Cap 28

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Dulce

Acordei primeiro que o Chris. Fui fazer um café para nós. Eu estou bem sonolenta, nem parece que eu dormi como uma pedra. Só um café para me despertar.

Levei o celular para cozinha comigo. Tinha algumas mensagens da minha mãe avisando o que seria o cardápio e se eu sabia se o Christopher gostava das comidas e eu claro, disse que sim, ele come de tudo!

Enquanto eu lavava as louças na noite anterior, chegou outra mensagem no meu Instagram. E era do perfil de ontem. Eu fiquei curiosa, mas tinha quase certeza de que a mensagem não dizia de quem se tratava.

Então eu resolvi abrir para ver, já que eu estou caindo nessa mesmo, agora não vai adiantar eu ignorar. E a mensagem dizia:

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Quem sou eu não importa, mas acredite que você irá se surpreender com o que eu tenho a dizer!

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Eu me irritei com aquilo e acabei me alterando pelo texto!

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Olha, eu não vou levar a sério uma pessoa que sequer põe a cara a bater, e desculpe, hoje em dia ninguém ajuda ninguém a troco de nada! Passar bem!

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Era incrível minha capacidade de ser educada até por mensagem de texto! Mesmo eu querendo mostrar raiva eu não consigo, sou muito plena para descurtir pela internet e comigo isso não cola!

Larguei o celular de lado e voltei a arrumar a mesa, logo Chris surgiu me abraçando por trás.

— Bom dia amor.. que carinha é essa? — ele beija minha bochecha.

— Nada, eu só estou com sono.... — eu estava mesmo escondendo isso dele? Não acredito.

— E porque não dormiu mais então?

— Não consigo, acabei levantando... mas venha, eu preparei um café pra você. — sorrio de lado.

— Tá bem... — ele me segue e se senta. Na mesa tinha algumas bolachinhas e um bolo que eu havia trago do Café do Seu Marcos ontem. Tinha algumas torradinhas também e um suco de laranja, caso ele quisesse tomar um pouco. — Eu adorei a mesa. Você quis me impressionar como eu fiz aquele dia? — ele ri

— Na verdade sim. Sempre gosto de montar mesinhas assim. Mas por morar sozinha não tem graça. Enfim, espero que goste.

— Já gostei. — ele toma um gole do café e começamos a conversar.

Confesso que não saia da minha cabeça aquelas mensagens e sim, eu estava estudando a hipótese de ser verdade. Mesmo eu acreditando que não vale a pena seguir alguém que você nem sabe de quem se trata. Até porque ainda não tinha encontrado nenhum defeito nele, me parecia uma pessoa perfeita! Já eu, sou cheia deles, e talvez ele não note tanto pelo sentimento que tem por mim.

Depois de desarrumar a mesa, eu fui tomar um banho. Dei uma pequena geral na casa e Christopher foi para a dele se arrumar para o almoço que teremos com meus pais. Eu aproveitei para organizar tudo precisava para a semana.

Eram 11 da manhã, Christopher passou na minha casa e fomos até a casa dos meus pais. Minha mãe estava no jardim conversando com uma das duas funcionárias e meu pai provavelmente estava na sala ou no seu escritório.

Christopher estacionou o carro e descemos. O nervosismo que eu estava até tinha passado, deve ser a raiva que eu senti daquelas mensagens.

— Oi mãe.. bom dia. — a abracei.

— Bom dia filha... — ela sorri — Bom dia Chris, seja bem vindo de novo.

— Bom dia, Lúcia. Muito obrigado. — ele sorri.

— Fique a vontade. Dul, mostre melhor a casa pra ele, aquele dia foi uma correria danada, eu já alcanço vocês.

— Tá bem mãe... Vem amor. — peguei na mão dele e fomos para o interior da casa. Chris cumprimentou meu pai e depois eu o guiei para cada cômodo. Mostrei até meu antigo quarto, que sempre foi enorme e mais um pouco ele seria maior que a casa que eu moro atualmente.

(...)

— A casa dos seus pais é linda, não entendo porquê saiu daqui. Eles me parecem pessoas excelentes de se conviver, e com esse quarto imenso você tinha muita privacidade.. — ele pergunta olhando cada canto do meu antigo quarto.

— Ah.. eu precisava me desgarrar sabe.. antes de começar a trabalhar no Café do Seu Marcos, eu era muito dependente deles. E fora que meus pais sempre foram cuidadosos ao extremo. Eu queria amadurecer um pouco, dar a cara a bater e viver uma vida mais comum...

— Bom, isso é estranho. Sabe que muitas garotas adorariam esse conforto. Mas vindo de você eu entendo, você é diferente minha linda. — ele sorri e acaricia meu rosto.

— Mas e você, viveu com seus pais até que momento?

— Bom... eu vivi até meus vinte e poucos. Depois fui morar com o Alfonso aqui em São Paulo. Eu não sou da capital, morava na região metropolitana. Então por conta da música, e dos meus objetivos eu decidi me arriscar aqui. E o resto você já sabe... — ele diz

— É.. tá certo.

— Meninos, o almoço está pronto. — Diz a ajudante da minha mãe.

— Está bem, Clarice, nós já vamos.

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SENHORITA | Vondy Onde histórias criam vida. Descubra agora