Cap 72

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Christopher

Sexta feira à noite. Tive uma reunião com um músico no estúdio, estava quase fechando um dos primeiros contratos sob minha direção no CVU Estúdio. Conversamos rapidamente e logo voltei pra casa.

Eu sabia que Dulce estava indo até lá visitar Luiz, e talvez por isso eu estava feliz por ter encerrado tudo mais cedo. Cheguei falando ao telefone com um dos empresários do cantor, e encerrei logo quando entrei no quarto de Luiz.

Dulce estava simples, mas linda como sempre. Seu olhar se encontrou ao meu e logo Luiz deu um jeito de fazê-la ficar a sós comigo.

(...)

— Você é tão maduro, que as vezes eu me sinto assustada. — ela diz erguendo as sobrancelhas.

— Eu... mas, eu só digo o que eu penso, não tem nada demais.

— Deve ser por isso. — ela me encara — esse é o Christopher que eu conheci um dia. — o silêncio paira no ar e ficamos nos olhando por mais alguns segundos...

— Já jantou? — eu quebro o gelo desviando o olhar e me afastando.

— Não, eu estava sem fome. Confesso que agora estou sentindo um pouco de fome. — ela ri de lado.

— Bom, então que tal comermos alguma coisa? — eu proponho

— Ótimo. O que vamos pedir? — ela sorri

— Que tal uma pizza bem caprichada como nos velhos tempos?! — ele me fez lembrar de como nós adorávamos momentos a dois.

— Seria ótimo. — ela sorri

— Vou pedir. Qual sabor?!

— Calabresa acebolada. E você?

— Lombo defumado.

— Está bem. Meio a meio. — pego o celular e ligo. pedindo uma pizza. Dulce pergunta a Sueli se ela e Luiz irão comer e eles dizem que não.

— Só nos dois mesmo.

— Tudo bem. — eu finalizo o pedido e ficamos aguardando.

Não demorou muito e Sueli nos avisa que Luiz já estava dormindo. Os remédios eram bem fortes e ele adormecia fácil fácil. Eu aproveitei para arrumar a mesa, mas logo sugeri que comêssemos no sofá mesmo. Talvez isso soasse muito íntimo mas eu não me importava.

A pizza chegou, comemos como bons amigos enquanto terminávamos o filme. O celular de Dulce toca e eu fico aguardando que ela acabe a ligação. Pelo que parecia algo havia acontecido com o pai dela.

Depois que ela desligou, notei em seu olhar uma leve tensão. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas queria ajudá-la. Vê-la angustiada me deixava mal também.

(...)

— Desculpe me intrometer. Aconteceu alguma coisa com seu pai? — olhei de lado.

— Ele... fez uma exame a poucos dias e o resultado deu uma alteração. O médico não quis nos preocupar, mas eu não quero pensar no pior. — ela fecha os olhos e me abraça. Ali eu entendi que algo não estava certo.

— Como pode ter tanta certeza do mal? Não há com que se preocupar, pelo que sei do seu pai é um homem forte e saudável. — digo alisando seu braço.

— Nem sempre foi assim. — ela suspira.

— Tem algo que você não tenha me contado? — olho preocupado.

— Sim... a alguns anos atrás, ele teve um problema com um nódulo na cabeça, teve que operar as pressas, mas graças a Deus tudo ocorreu bem.

— Porque não me disse isso? Isso te magoa? — aliso seu rosto com cuidado e ela permite.

— É... eu não gosto nem de lembrar, queria esquecer que ele viveu isso, e eu praticamente o proibi de falar no assunto. — ela olha pra baixo.

— Mas... então não se preocupe, não correu tudo bem?

— Sim. Mas o medico disse que poderia voltar, e eu jamais suportaria perdê-lo, Christopher, eu não superarei nunca. — seus olhos se enchem de lágrimas e eu a abraço forte.

— Dulce... fica calma, tá bem... nada vai acontecer de mal com ele, confie! — aliso seu cabelo ainda a mantendo dentro do meu abraço.

Dois minutos depois ela se afasta e me olha.

— Eu... preciso ir. — olha ela fugindo de mim outra vez.

— Não, espere um pouco mais, você está muito transtornada com isso. Não vou deixar você dirigir assim.

— Como? Não eu tenho que ir. — ela me olha.

— o que vai fazer amanhã?

— Nada..

— então não tenha pressa, fique até se acalmar, que tal?

— Obrigada... você é sempre tão amigo, e tão preocupado. Eu senti falta disso... — ela me olha com ternura e eu volto a acariciar seu rosto com carinho.

— Você desperta tanto em mim, que é impossível não me render. — Dulce começa a encarar meus lábios e eu devolvo o olhar. Ela começa a se aproximar aos poucos e eu a ajudo. Sinto seus lábios de encontro aos meus, Dulce me afogou nos seus lábios, e eu adorei.

Sua boca quente e úmida, a língua macia que eu tanto gosto estava dentro da minha boca. Eu explorei cada canto daquele lugar que eu tanto gosto de estar. Me lembro que ela poderia se arrepender daquilo outra vez e eu não estava preparado para ser parte de outro "erro" e acabo me afastando.

— Desculpe, não quero que você se arrependa disso depois. — eu digo ainda ofegante após beija-la com tanto fôlego.

— Não... eu.. eu quero! — ela volta a encarar meus lábios de forma faminta e me puxa para outro beijo. Meu mundo parou ali mesmo.

<•>

Preparem-se para o próximo capítulo. Amanhã eu posto 😅🔥

SENHORITA | Vondy Onde histórias criam vida. Descubra agora