Cap 65

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Christopher

Depois do dia eu conversei com Dulce, eu me senti mais seguro e capaz de dar conta de tudo que eu estava vivendo. Lidar com o Luiz naquele estado, minhas gravadoras, estava sendo tudo uma loucura.

Eu finalmente consegui profissionais bons para cuidar do meu espaço no Rio e em Minas, assim, uma vez ao mês eu estarei indo em cada uma das unidades verificar como anda tudo.

Infelizmente a de São Paulo será apenas sobre meus cuidados, e é por isso que eu retornei. As vezes penso que isso seja uma peça que o destino está pregando em mim, já que eu sai e quase nunca voltei.

Agora são 12:00, daqui a pouco chega uma enfermeira que a Dulce indicou, ela irá me ajudar com os cuidados do Luiz, medicamentos e afins.

(...)

— Gostei muito do modo como você trabalha, Dona Sueli. — eu disse a mulher de meia idade que agora irá me ajudar.

— Eu que agradeço Sr. Estarei a disposição.

— Eu ligo quando ele tiver alta, mas de qualquer modo você já conheceu a casa e estará bem preparada. — eu sorrio. — Eu vou abrir a porta... — me aproximo da saída e abro porta, me deparando com Dulce que eu nem imaginava aparecer ali cm a hora. — Dulce?? — eu arregala os olhos.

— Oi... como vai?? Tudo bem Sueli?

— Tudo ótimo Srta Dulce, eu já vou indo, preciso encontrar meu netinho... até mais Sr Christopher...

— Até... — eu digo.

— Dulce, entre... — eu a convido ainda surpreso com sua presença. Obviamente Poncho e a Anahí disseram onde estou morando agora. — Que boa visita.

— Obrigada... Na verdade eu vim saber se a Sueli tinha vindo, e acabei a encontrando. — ela sorri tímida.

— Ah.. claro. Mas já que veio na hora no almoço, não quer sentar e almoçar comigo? — eu estava feliz de vê-la novamente.

— Bom.. eu tenho um compromisso daqui a pouco e...

— Por favor. A dona Ana, que cozinha pra mim acabou de sair e a comida dela é divina.. — eu disse colocando as mãos nos bolsos.

— Tá... claro. — ela aproxima e caminhamos até a cozinha.

Pude perceber Dulce observando minha casa, ela não estava tão a vontade, claro, não somos mais os mesmos e ali era a minha casa agora, um pouco mais sofisticada do que o normal.

— O que achou da casa? — eu disse quebrando o silêncio.

— É.. linda.. parabéns. Vejo que você colheu muitos frutos com a fama. — senti sua alfinetada entanto olhava alguns quadros na parede.

— Não consegui tudo o que eu queria, acho que as vezes perdemos algumas coisas, querendo ganhar outras. — eu olho no fundo dos seus olhos.

— É... — ela pisca desviando o olhar.

— Eu vou pegar os pratos.

(...)

Terminamos de almoçar e eu servi uma sobremesa de frutas que dona Ana tinha feito pra mim...

— Isso está muito bom, obrigada pelo almoço, estava tudo impecável. — ela diz.

— Imagina.. Ah, e acho que Luiz sai na semana que vem, acho que seria bom pra ele te conhecer...

— Me conhecer? Porque?

— Eu sempre dizia pra ele o quanto você era bonita, e legal, e ele está muito deprimido com tudo isso... Sua companhia com certeza o ajudaria. — fiz uma leve pressão, eu a queria por perto e não queria dizer.

— Tá bem.. — ela ri — obrigada por falar bem de mim, mas eu sou cheia de defeitos.

— Pois até hoje eu não vi nenhum. — firmei meu olhar no dela e alisei as costas da sua mão que estava sobre a mesa. Ela não disse nada, só encarou a carícia e depois me olhou.

— Eu... realmente preciso ir agora.. — ela se levanta rapidamente.

— Tudo bem... eu te levo até a porta.. — eu caminho atrás dela que parecia suar.

— Obrigada pelo... almoço. — ela diz, por um momento eu pensei que ela fosse dizer obrigada pelo flerte. Era o que eu gostaria de ouvir.

— E obrigado pela companhia... — eu digo segurando a porta.

— Até mais. Tchau Christopher.. — ela me olha.

— Tchau, Dulce...

Ela foi embora e quem suspirou foi eu. Vê-la dentro da minha casa, depois de tanto tempo, almoçando ali comigo, eu tive tantas lembranças quando a vi comendo e conversando.

Mas preciso reconhecer que ela mudou e está mais fria, acho que tem medo de se aproximar e eu não julgo, eu tenho culpa nisso, meio que despertei amor nela, e depois a deixei sozinha, namoro a distância é difícil e eu só pensei em mim na época.

Recolhi os pratos e coloquei na lava louça, pensando na conversa que tivemos e em tudo que estamos vivendo agora. Ajeitei a cozinha e deitei no sofá. Mais uma vez eu me vejo perdido nos pensamentos que me envolviam um velho café e muito papo.

Mais tarde eu me troquei, fui até o hospital ver Luiz e precisei contar a ele que agora ele tinha que parecer deprimido para que a Dulce o visite.

(...)

— O que? Eu deprimido?! — ele arregala os olhos — eu realmente estou passando por um momento difícil, mas estou bem, e eu nem conheço essa moça...

— Pode por favor encenar?! — eu digo

— Como quer que eu faça isso? E porque?

— Porque... eu a quero por perto e não sei como dizer isso, quero recuperar o tempo perdido e quem sabe...

— Já entendi tudo... — ele me encara — o que eu ganho com isso?!

— Como??? Eu sou seu amigo, não pode me ajudar?

— Eu... pensarei no seu caso, e me deixe ver uma foto dela, quero ver se é tão bonita como você sempre fala. — ele ironiza.

— Essa é ela... Aponto o celular.

— Nossa... que gata e gostosa.

— Ei... ela foi minha namorada! — o repreendo.

— Eu sei... e deve ter gostado né...

— Sim... não só por isso, eu acho que ainda a amo. Desde que voltei ela não sai da minha cabeça e estou ficando louco ja! Pode me ajudar?!

— Sim, eu ajudo... você precisa dela, tá dando pra notar...

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Me digam qual fanfic querem que seja a próxima:
Casamento em Risco ou Mala Fama +18?
Leiam as sinopses e me digam ❤️

SENHORITA | Vondy Onde histórias criam vida. Descubra agora