SENHORITA | Vondy

Cap 56

Dulce

Vocês conseguem imaginar com foram meu últimos anos? Bom, eu vou tentar resumir. Na vida amorosa, eu não consegui evoluir. Depois de ter sofrido por mais de 2 anos a falta de Christopher, eu não engatei nenhum namoro mais.

Me envolvi com poucos homens, coisa de um dia ou outro. Nada que envolvesse sentimento. Na vida profissional eu até que consegui evoluir. Faz 1 ano que eu abri minha própria empresa. Com o fim da faculdade de gestão financeira, eu consegui abrir meu próprio escritório na área de consultoria financeira, graças a pós que eu fiz depois da faculdade.

Eu sai do Café do Seu Marcos com o coração na mão. Eu adorava minha rotina com as meninas, mas eu precisava começar a atuar na área. Desde que me formei e comecei a trabalhar por conta própria, tudo mudou.

Eu costumo dizer que as experiências me fizeram mais fortes. Hoje com 27 anos, eu me sinto mais madura, forte e teoricamente, feliz. Se não fosse as vezes em que Christopher surge em minha mente.

Vocês devem estar curiosos pra saber dele, se voltamos a nos falar nesse tempo. E não, não consegui. Anahi e Alfonso queriam muito que desse certo a volta, mas ele mesmo se ausentou de vez da cidade, quase não vinha aqui, pelo que eu sei.

Ficou famoso, rico, e já deve estar com outra e feliz. Já eu, não sei quando serei de fato feliz como fui um dia.

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Minha rotina atual é bem tranquila. Eu levanto cedo, vou à academia e depois sigo para meu escritório. Atendo até as 18h e depois sigo de volta para casa. Fico brincando com minha nova companheira, minha cachorrinha que tem nome de Meg.

Fico vendo tv, tomando um vinho e depois eu durmo. Talvez essa seja a realidade de uma jovem solteira, ou talvez seja apenas a minha realidade mesmo.

Depois de mais um dia rotineiro, eu me deitei no sofá, sempre com o notebook do lado. Estou sempre respondendo clientes e ajudando amigos com minhas dicas de finanças da internet. Meu perfil até começou a crescer por isso.

O celular tocou e era Anahi. Minha amiga de longa data que foi uma parte importante na minha luta contra a ansiedade e depressão pós relacionamento com o Christopher. Acredite, eu terminei para minha saúde pessoal, e só piorou. Com ele e sem ele eu não estava nada bem.

(...)

— Que saudades amiga! — eu disse abrindo a porta da casa pra ela.

— Eu também. Olha só... você trocou os móveis.. sua casa está ficando linda. — ela entra admirando. E graças ao meu trabalho eu estava conseguindo trocar tudo.

— Obrigada. Vem senta, vou pedir alguma coisa pra gente comer. O Alfonso não quis vir? — disse perguntando por ele que a tempos também se tornou um amigo.

— Na verdade ele está ocupado. Teve um compromisso. — ela não quis entrar em detalhes e eu não perguntei.

— Bom, então vamos conversar.

Fazia mais de duas semanas que eu não a via. A correria do dia a dia, os trabalho não permitiam. Ficamos um bom tempo na sacada da minha casa, comendo e tomando drinks.

Christopher

Com o acidente de Luiz, eu me vi sozinho. Corri atrás de ajuda com meu novo espaço em São Paulo e lembrei que Alfonso trabalha como contador. O procurei e aproveitei para colocar o papo em dia. A tempo eu não tinha uma conversa tão agradável com alguém.

Meu primo sempre foi um bom homem, eu é que me afastei por motivos meus, vergonha, medo....

— Eu preciso ir agora Chris... Foi bom conversar..

— Sério? Fica mais um pouco...

— Não, eu fiquei de buscar a Anahi da casa da Dulce... — ele diz se levantando.

— Na casa de quem??? — a quanto tempo eu não ouvia aquele nome, exceto nos meus pensamentos, quando eu mesmo dizia.

— Da... Dulce. — acho que ele esqueceu que fomos namorados e para ele parecia algo muito comum.

— Ah... eu, não a vejo e não sei como ela está... já se passou tanto tempo. — revirei os olhos e me entristeci lembrando.

— Desculpa, eu esqueci completamente de vocês dois.. mas... ela tá bem... — ele ficou sem graça

— Bom... que bom... — foi o que consegui dizer. Lembrar dela me balançava e muito.

— Então eu vou nessa. Nos vemos outro dia com mais calma, ou você aparece lá em casa, quando quiser. Agora que vai ficar por aqui vamos nos esbarrar sempre.

— Então ate mais.

Alfonso foi e eu comecei a refletir. Sabia que poderia me esbarrar com ela, ou até mesmo ouvir falar seu nome por aí. Mas não achei que seria tão rápido.

Eu gostaria de saber como anda sua vida, seria bom para me tranquilizar, de certo modo eu ainda me culpo. E deve ser por isso que nunca mais namorei sério. Ela foi a primeira e única no meu coração.

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Um pequeno salto no tempo. Dizem que ajuda a curar as dores do amor...