Dulce
Anahi foi embora e eu continuei no sofá até sono vir e eu ir dormir. Eu tive um dia bem exaustivo e precisava descansar.
No meio da noite eu acordei assustada, tive um sonho com Christopher. Isso pode parecer estranho, mas depois que terminamos eu costumo sonhar com ele as vezes. Eu não entendo, acho que possa ser que tenha me marcado muito tudo que vivemos.
Levantei da cama, super disposta. Agora que eu acostumei com essa rotina de treinar pela manhã eu vou toda feliz. Meu personal ainda é Nick, meu ex namorado, que está casado e até com um filho a caminho.
Isso pode soar estranho, mas ele se tornou um grande amigo depois que terminamos e ele amadureceu. Sua esposa se chama Grace, é uma moça que começou a trabalhar na academia e acabou conquistando coração dele.
Cheguei lá e tinha treino novo, eu estava em jejum como em todos os dias, eu costumo treinar assim e me faz bem.
(...)
— Bom dia Srta. um homem bonito diz passando por mim na entrada da academia. Eu gelei pois quem me chamava assim era Chris, meu único e verdadeiro amor. Será que eu nunca vou esquecê-lo? Até hoje eu penso nele.
— Bom dia.. — eu respondo
Entrei e deixei minhas coisas no vestiário, e encontrei Nick conversando com um aluno e o chamei de longe.
— E aí Dul, animada para o treino de hoje? — ele comemora.
— Você parece bem mais animado. — digo revirando os olhos.
— Vamos, se anima! — ele me cutucou e fomos começar um alongamento.
Treinei por mais de hora e depois voltei para o vestiário. Tomei um banho e me troquei. De lá eu já ia para o meu escritório. Enquanto passava uma maquiagem leve, recebi uma mensagem de Anahi me avisando que amanhã era aniversário do Poncho e ela queria que fosse como em todos os anos.
Lembrar dessa data não me fazia bem, pois me lembra a época em que eu estava muito mal longe de Christopher. Mas mesmo assim eu topei, Poncho é um grande amigo e eu não posso deixar de ir.
Confirmei minha presença e voltei a me arrumar. Sai da academia, me despedi de Nick e algumas conhecidas e foi pro escritório. No caminho comprei um café e levei para minha sala.
Enquanto não chegava meu primeiro cliente eu fiquei conversando com um dos meus "amigos". É uma especie de ficante, que eu gosto de conversar, sabe. Eu gosto de sua companhia, mas nada que me faça suspirar ou coisa do tipo.
Bruno tem 32 anos e também trabalha nesse ramo financeiro. Nos conhecemos em alguns worshops da vida. Vez ou outra nos vemos e ele é sempre muito querido. Ainda não entendo porque está solteiro.
Eu mesma já declarei que não o quero para namorar, e com a beleza que tem, é estranho não ter outras no caminho.
Depois de algumas horas trabalhando, eu saio para meu horário de almoço. Gostava de almoçar num restaurante que ficava bem perto do meu escritório, e foi lá que eu fui. No caminho, eu avistei um homem, na esquina falando ao telefone de costas.
Eu tive uma sensação tão ruim ao vê-lo. Na minha cabeça veio exatamente Christopher. Que nos últimos dias resolveu voltar a dominar minha mente e sonhos. Eu não entendo. Esse homem se parecia muito com o que eu me lembro dele.
Eu senti um calafrio e ao mesmo tempo algo tão quente no peito que não sei descrever. Decidi avançar para não ficar fantasiando as coisas. A muito tempo Christopher não volta para cá e mesmo que fosse ele, não iria querer me ver, já que eu o rejeitei, e coloquei um ponto final em tudo.
Pedi meu almoço, enquanto comia fui pensando no presente de Alfonso, e saindo de lá eu já comprei para não me esquecer.
Voltei pra o escritório e la fiquei a tarde toda.
Christopher
Depois de voltar pra São Paulo, eu precisei me readaptar. Fui pedir comida e voltei para minha casa. Casa essa que comprei a pouco tempo, e só agora vou conseguir decorar. Se não fosse o incidente com Luiz eu teria ficado mais tempo no Rio.
Terminei meu almoço e fui visitar Luiz no hospital.
(...)
— E como você está?
— Bem amigo... e... como esta se sentindo em voltar depois de tanto tempo?
— Eu.. não sei. Esse lugar me trás muitas lembranças, acho que é por isso que eu evitei tanto.
— Eu sei... Dulce né?
— Como sabe?
— Eu sempre soube. Lembra que foi eu quem te ajudou?
— É... claro. Mas.. eu não sei, ontem Alfonso meu primo disse que sua mulher tava com ela. Acredita que ela está com alguém?
— Eu não sei.. talvez sim. É uma boa moça.
— Sim.. mas não pensou em mim quando me deixou. Eu não devia nem querer saber seu paradeiro. Mas enfim.. deixa isso pra lá. — chacoalho a cabeça negativamente — eu falei com o Dr e ele disse que em poucos dias você terá alta.
— É... eu, nem lembro como é a vida lá fora. Parece uma eternidade aqui dentro desse hospital.
— Pois se acostume. Logo estaremos andando novamente. — falando assim até parece. Luiz ficará quase um ano sem andar, esse acidente quase o matou.
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O destino gosta de ajudar esses casais teimosos né?
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SENHORITA | Vondy
RomanceCONCLUÍDA || Ela uma garçonete com um padrão de vida comum. Ele um cantor da cidade. O que pode acontecer entre pessoas tão diferentes? "O destino e suas reviravoltas" VOCÊ VAI SE APAIXONAR POR ESSA HISTÓRIA DE AMOR. ------------- Apesar da referên...