Cap 58

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Dulce

No dia seguinte, a rotina foi a mesma. Acordei com algumas mensagens de Josy. Como eu sinto sua falta. Minha amiga está quase se casando com Eddy, e eu pensando que ele fugiria dos compromissos.

Na verdade eu me surpreendi com tudo, achei que a minha vida seria perfeita e não tem sido. Não estou reclamando, me sinto bem com a vida profissional que tenho, minhas conquistas.

Mas para mim, o amor sempre teve um papel muito importante na vida de alguém. E ter alguém para a amar e ser amado era sim tão bom e tão essencial. Mas eu desconheço isso em mim.

Me fechei completamente depois de Christopher. Eu não sei ele, mas ainda não superei nossa história. Me pego pensando em tantas coisas, e aí acabo desistindo e logo marco de me encontrar com Bruno. Era a minha maneira de esquecer ele, sempre surgia na minha mente.

(...)

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— Amiga, que horas você vem? — anahi me ligou perguntando da festa.

— Vou assim que sair do escritório, você precisa de ajuda? — logo me lembrei de quando nos conhecemos, foi exatamente num dia nesse.

— Vou amiga, se puder... Poncho convidou Deus e o mundo desta vez não foi supresa!

— Entendo. Até mais tarde então.

— Até...

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Eu prometi que iria direito para casa dela, mas não foi o que eu fiz. Passei em casa, tomei um banho e me vesti melhor. Bruno queria ir comigo, mais eu o convenci que em outro dia iremos nos ver.

Fiquei ajeitando o cabelo e segui para a garagem, entrei no carro e fui para casa deles.

Cheguei e ela ja me recepcionou.

— Amiga.. que bom que você veio cedo, pensei que fosse me abandonar... — ela sorrir na porta.

— Capaz, amiga, eu nunca fiz isso e não será agora. E cadê o Poncho? Ja quero entregar meu presente a ele...

— Ele tá lá em cima terminando de se arrumar, eu vou mandar ele descer... — ela diz subindo as escadas e eu ja fui ajudar a colocar as coisas no lugar.

Já tinha muitas cervejas, alguns petiscos e eu fui organizando tudo nas bandejas dentro da geladeira.

(...)

— E aí Dul... — poncho aponta. — Como está? — ele me abraça

— Estou bem.. feliz aniversário. — entrego seu presente.

— Olha, não precisava se incomodar... mas adorei. — era um perfume muito bom que eu havia escolhido para ele.

— Imagina, você merece... bom, eu vou ao banheiro e já volto.

— Tá bem...

Narradora

— Amor... — Alfonso sussurra.

— o que foi Poncho? Você ficou branco de repente.

— Eu acho que fiz besteira... — ele fica sério

— Como assim?? — ela arregala os olhos

— Eu convidei o Christopher para vir.. se lembra que ele voltou para São Paulo?

— Sim.. você tinha me dito. Mas... e agora? Se ele aparecer a Dulce vai ter um treco!

— E ele também. Tive com ele e por acaso comentei que você estava na casa dela, ao ouvir o nome da Dulce ele mudou tadinho... ele ainda gosta dela.

— E ela dele... mas ela sofreu tanto... Tomara que ele não venha. Um encontro dos dois nesse momento não seria legal.

— Eu já acho que eles precisam conversar... mesmo sabendo que fiz errado... já passou tanto tempo. Não faz mal uma conversa.

— Olha, ela ta voltando. Morreu o assunto. — ela o belisca.

— Voltei. O que mas você precisa que eu faça? — Dulce sorri

— Vamos ajeitar la fora... — ela puxa Dulce pelo braço e sai.

Christopher

Alfonso me ligou dizendo que quer muito que eu vá ao seu aniversário. Eu não estava no clima. Com tanta preocupação com minha gravadora eu não tinha cabeça. E de quebra Luiz estava quase sobre meus cuidados.

Mas ele insistiu, e eu concordei que precisávamos conversar mais, colocar tudo em dia. Eu devia isso a ele, que me acolheu quando eu precisei no passado.

Tomei um banho, me arrumei com a intenção de esquecer as preocupações. Eu precisava voltar a frequentar outros lugares, festas...

Desde que comecei a cantar em torno do país eu fiquei apenas curtindo, e recentemente eu parei. Precisava diminuir o ritmo.

Agora estou a caminho da casa deles, a música no carro me animou, acelerei e logo cheguei. Estacionei meu carro e ja tinha alguns outros parados lá. Pra não dizer que quase todo mundo já havia chegado.

Fiquei meio tímido com tanta gente e tratei de procurar Alfonso, mas só achei sua mulher, Anahi.

— Christopher... quanto tempo. — ela não parecia nada surpresa comigo lá, acho que já sabia que eu iria.

— Tudo bem? — a cumprimento.

— Sim e você? — eu aceno sorrindo — vem, fique a vontade, Alfonso já vem...

Anahi se afasta e eu fico sentado em um dos sofás da sala. Alguns minutos depois passou uma moça servindo bebida e eu peguei uma. Alfonso já estava vindo, mas não era dele minha atenção agora.. De longe eu vi ela, a razão dos meus pensamentos, sonhos e até pesadelos.

Não imaginei que ela soubesse o que era limite de beleza... os anos só lhe fizeram bem. Os cabelos estavam maiores e mais claros. O vestido realçava suas curvas que sempre foram marcantes.

As pernas estavam mais torneadas, provavelmente está malhando. Seu sorriso era inconfundível e por um segundo meu pensamento se invadiu nele novamente. Ela se virou de lado e acabou me notando. O que eu menos queria era que ela me notasse como um bobo outra vez.

Vi seu olhar fugir do meu, parecia com medo, com receio. Eu respeitei e entendi o recado. Ela não queria contato, mas isso eu já não podia prometer.

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Amanhã tem mais... comentem e votem.

SENHORITA | Vondy Onde histórias criam vida. Descubra agora