Dulce
Com o passar dos dias eu fiquei mais recolhida. Bruno e eu não conversamos tanto mais. Eu fiquei ofendida como que ele disse sobre Christopher, mas lá no fundo ele tinha razão. Enquanto ele se distanciava de mim, em contra partida Christopher se aproximava cada vez mais.
Christian tinha dito que isso aconteceria, e que ele arranjaria um jeito de me ter por perto, mas eu não conseguia vê-lo assim. Depois que consegui uma boa enfermeira para ajudá-lo em casa, ele finalmente me ligou dizendo que seu amigo teve alta e que por conta disso, iria comemorar, algo íntimo, mas importante.
(...)
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— Dulce, esperamos você, ele não para de perguntar pela sua fada madrinha, é assim que ele te chama...
— Sério? Ah... eu prometo que vou hoje mesmo, depois do trabalho eu dou uma passada aí.
— Então tá, Dulce... Tenha um bom dia.
— Igualmente, tchau...
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Christopher
— Que história é essa de fada madrinha? Eu não sou nenhum retardado! — Luiz estava com os olhos arregalados sobre a cama.
— Calma, você não disse que iria me ajudar?
— O que isso tem a ver com agir feito bobo?!
— Eu precisava enfatizar o quanto você faz questão dela, que sabe que ela está te ajudando e tudo mais...
— Se for pra ir longe desse jeito eu vou cair fora...
— Sério?? — me indignei. — olha, é só dizer o quanto você quer conhecê-la e agradecer pela ajuda... pode fazer isso??
— Sim... — ele suspira.
— A dona Sueli está chegando pra ficar com você, eu vou buscar alguns petiscos, o celular está do lado, qualquer coisa me ligue...
— Tá bem.. — eu saio pego as chaves e sigo até uma lanchonete próxima. Eu encomendei alguns salgados pré assados e deixaria tudo no jeito, será o momento perfeito para eu e Dulce conversarmos um pouco mais.
Mais tarde fui ao mercado, trouxe algumas bebidas e voltei pra casa. Luiz estava com dona Sueli, e eu aproveitei para para já me arrumar, em poucos minutos ela poderia chegar. Não tinha necessidade de me arrumar dentro de casa, mas eu quis impressionar de algum modo.
Coloquei uma calça moletom cinza, uma camisa branca justa, deixei os cabelos úmidos e não economizei no perfume. Fiquei na sala, conversando com Pablo no celular até que a campainha toca.
Dulce
Sai do trabalho e passei em casa, tomei um banho, dei comida a Meg, brinquei com ela e depois voltei para o quarto onde comecei a me arrumar. Christopher vai comemorar a alta do amigo e depois de tanta questão eu vou vê-lo.
Coloquei uma calça jeans, regata preta e jaqueta jeans com algumas pedrarias. Nos pés um tênis que me deixava mais alta, com o solado branco e detalhes em preto. Alguns acessórios e uma maquiagem leve.
Entrei no carro, passei no mercado e comprei um pequeno bolo simbólico, para alegrar o recém chegado do hospital. Deixei no banco do carona e segui com cuidado até a casa de Christopher, casa essa que ainda me causava arrepios.
Toquei a companhia e não demorou muito ele atendeu, parecia que estava me aguardando. Imaginem o tiro que eu levei ao vê-lo numa calça de moletom que marcava seu volume muito bem, uma camisa colada que mostrava o quanto ele estava em forma, um perfume delicioso e um sorriso largo, era o mesmo Christopher de anos, só que ainda mais bonito.
Os cabelos úmidos caindo na testa, me fizeram encara-lo por alguns segundos. Eu entrei e pude notar como tudo estava calmo.
— Você não demorou, que bom... — ele disse.
— Eu trouxe esse bolo, para ele... — mostro depois que entro e desvio o olhar de seus lábios vermelhos.
— Eu guardo na geladeira. — ele pega e caminha até lá. — Luiz está no quarto de visitas, junto com Sueli.
— Ah... claro.
— Vamos até lá para você conhecê-lo. —
Caminhamos pelo longo corredor da então casa dele, até surgir o primeiro quarto.
— Dulce... — Luiz sorri.
— Ola, como vai... — me aproximo.
— Boa noite Dulce. — Sueli me cumprimenta
— Boa noite dona Sueli.. — sorrio. — muito prazer Luiz, finalmente nos conhecemos...
— Pois é... agora posso ver como é linda minha fada madrinha... — ele olha de lado para Christopher e eu não entendo.
— Ah.. — rio — ele me disse mesmo, eu agradeço o carinho, mas realmente não me custava nada ajudar.
— Mesmo assim sou grato. Christopher me dizia o quanto você era bonita e agora eu pude ter certeza...
— Ah... — eu fico tímida — obrigada... ele diz é? — olho de lado pra ele que solta uma piscadela irresistível...
— Sim... Dulce, fique a vontade, eu não posso recebê-la melhor pois como vê, não posso andar ainda, mas agradeço imensamente toda preocupação.
— Imagina, foi um prazer...
— Bom, então que tal beber alguma coisa? — Christopher diz já saindo do quarto.
— Claro...
— vem, eu vou pegar algo pra você. — ele me chama e eu caminho atrás dele. Meus pensamentos me fazem encarar o belo bumbum que está marcado naquela calça tão fina.
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SENHORITA | Vondy
Storie d'amoreCONCLUÍDA || Ela uma garçonete com um padrão de vida comum. Ele um cantor da cidade. O que pode acontecer entre pessoas tão diferentes? "O destino e suas reviravoltas" VOCÊ VAI SE APAIXONAR POR ESSA HISTÓRIA DE AMOR. ------------- Apesar da referên...