SENHORITA | Vondy

Cap 80

Dulce

Estou explodindo de felicidade! Passei os melhores dias da minha vida nos últimos anos, graças a ele, o Chris que um dia roubou meu coração. Trocamos muitas declarações, que pareciam entaladas a muito tempo. Eu o perdoei mais uma vez, e ele me ouviu entendendo que eu também errei.

Apesar de estar feliz que agora estamos nos acertando, minha preocupação maior era meu pai. Enquanto outro exame não fosse feito, aquilo não sairia da minha cabeça. Christopher até me tranquilizou quanto a isso, mas é inevitável sofrer antecipadamente.

Na manhã de segunda, eu acordei super motivada e corri para a academia. Nick estava me esperando para começar os treinos. Eu estava com tanto gás que ele logo notou.

(...)

— Agora sim parece a Dulce que eu conheço... foco!! — ele dizia enquanto eu agachava com pesos nas mãos.

— Você nem imagina, mas agora minha vida tá tomando forma de novo. — eu digo sorrindo de lado mesmo fazendo esforço com os pesos.

— Olha... — ele sorri surpreso — não me diga que se entendeu com o Christopher? — ele cruza os braços.

— Exato! Estamos nos entendendo e acho que agora tudo faz sentido...

— Que ótimo... agora descansa. — ele encosta no meu ombro me fazendo parar o exercício.

— Argh... — eu suspiro cansada — eu to radiante... preciso vê-lo de novo!

— Que coisa em... só assim pra você ficar bem de novo.

— Queria que você estivesse errado. — eu olho de lado.

— Espera, meu celular tá tocando. — eu pego o celular que estava sob um aparelho.

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— Alô?

— Amiga, sou eu, Josy. troquei de numero.

— Oi amiga... saudades. Pode deixar que vou salvar.

— saudades também garota, que dia podemos nos ver?

— Quando quiser. Hoje mesmo que tal? Vai lá pra casa!

— Pode ser a noite?

— Melhor, eu saio do trabalho no fim da tarde.

— Umas oito então?

— Perfeito amiga, vou te esperar!

— Tá bem, gatinha. Beijo...

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— Era a Josy. — eu digo sorrindo

— Poxa quanto tempo não a vejo.

— Eu também não tenho visto ela com frequência, nossas rotinas são diferentes agora. Enfim, acho que vou pro trabalho.

— Opa... ainda faltam 2 exercícios! — ele me repreende.

— Ah não... — murmuro e deixo o celular de lado.

Passo a manhã no escritório. Recebo alguns clientes e continuo fazendo boas postagens no Instagram. Bruno mandou mensagem mas eu ignorei. Agora é ele quem quer conversar? Pois eu não quero!

Christopher

Passei o dia todo na gravadora. Apesar de ter muito trabalho minha cabeça estava ocupada com ela ali dentro. Eu não conseguia desvia-la da minha mente, e acho que foi bom pois eu precisava me ocupar com algo que eu realmente goste, e ela era tudo e muito mais.

Toda preocupação com os negócios e com Luiz fugiam quando eu estava perto dela ou pensando nela, e era o que eu queria. Enquanto eu estava no estúdio ouvindo um músico, eu acabava de combinar com Marlon por mensagem a minha ida ao Rio na semana que vem. Estava quase tudo certo, exceto que eu ainda iria confirmar com Dulce a minha ida.

Liguei pra ela a tarde e não demorou a atender.

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— Oi...

— Oi Dul. Tá ocupada?

— Não... pode falar.

— Primeiro quero saber como você está?

— Ah.. estou bem. Melhor agora que você ligou. — eu sorrio ouvindo.

— então sendo assim eu também fico...

— bobo... o que houve?

— Se lembra da minha ida ao Rio?

— Sim. Você já tem data?

— Já. Eu vou precisar ficar lá por alguns dias, menos de 10. Além dos meu compromissos com a gravadora eu tenho uma reunião com o Marlon, o cara da boate...

— Sim. Eu me lembro.

— Você quer ir comigo?

— Não posso... tenho clientes já marcados. Mas obrigada.

— Sendo assim eu tinha que te contar, espero que não sinta muito minha falta..

— Ah... convencido! — ela ri — Eu vou sentir sim, mas sabendo que você volta eu fico melhor.

— Obrigado... tem mais uma coisa.

— Diga..

— Pode ir visitar o Luiz nesse período? Eu me preocupo com ele...

— Mas é claro, deixa comigo!

— Ok, então. Até depois.

— Até depois. Beijos.

— Mil beijos.

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No fim do dia eu já estava em casa, conversando com Luiz eu fiquei mais aliviado. Ele disse que o fisioterapeuta notou grandes evoluções na perna dele, e se tudo der certo em pouco tempo ele estará de pé. Isso era uma grande evolução, eu tinha quase certeza que tudo pioraria.

(...)

— Já disse que vou ficar bem, eu não sou um bebê. — Luiz me corrige.

— Sendo assim... eu vou te deixar sobre cuidados da Dulce, que virá te ver sempre.

— Não acredito que você tumultuou ela com meu problemas. — me olha zangado.

— Qual o problema? Você adora conversar com ela, e ela sempre veio aqui...

— Eu sei.. mas não gosto da ideia de "força-la" a vir..

— Força-la? — eu rio — ela adora você, não comece. — reviro os olhos.

— Já contou a ela que você fez teatrinho pra aproxima-la de ti? — não entendi como ele mudou de assunto tão rápido.

— Claro que não. Eu... eu, não gosto de pensar que forcei a barra, mas foi preciso. Esqueça isso em... — lhe encaro.

— Tá.. como quiser.

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