eu posso dizer que encontrar alguém que me faz bem de um jeito diferente.

Quando decido ir a casa dela, logo me lembro que ela havia feito provas, talvez até estivesse dormindo pelo horário, mas eu queria muito beija-la de novo.

Para minha sorte nós moramos bem perto, vou caminhando por alguns minutos até chegar na pequena casa onde ela mora. Bato na porta e ela demora a responder, mais uma vez minha consciência diz que ela estava dormindo. Mas logo ela me atende, e ela estava sorrindo, e pude sentir suas mãos frias nas minhas, naquele momento eu percebi que ela precisava me ver também, e queria isso.

Depois de beijarmos por alguns minutos, eu a abracei forte, Dulce estava me agarrando com vontade também. Rapidamente seu olhar voltou para o meu e esse brilho estava diferente. Eu podia jurar que ela estava com olhar de desejo, mais eu jamais diria isso assim.

E era isso mesmo, porque antes que eu voltasse a dizer algo, ela me agarrou com vontade. Dulce me beijou de um jeito feroz. E não que eu não gostasse, eu sou homem e aquilo pra mim era muito bom. Mas ela estava reagindo daquele jeito por pura carência. Estar com um homem diferente em meses estava lhe fazendo bem, e pelo que eu entendo das mulheres ela queria se explorar comigo, sentir outros prazeres e se sentir amada, desejada. Eu interrompi o beijo e sorri pra ela.

— Você está querendo me dizer algo? — digo olhando em seus olhos.

— Não, só quero ficar com você. Chris... — ela me olha com intensidade. Eu então a abraço e sentamos no sofá. Enquanto ela deita sua cabeça no meu peito eu vou dando beijos no seu cabelo cheiroso e macio. Ela estava carente como eu pressenti. Apagou no meu braço e eu não tive coragem de acorda-la. Acabei dormindo também.

<•>